É acima de tudo um sinal de enorme fraqueza e um Chefe de Estado que o demonstra está apenas a arranjar lenha para se queimar. Dilma (a ser verdade) comete um erro que lhe pode custar muito caro (politicamente falando). A Taça das Confederações é apenas um aperitivo para o Mundial do próximo ano e para os Jogos Olímpicos de 2016, pelo meio o Brasil terá eleições para a Presidência (2015)
domingo, 30 de junho de 2013
F1 2013 X
Em Inglaterra foi o dia dos pneus a rebentar (Hamilton, Massa, Vergne e Perez), numa corrida de "loucos" onde Vettel abandonou, Rosberg venceu e Räikkönen conseguiu a 25ª corrida consecutiva a pontuar (novo recorde da F1)
Disco - Big Hits (High Tide and Green Grass)

Na (quase) infinita discografia dos Rolling Stones incluem-se 33 (!) discos de compilações - Este é o seu primeiro (e o 30º disco da banda a ser ouvido aqui neste cantinho). Lançado em 1966 teve direito a dois alinhamentos diferentes: Um britânico (Novembro) e outro americano (Março). O britânico inclui 14 temas e o americano 12 (dos quais 9 são comuns). Entre matéria própria e matéria alheia os Stones deixam 2 discos de inegável qualidade. Ficam as 2 capas (A americana em cima e a britânica em baixo)
Música - Play With Fire
Rolling Stones, lado b de The Last Time (tema incluído igualmente na versão Americana de Out Of Our Heads)
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sábado, 29 de junho de 2013
Disco - Live At Reading
Lançado em 2009 espelha o concerto dos Nirvana no festival de Reading em 1992. No próximo ano vamos ter o 20º aniversário do desaparecimento físico de Cobain (musicalmente é eterno). Um magnífico disco ao vivo, cheio de "nervo", o qual me merece um desabafo: Obrigado a todos, com Kurt em primeiro lugar.Yes We Scan II
Obama já afirmou que a história vai dar um filme. Na verdade Snowden já está a ter o seu, e alguém que nos explique algumas coisinhas. Isto com um Presidente cujo apelido acabasse em "ush" era o fim do mundo...
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Já Enoja
Será que quem de direito decide esta trapalhada antes das eleições ?. Um Estado de direito não pode decidir coisas diferentes sobre a mesma matéria, conforme a hora e o local
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Um Extraordinário Conjunto De Coisas Extraordinárias...
226 (!) pessoas tentaram bloquear ontem o acesso á ponte 25 de Abril. As mesmas foram detidas sem "confusões" e o seu julgamento por "manifestação ilegal e atentado à segurança do transporte rodoviário" foi marcado para hoje (acabou por ser adiado para o próximo dia 12 de Julho). Os sindicatos? Fugiram com "o rabo á seringa", assim como alguma Srs mais á esquerda...
Greves - Um Pouco De História
A primeira greve da história terá ocorrido no Egipto cerca do ano 1180 a.C.. Em Portugal foi necessário esperar até 1849 para tal acontecer. O México (1917) foi o primeiro país do mundo a consagrar constitucionalmente o seu direito. Em muitos países de inspiração comunista (ironia das ironias) a greve é proibida.
Disco - Bítið Fast í Vítið
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Música - Mobscene
Marilyn Manson, The Golden Age Of Grotesque (2003) - A letra carece de "bolinha vermelha" no canto superior direito...
Obsceno
Num país com uma taxa de desemprego a caminho dos 20% é uma "delícia" ouvir os Srs dos sindicatos e alguns responsáveis partidários muito felizes pela adesão á greve geral. A generalidade dos desempregados quer trabalhar, ao contrário de alguns com emprego que preferem não o fazer (talvez amanhã quando estiverem sem emprego, percebam que foram meros peões num jogo viciado)...Ao contrário daquilo que é defendido por sindicatos e não só, as greves não servem para defender o direito ao trabalho, na verdade servem exactamente para o inverso. Ninguém me acuse de defender o "status quo", agora ninguém conte comigo para defender o indefensável. A greve é um direito constitucional? É, mas ter emprego (o que também está consagrado na Constituição - Artigo 58) também o é, e neste momento quase 20% dos cidadãos estão á margem, o que significa que (entre outras coisas) não podem exercer o seu direito á greve.
P.S. Mais trampa?. Num país fascista (no melhor dos cenários) eram enjaulados para sempre, no pior dos cenários eram fuzilados...
P.S. Mais trampa?. Num país fascista (no melhor dos cenários) eram enjaulados para sempre, no pior dos cenários eram fuzilados...
Filme - O Nosso Amor De Ontem
Greve Geral
Nada de novo: Fez greve quem pôde, os sindicatos reivindicaram o sucesso da iniciativa, o governo desvalorizou o mesmo. Não se criou um único posto de trabalho, não se diminuiu o défice numa única milésima, mas respeitou-se um direito consagrado na constituição (pena é que outros direitos não sejam merecedores de tanta conversa...).
Lapidar
Fernando Teixeira dos Santos, ontem á TVI
Teixeira dos Santos, ministro das Finanças de José Sócrates, recusa ter traído o ex-primeiro-ministro quando anunciou que o Governo iria ter de pedir ajuda externa em Abril de 2011, pois "seria humilhante para Portugal ir ao Conselho Europeu em Budapeste, "levar um puxão de orelhas", e assumir um compromisso para um resgate.
"Falar em traição é excessivo. Aquilo que achava transmiti com toda a lealdade. O primeiro-ministro sabia o que eu pensava. Com certeza que me ouvia. Não quero ter a vaidade de ter sido eu a dar o empurrão ao primeiro-ministro [em relação ao pedido de ajuda]", afirmou Teixeira dos Santos, em entrevista à TVI, relembrando os últimos episódios antes o Governo a solicitar ajuda externa.
"Foram dias muito difíceis, de muita tensão, vividos com muita preocupação. Ficou muito claro no início de Abril [de 2011], quando a Moodys cortou o ‘rating' de Portugal e dias depois surgiram cortes de ‘rating' à banca. Estávamos a dificultar à banca o acesso ao financiamento para a economia", contou o antigo responsável pela pasta das Finanças.
Segundo Teixeira dos Santos, nesta fase, Sócrates mostrava resistência em relação ao pedido de ajuda porque "tinha uma clara percepção do que isto iria representar para o país". "O primeiro-ministro tinha consciência das dificuldades do país. E tendo a percepção das consequências com um pedido de ajuda, resistiu o mais que pode. Mas creio que já estava convencido de que não valia a pena estar a resistir mais", relembrou.
O ex-ministro diz, contudo, que o pedido teria sido evitado caso o PEC IV tivesse sido aprovado. "Com o PEC IV teríamos o apoio do BCE, dos mercados secundários de dívida e da Alemanha. Foi claro o compromisso de Merkel em Março de 2011, de que Portugal seria o tampão da crise. Ficou aí combinado com este programa que estava a ser delineado em Lisboa", recordou.
E lembra que Merkel pediu então a Sócrates que falasse com o FMI. "Mas Sócrates recusou falar com o FMI por incompatibilidade política. E então disse-lhe eu: Se tu não falas, falo eu com o FMI", disse, assegurando que nunca lhe faltou o apoio político de Sócrates durante a elaboração do Orçamento de Estado para 2011 e do PEC IV.
Sim, O Governo Falhou, Mas Agora Deem-me Novidades
Artigo de Henrique Monteiro
O Governo falhou dizem os patrões. Os trabalhadores, mesmo os que não fazem greve, dizem-no também. Os que fazem, é claro que não só concordam como entendem esse falhanço como quase um crime. Os partidos da oposição não duvidam de que o Governo falhou e tenho para mim que, secretamente, lá no fundo da sua consciência keynesiana, Sua Excelência o Presidente da República entende o mesmo.
O próprio Governo, ou pelo menos alguns ministros do Governo, hão de estar convictos de que o Governo falhou. É objetivo, não vale a pena discutir. A situação está pior, o desemprego é insuportável, ganhamos menos (mesmo alguns capitalistas ganham menos e outros estão praticamente falidos), há menos protecção social, pagamos mais impostos.
O Governo não fez as reformas que devia ter feito e as que fez produziram pouco efeito. Outras, que chegou a propor, como a da TSU, revelaram-se um desastre (pelo menos junto da opinião pública).
Ora, o que faz no poder um Governo que falha?
A pergunta é retórica, porque na verdade este Governo olha à volta para outros Governos que têm estado a falhar. Hollande falhou; Obama não é o que se esperava; Dilma tem problemas; Enrico Letta teve de se aliar ao pavoroso (e agora condenado) Berlusconi; Cameron é o que se vê; Merkel faz promessas tontas para se aguentar no poder.
Nunca - para utilizar uma expressão cara a Vasco Pulido Valente - o mundo esteve tão perigoso como está. Há todo um modelo a falhar e arrastar consigo conquistas, valores, direitos.
Esta constatação não é, como muitas vezes é entendida, uma resignação. Pelo contrário! É um desafio.
Sim, o Governo falhou, essa é a parte que já sei! Mas agora deem-me novidades. Jurem sem se rir que um Governo do PS seria substancialmente (reparem que eu digo na substância das medidas e não apenas no modo de as apresentar) diferente. Ou jurem-me que sair do Euro não era a tragédia que se sabe. Ou jurem-me que romper com a troika não tinha um efeito devastador.
O problema não é só o Governo ter faltado à palavra, romper promessas, tomar más decisões. O problema é muito mais vasto.
Esta situação inteiramente nova carece de entendimentos internos e externos, de novas regulações sobre a financeirização da economia, de novos acordos sobre o comércio livre, de novos alinhamentos políticos, de novas formas de representação.
O problema reside em todos aqueles que ainda não entenderam ou não quiseram entender que o mundo não voltará ser como era. O problema é que o Governo insiste numa receita e as oposições noutras, embora nem uns nem outros (nem eu, não me tomem por presunçoso) conheçam a doença. O desafio é refazer as relações sociais num mundo diferente sem perder o essencial do que construímos. E o essencial são coisas simples de enumerar, mas difíceis de concretizar e preservar: em primeiro lugar a liberdade, ou melhor, as liberdades (política, sindical, de expressão, associativa, empresarial, de propriedade, etc.); em segundo lugar a justiça, a igualdade de todos perante uma lei efetiva e imparcialmente exercida; em terceiro lugar, a solidariedade ou o Estado Social, a rede de proteção aos mais fracos.
Não separo o mundo em bons e maus. Não acho que as preferências políticas (como as religiosas) separem os justos dos delinquentes. Existe à esquerda e à direita (assim como no Governo) quem defenda estes princípios; como existe, à esquerda e à direita (e não sei se no Governo), quem os ataca.
Hoje, acho eu, é um bom dia para pensar nisto
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Disco - Boys Don´t Cry
Hollande E Le Pen: A Democracia Como Triunfo Da Vontade
Artigo de Henrique Raposo
François Hollande é um fenómeno curioso. No ano passado, este homem foi apresentado como o Messias anti-Merkel, como alguém que iria mudar as coisas com a sua caneta mágica, uma caneta que assinaria decretos mágicos que alterariam a realidade através de uma magia jurídica só ao alcance dos progressistas. Aliás, quando relemos textos da época descobrimos que muita gente pensa que o voto altera a realidade. "Se votares em Hollande, a crise desaparece" poderia ter sido o slogan. É como se a democracia fosse um mecanismo de abolição da realidade. É como se cada eleição criasse uma realidade nova a partir do zero. Ora, Hollande alimentou este populismo democrático e, agora, está a provar do seu próprio veneno. As sondagens reflectem um eleitorado que se sente enganado pelas expectativas geradas pelo PSF. Se as eleições fossem hoje, Hollande ficaria atrás de Le Pen e dos gaullistas.
E o pior é que a democracia de Hollande não representa apenas a negação da realidade. É mais grave do que isso: a esquerda francesa (e do sul da Europa, diga-se) continua a acreditar que a realidade é uma representação da vontade. É como se os socialistas acreditassem que o discurso altera a realidade. É como vivessem num paraíso pós-moderno: não existe uma realidade empírica independente da vontade de x ou y, não existem estruturas independentes da agência de x ou y; existem apenas "realidades" que são o resultado do discurso de x ou y. Isto quer dizer o quê? Que Hollande & Cia. acreditavam que a "austeridade" era apenas uma palavra; a "crise" era apenas a vontade de Merkel e a "dívida" uma ficção. Portanto, se a vontade merkeliana de Sarkozy fosse substituída pela bondade de Hollande, a crise iria desaparecer e a matemática tornar-se-ia numa coisa subjectiva e maleável. Aliás, uma matemática francesa e progressista substituiria a matemática alemão e "neoliberal".
Perante a queda abissal de Hollande e ante a ascensão fulgurante de Le Pen, que lições deve tirar o centro político europeu? Acima de tudo, devemos evitar o conceito de democracia como triunfo da vontade. A realidade demográfica e económica não muda só porque uma maioria demonstra força vital numa votação. A realidade não é uma mera representação da nossa vontade. Neste sentido, devemos perceber que a democracia não é a superação da realidade, é apenas o melhor mecanismo político para discutirmos civilizadamente a solução menos má para essa realidade. Se o centro político, à esquerda e à direita, não desenvolver esta visão realista de democracia, a loja dos populismos radicais, de esquerda e de direita, começará a ser demasiado tentadora para o eleitorado. Populismos? Sim, são aqueles correntes políticas que dizem às pessoas que a crise foge a sete pés se gritarmos com muita vontade. Conhecem?
No Parlamento
O governo (seja ele qual for) defende-se, a oposição (seja ela qual for) ataca-o. Quantos problemas são resolvidos? Zero...
terça-feira, 25 de junho de 2013
Sim Ou Não Ao Resgate Do Soldado Durão ?
Artigo de Ferreira Fernandes
Há nove anos, ele partiu como um corpo expedicionário para a Flandres.
Movia-o a Pátria, que não interesses egoístas. Agora, lá está Durão Barroso,
entrincheirado em Bruxelas, sujeito às balas francesas. Primeiro, foi o
editorial-morteiro do jornal Le Monde, chamando-lhe cata-vento e oferecido aos
americanos para mais um posto na ONU ou OTAN... No domingo, foi o ministro
francês Arnaud Montebourg a metralhar: "Barroso é o carburante da FN [o partido
de extrema-direita de Marine Le Pen]." Ele deveria ter respondido "carburante,
octanas!", mas com as balas que lhe atiram Durão Barroso constrói o seu
pedestal. O português que mais alto subiu nas instâncias internacionais (pelo
menos desde o mordomo luso de Jackie Kennedy) continuou de peito feito aos
tiros. Alain Juppé, ex-ministro de Sarkozy, ontem: "Barroso é totalmente
anacrónico." E Marine Le Pen, aquela que o outro dizia que Durão Barroso
protegia, também molhou a sopa: "José Manuel Barroso é uma catástrofe para o
nosso país e para o nosso continente." E dizer que há cem anos o corpo
expedicionário português foi defender a França dos boches! A ingratidão deve ser
a tal "especificidade cultural francesa"... Não deveríamos nós resgatar Durão? É
melhor, não. Isso é uma especificidade cultural americana, salvar o soldado Ryan
é para o Spielberg e o Tom Hanks. Talvez façam do nosso homem mesmo
secretário-geral da ONU. E nós, afinal, que tínhamos cá para lhe oferecer?
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Yes We Scan
O título não é meu, mas reflecte bem esta história muito mal contada, a qual ainda está longe do fim.
Obabush
Já nos tinham sido apresentados os personagens "Merkozy" e "Merkollande", agora temos o "Obabush"...Verdade se diga que várias coisas separam o actual inquilino da Casa Branca do seu antecessor, começando pelo marketing e acabando na opinião publicada (não confundir com opinião pública). A "embalagem" é efectivamente muito diferente, mas o produto final é muito mais parecido do que muitos admitem. Quem for intelectualmente honesto não terá qualquer problema em admitir que em certas matérias de política "pura e dura" Obama não se demarcou um milímetro de Bush, enquanto que noutras é ainda mais "cowboy" (politicamente falando). Nem Bush era o "lobo mau", nem Obama é o "capuchinho vermelho", na verdade são em muitos aspectos irmãos gémeos.
Música - Pablo Picasso
David Bowie, o original é dos Modern Lovers (Modern Lovers de 1972)
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Disco - Reality
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segunda-feira, 24 de junho de 2013
O Grande Problema Da Esquerda
É efectivamente existirem poucos partidos de esquerda (PS, PCP, BE (o qual resulta de uma união entre vários partidos), PEV, PCTP-MRPP, POUS, PTP, etc, etc) e nada como mais um para a unir
Marcelo Dixit
Marcelo disse o óbvio. Ninguém entende a banalização dos conselhos de ministros extraordinários (já publiquei vários posts sobre o tema), os quais são "o pão nosso de cada dia", sem que ninguém entenda o seu alcance. Problema de comunicação? Talvez...
Definitivamente Esta Gente Nem Presta Nem Aprende
A extrema direita está "em grande" em França. Quem é o culpado? Durão Barroso...Realmente é difícil comentar a total arrogância de certos Srs. Hollande foi vendido como "the next big thing" (algo que nunca comprei) e perante o descalabro nada como atirar para o ar. Lamentável
domingo, 23 de junho de 2013
Música - Lady Jane
Rolling Stones, um original de Aftermath (1966)
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Música - Under My Thumb
Rolling Stones, outro original de Aftermath
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Disco - Got Live If You Want It!
Comunicação
Que o actual governo comunica mal todos sabemos, duvido é que isto seja a solução, aliás até pode ser um problema (tema a acompanhar)
Entendo A Ideia Conceptual, Mas...
A americana Whole Foods resolveu simular o efeito nas prateleiras dos supermercados caso as abelhas desapareçam. Muito bem, apenas adianto "uma coisinha": Caso os seres humanos desapareçam deste planeta primeiro que as abelhas, os supermercados deixam de existir, pouco interessando o papel das abelhas...
sábado, 22 de junho de 2013
Disco - Anastasis
Só Não Percebe As Diferenças Quem Não Quiser
Muito já foi escrito sobre a greve dos professores no passado dia 17, e sobre a atitude do governo. Muitos não entendem que o mesmo governo que não alterou a data do exame nacional (Português) de dia 17, tenha alterado a data do exame nacional (Matemática) de dia 27. Simples: 1. Não foi o governo quem marcou um exame para um dia de greve, foi quem de direito que marcou uma greve para um dia de exame (e é absolutamente inacreditável que muita gente não o veja). 2. Uma greve sectorial não pode ser confundida com uma greve geral (e é absolutamente inacreditável que muita gente não o veja), ou seja, a greve de dia 17 era apenas destinada a "lixar" um exame, a de dia 27 alberga um programa mais longo e complexo, no qual o exame de matemática é uma "nota de rodapé". Crato fez bem em manter o exame de dia 17 e mudar a data do exame de dia 27? Sim. Misturar "alhos com bugalhos" é intelectualmente desonesto
Porquê Decidir Sim, Não e Nim Sobre A Mesma Matéria ?
Anteriormente já me pronunciei sobre a matéria, e na minha opinião o espirito da lei é claro: Quem já cumpriu 3 mandatos consecutivos como Presidente da (ou de, se preferirem) Câmara não se pode candidatar a um 4º mandato, independentemente de ser na mesma ou noutra câmara. O facto é que no "país das leis" ninguém se entende. Fernando Seara está cheio de razão ? Infelizmente está.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
O Grande Manipulador
O Sr Dr Mário Nogueira pode dizer o que bem lhe apetecer, mas a verdade é como o azeite...
Filme - História De Gangsters
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Um País De Gente Profundamente Honesta
De acordo com a OCDE entre 2007 e 2011 um total de 249 cidadãos (0,0000249 da população, ou se preferirem 1 em cada 40 mil) foram condenados por corrupção em Portugal. Desses 249 apenas 14 foram presos (ou seja 5.6% dos corruptos). Um espanto...
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Música - Help Me Lift You Up
This Mortal Coil, Blood (1991)
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Filme - O Último Castelo
James Gandolfini 1961 - 2013
Foi um extraordinário actor, mas como sempre, o homem fisicamente desaparece, mas tudo o resto fica
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Música - Sunday Bloody Sunday
Versão acústica deste histórico tema dos U2 (incluído em War de 1983), regravado no âmbito da luta contra a extrema pobreza
Nada De Novo
Mário Nogueira é um dos donos da democracia lusos, e como se sabe, os donos da democracia não são passíveis de críticas
terça-feira, 18 de junho de 2013
Disco - Ambient 3: Day Of Radiance
Equidade
Evidentemente que a mesma não pode existir quando 75% dos alunos fizeram o exame ontem, e os restantes 25% o vão fazer no próximo dia 2 de Julho. O tempo físico é diferente, assim como o "desenho" do exame. Mário Nogueira lidera desde 1991 a Fenprof ( desde esse ano, até hoje, Portugal teve 3 PR (Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva), 6 PM (Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates e Passos Coelho) e 13 Ministro(a)s da Educação (Roberto Carneiro, Diamantino Durão, Couto dos Santos, Manuela Ferreira Leite, Marçal Grilo, Guilherme de Oliveira Martins, Augusto Santos Silva, Júlio Pedrosa, David Gomes, Maria do Carmo Seabra, Maria de Lurdes Rodrigues, Isabel Alçada e Nuno Crato). O Sr Nogueira após 22 anos á frente da Fenprof pensa numa única coisa: No seu umbigo (talvez sonhe chegar a chefe da CGTP, ou a candidato presidencial do PCP, ou mesmo a seu chefe), em momento algum pensa nos estudantes e respectivos pais, assim como em momento algum pensa nos professores. O Governo teve um comportamento exemplar neste processo? Não, mas ceder á chantagem do Sr Nogueira apenas e só, abriria a "caixa de pandora". Ninguém conte comigo para defender o actual executivo, mas este lamentável "filme" dos exames tem como argumentista, realizador e actor principal a mesma pessoa: Mário Nogueira.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Livro - O Guarda Costas
Está-me A Escapar Qualquer Coisa...
De acordo com a Fenprof, quase 93% dos professores fizeram greve. De acordo com o Ministério da Educação mais de 75% dos alunos fizeram o exame de Português do 12º ano. Se assim é (e extrapolando) menos de 10% dos professores teriam chegado para garantir a totalidade dos exames...
domingo, 16 de junho de 2013
Música - Oceania
Smashing Pumpkins
No one can love you
'Cause no one can free you
Lovers can't touch you
'Cause lovers might reach you, yeah
I'm so alone, so alone
But better than a wretched world
Better than a broken pearl
I'm so alone, so alone
But better than I ever was
Better than a just laid cause
Night may keep you sworn
May bring you stones
Just to touch
The journey's rest
The warning circumstance
The dreams I had
The dreams I had
And still she's gone
And still she's gone
Life may keep the best
[Vocation] best
The dreams I had
The dreams I had
Oh, would I follow you
How could I have ever doubted you
Sweet baby, nurture me
Sweet lady, if you please
Try to wait on me
Try to [weigh] on me
Try to wait on me
Just try to wait on me
Try to wait
Walk the cliffs of your rock nation
Find the fate of me
My mistake
As the last remaining soldier
Wars take the place of you
Lover wait
Lover wait in love
Try to wait
Cast off your indecision
Face to face
We breathe
Try to wait
Cast off your indecision
Face to face
We breathe
No one can love you
'Cause no one can free you
Lovers can't touch you
'Cause lovers might reach you, yeah
I'm so alone, so alone
But better than a wretched world
Better than a broken pearl
I'm so alone, so alone
But better than I ever was
Better than a just laid cause
Night may keep you sworn
May bring you stones
Just to touch
The journey's rest
The warning circumstance
The dreams I had
The dreams I had
And still she's gone
And still she's gone
Life may keep the best
[Vocation] best
The dreams I had
The dreams I had
Oh, would I follow you
How could I have ever doubted you
Sweet baby, nurture me
Sweet lady, if you please
Try to wait on me
Try to [weigh] on me
Try to wait on me
Just try to wait on me
Try to wait
Walk the cliffs of your rock nation
Find the fate of me
My mistake
As the last remaining soldier
Wars take the place of you
Lover wait
Lover wait in love
Try to wait
Cast off your indecision
Face to face
We breathe
Try to wait
Cast off your indecision
Face to face
We breathe
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Disco - Oceania
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O Robot Espião II
Continuo disponível para uma eventual oferta de emprego (minimamente interessante) por parte dos Srs de Mountain View...Gosto do que gosto e não gosto do que não gosto (uma verdade do Sr de la Palice). Se ofendi alguém nunca foi minha intenção, apenas (e "penso eu de quê") expressei a minha modestíssima e discutível opinião. Continuarei a usar a minha escrita para "mais do mesmo", assim como continuarei a utilizar imagens disponibilizadas em plataformas como a pertencente aos Srs de Mountain View (Google) e vídeos disponíveis no You Tube, assim como continuarei a indicar o(s) autor(es) de matérias não escritas por mim. 50% de share via Mountain View nas últimas 100 visitas? Porreiro pá, citando um ex-PM deste país intervencionado...
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Fenprof: Que Se Lhes Faça Justiça
Post de Henrique Monteiro
Amanhã haverá uma greve de professores aos exames. No essencial, de acordo com os organizadores, a greve visa defender a escola pública dos ataques que este Governo de Passos Coelho e do ministro Nuno Crato lhe têm feito.
Antes, já tinha havido uma greve de professores aos exames contra o Governo de José Sócrates e da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, que fizeram vários ataques à escola pública, que os sindicatos em boa hora defenderam. Isabel Alçada, que também foi ministra de Sócrates, também não esteve isenta de críticas!
Antes, ainda, houve protestos e manifestações e greves contra o Governo de Durão Barroso e do ministro David Justino, que tanto atacaram a escola pública. Como aliás Maria do Carmo Seabra, no Governo Santana Lopes.
E antes, também no Governo de António Guterres e dos ministros Júlio Pedrosa, Augusto Santos Silva e Guilherme d'Oliveira Martins, os professores e a escola pública não deixaram nunca de ser atacados. Para não falar em Cavaco Silva, e Manuela Ferreira Leite, Couto dos Santos, Diamantino Durão, Roberto Carneiro, João de Deus Pinheiro e todos os outros ocupantes da 5 de Outubro, que num gabinete desse edifício matutaram na melhor maneira de destruir o ensino em Portugal.
Desde que há Fenprof que ouço dizer que querem destruir a escola pública.
Mas felizmente, desde que existe Fenprof que eu ouço que há quem a queira defender. E deve ser por isso, pela ação e pela defesa intransigente, através de greves, ações de protestos e manifestações da Fenprof, que a escola pública ainda existe. Caso contrário, só havia escolas privadas e, para mais, religiosas, cheias de padres e freiras, os professores tinham ido todos para o desemprego e vivíamos no obscurantismo mais profundo. Pois não é isso que desejam ardentemente todos os ministros da educação e todos os primeiros-ministros?
Há que fazer-lhes justiça!
No caso de acharem que este post é um bocadinho irónico, têm toda a razão
Vale Para Professores, Vale Para Outros, Quem Diz Sector Público, Diz Sector Privado
Post de Rui Rocha no "Delito de Opinião"
Há um problema muito sério na sociedade portuguesa. Vivemos muitos anos, demasiados anos, provavelmente séculos, num contexto em que o sucesso, o desenvolvimento e a evolução profissionais foram ditados por tudo, menos pelo mérito. O negócio do Luís, a contratação do João, a promoção da Maria, o cargo de direcção do Manel estiveram quase sempre relacionados com o facto de serem primos do patrão, correligionários do Presidente da Junta, sobrinhos do autarca jurássico ou, na melhor das hipóteses, com o decurso do tempo (parece que a isto se chama carreira). Isto foi assim no sector privado, foi ainda mais assim no sector público. E, na falta de um sistema de avaliação sério e credível, ainda é. Tal como sucede nos países socialistas, ainda que Portugal tivesse o melhor sistema de educação do mundo, os resultados profissionais continuariam a ser medíocres. Falta-nos a cultura de valorização, reconhecimento e promoção do mérito. Veja-se o caso dos professores. Todos nós tivemos professores sofríveis. Uns eram cientificamente impreparados. Outros faltavam. Muitos não tinham qualquer competência pedagógica. A tantos faltava interesse e motivação. Por cada professor digno desse nome, tive dois que não mereciam estar numa sala de aula. E, todavia, estavam. E continuaram a estar. E se hoje as coisas estiverem melhores, não são, decerto, perfeitas. A questão é que chegámos aqui sem um mecanismo sério que nos permita distinguir. No sistema público de ensino, tanto vale ser competente como baldas, vale tanto ser inspirador como dizer umas lérias. Em momentos de vacas gordas, em que há lugar para todos, a iniquidade sente-se menos. Lourenço é professor do quadro sem ensinar a ponta de um dos cornos usados pelos viquingues nos seus capacetes. Palmira é cientificamente preparada, sabe motivar a turma, é tão interessada. É professora contratada, precária, salta de terra em terra. Mas, pelo menos tem um emprego. O problema surge quando se dá o recuo das águas. O Lourenço continua lá na escola, a queixar-se. A Palmira está em casa, a torrar a depressão. Não embarco na conversa de que esta "é a geração mais bem preparada". Há em todas as gerações os que são e os que não são. Devíamos ter maneira de os identificar. No ensino fala-se há anos e anos de uma prova de ingresso. Não é preciso inventar muito. É pôr os professores a responderem aos exames a que são submetidos os seus alunos. E, a partir dos resultados, extrair as devidas consequências. Defendo a escola pública. Só quem vive fora da realidade pode desconhecer a importância estruturante que tem na sociedade portuguesa. Mas defendê-la é também exigir que o Lourenço saia e que entre a Palmira. Certo. Tratar-se-ia de uma dança de cadeiras. Não resolveria o problema do desemprego, nem da economia. Mas contribuiria para preparar o futuro. E daria algum sossego ao nosso sentido de justiça.
sábado, 15 de junho de 2013
Disco - Inception
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Filme - A Origem
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David Cronenberg
Martin Schulz, Presidente do Parlamento Europeu
"Se eu fosse um desempregado em Portugal, diria que (os do FMI) não batem bem da cabeça"
Manifestações E Greves
Como se sabe qualquer um pode participar numa manifestação. Quanto ás greves a "coisa" não é bem assim: Neste momento cerca de 1 milhão de portugueses não pode fazer greve, pelo simples motivo de não ter emprego.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Dispenso Atestados De Estupidez
As autárquicas estão marcadas para 29 de Setembro. Fossem a 22 de Setembro, a 6 ou 13 de Outubro (ou qualquer outra data) era para o lado que dormia melhor. Questionar a data é um atestado de estupidez aos eleitores, algo que fica muito mal a Seguro e ao BE. Quanto ao PCP, depois do argumento "Nossa Senhora", aguente-se...
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Música - Quando A Alma Não É Pequena
Dead Combo ao vivo em 2011, um original de Vol 2: Quando A Alma Não É Pequena (2006)
No 125º Aniversário Do Nascimento De Fernando Pessoa
Prece
Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade. Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda. Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ânsia —
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância —
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
(In Mensagem, Segunda Parte: Mar Portuguez)
Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade. Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda. Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ânsia —
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância —
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
(In Mensagem, Segunda Parte: Mar Portuguez)
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quarta-feira, 12 de junho de 2013
terça-feira, 11 de junho de 2013
Filme - Expiação
Temos Pena, Mas Não Dá
A UGT dá alimentos em dia de greve. Na verdade quem dá somos todos nós quando contribuímos para aquelas instituições. A UGT daria se utilizasse o seu dinheiro na compra de alimentos e os distribuísse, o que não é (salvo melhor opinião) o caso.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Música - Family
Rolling Stones, o tema é de 1968 e é um outtake de Beggars Banquet
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Música - Downtown Suzie
Tema de 1969, é um outtake de Let It Bleed, cujo título original era Sweet Lyle Lucie
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Música - Heart Of Stone
Rolling Stones, single de 1965, aqui numa versão mais longa
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10 De Junho
Não tenho particular simpatia pela data (e como já escrevi bem que o feriado podia ser abolido). Não existe certeza absoluta que Camões tenha morrido nesse dia em 1580, assim como a data apenas ganhou peso com Salazar (numa vertente muito mais nacionalista que patriótica - é bom lembrar que anos a fio foi denominado como Dia de Portugal, de Camões e da Raça). Gosto muito deste país e por muito gostar discordo que o seu dia seja comemorado hoje. O que é que sugiro? Evidentemente o 1º de Dezembro
domingo, 9 de junho de 2013
F1 2013 IX
Numa corrida sem história (Canadá) Vettel deu mais um passo rumo ao tetra. Räikkönen conseguiu igualar o feito de Schumacher: 24 corridas consecutivas a pontuar
Música - Opportunities (Let´s Make Lots Of Money)
Pet Shop Boys, Please (1986), aqui ao vivo nesse ano
Gaspar: A Culpa Foi Da Chuva
Artigo de Ferreira Fernandes
Olha, choveu no inverno! Como é que vocês queriam que este ministro das
Finanças, este, que falha todas as previsões, mesmo as previsíveis, pudesse
adivinhar coisa tão insólita, como o mau tempo em janeiro, fevereiro e março?!
Atenção, o nosso Vítor Anthímio Gaspar não disse - ele nunca diz coisas simples
- "a chuva tramou-nos", não. Ele disse, ontem, no Parlamento: "(...) sendo no
entanto que o investimento no primeiro trimestre deste ano é adversamente
afetado pelas condições meteorológicas nos primeiros três meses do ano." Mas a
mensagem passou: a chuva tramou-nos. Foi interessante ver o rei da falta de
precipitação a queixar-se do excesso dela. Não tivemos, pois, investimentos na
eira, mas tivemos chuva no nabal em que o País se tornou. Então, aquele que
aceita tudo que a manda-chuva Angela manda, revoltou-se ontem contra a Santa
Bárbara que não se lembrou de nós quando troveja. A vingança será terrível, vão
ver: os Serviços Meteorológicos que fecham, as altas pressões dos Açores
cortadas a metade, os guarda-chuvas taxados com IVA de 35 por cento... Era de
esperar que um tipo que fala de forma tão pausada fosse anticiclone. E como se
confirmou que em abril águas mil e agora nos surpreendemos com um junho molhado,
o diagnóstico do segundo trimestre já está feito: o País gripou e nós,
engripados. Feliz só o Gaspar, com desculpa para todo o ano. E seguindo, sereno,
a mesma e inflexível linha: "Meter água aqui, só eu!"
sábado, 8 de junho de 2013
Filme - Dúvida
5 nomeações aos Oscares (Actiz Principal: Meryl Streep, Actriz Secundária: Amy Adams e Viola Davis, Actor Secundário: Philip Seymour Hoffman e Argumento Adaptado: John Patrick Shanley), entre outros prémios e nomeações. Realizado em 2008 por John Patrick Shanley, a partir de uma peça sua de 2005, a qual venceu o Pulitzer Prize for Drama. No ano de 1964, a escola St Nichols, dirigida pela Irmã Aloysius (Streep), uma mulher rígida e profundamente conservadora, recebe o seu primeiro aluno negro (Donald - Joseph Foster), filho de Mrs Miller (Davis). A Irmã James (Adams) é a jovem e ingénua professora de história, a qual, conta um dia a Aloysius que o Padre Flynn (Hoffman) - um homem com ideias arejadas - presta demasiada atenção a Donald. A partir desse momento e com a dúvida instalada, Aloysius vai fazer tudo para afastar e destruir Flynn. Fundamentalmente um filme de actores (Viola Davis aparece numa única cena, mas esses menos de 10 minutos de actuação são sublimes) , assente num argumento inteligente que nos deixa efectivamente na dúvida. Muito bom.
O Erro Do FMI: E Se Voltássemos Atrás ?
Artigo de Henrique Monteiro
O FMI fez um relatório a colocar em causa a intervenção na Grécia. O que lá está escrito coloca também em causa a intervenção em Portugal, muito embora os técnicos da organização afirmem que, se voltassem atrás, com as mesmas informações de que então dispunham, teriam feito o mesmo.
Eu acredito na sinceridade desta afirmação. E acredito que os Governos da Grécia e de Portugal, da Alemanha e da França, da Itália e da Espanha teriam feito o mesmo. Porque, na realidade, todos eles (e todos nós) andam a discutir uma crise que, no essencial, não conhecem.
Esquematicamente, a ideia poderia ser: determinados países, escorados pelas taxas de juro baixíssimas, possibilitadas pelo Euro, endividaram-se de mais. Têm, pois, como primeiro dever, combater esse défice excessivo através da austeridade.
Como o défice se mede em percentagem do PIB - e mais uma vez esquematica e simplisticamente - abrem-se duas perspetivas: a de direita (que entre nós se chama neo-liberal), que é reduzir a despesa para baixar a dívida; e a de esquerda (que entre nós se chama crescimento) que é a de produzir mais para que o PIB aumente e, assim, o peso percentual da dívida desça.
Qualquer das soluções é muito boa numa folha de Excel. O diabo é que não funcionam. Nem se consegue diminuir a dívida cortando na despesa; nem se consegue aumentar o PIB em lado nenhum da Europa, mesmo quando é a esquerda a comandar.
Na dúvida, culpa-se a Alemanha. Mas a Alemanha já está com crescimento negativo (0,3%), pelo que se culpa ainda mais a Alemanha e todos os alemães.
Curiosamente, o que temos debaixo do nosso nariz são estes dados: a única coisa que aumenta, salvo raras exceções, é o desemprego; a única coisa que baixa, salvo outras raras exceções, é a taxa de natalidade.
E chego ao meu ponto (também não tendo solução): Talvez o problema não esteja nas receitas, seja nas de esquerda, seja nas de direita, mas sim no diagnóstico.
Alguém está sinceramente convencido de que esta crise é igual às outras? É que eu não estou. Eu penso que esta crise, sendo de modelo, e levando a Europa para um patamar diferente, não se resolve com as receitas tradicionais. É na procura de uma solução nova, seja por via de um novo contrato político, seja por via de um novo contrato social (e contrato significa que tem de haver acordo entre as partes) que podemos começar a ultrapassar a crise.
Como para quase tudo, a primeira coisa a fazer é compreender onde estamos e para onde vamos. Ora, sobre isso nem há qualquer discussão séria, quanto mais acordo, A capa da revista The Economist há duas semanas mostrava os líderes europeus a caminho do abismo e tinha como título "Os sonâmbulos". Ora aí têm!
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Uma Música Para Vitor Gaspar (Não É Grandola)...
Happy When It Rains dos Jesus And Mary Chain (Darklands, 1987), a propósito disto
Step back and watch the sweet thing
breaking everything she sees
she can take my darkest feeling
tear it up till i'm on me knees
plug into her electric cool
where things bend and break
and shake to the rule
talking fast couldn't tell me something
i would shed my skin for you
talking fast on the edge of nothing
i would break my back for you
don't know why, don't know why
things vaporise and rise to the sky
and we tried so hard
and we looked so good
and we lived our lives in black
but something about you felt like pain
you were my sunny day rain
you were the clouds in the sky
you were the darkest sky
but your lips spoke gold and honey
that's why i'm happy when it rains
i'm happy when it pours
looking at me enjoying something
that feels like feels like pain
to my brain
and if i tell you something
you take me back to nothing
i'm on the edge of something
you take me back
and i'm happy when it rains
Step back and watch the sweet thing
breaking everything she sees
she can take my darkest feeling
tear it up till i'm on me knees
plug into her electric cool
where things bend and break
and shake to the rule
talking fast couldn't tell me something
i would shed my skin for you
talking fast on the edge of nothing
i would break my back for you
don't know why, don't know why
things vaporise and rise to the sky
and we tried so hard
and we looked so good
and we lived our lives in black
but something about you felt like pain
you were my sunny day rain
you were the clouds in the sky
you were the darkest sky
but your lips spoke gold and honey
that's why i'm happy when it rains
i'm happy when it pours
looking at me enjoying something
that feels like feels like pain
to my brain
and if i tell you something
you take me back to nothing
i'm on the edge of something
you take me back
and i'm happy when it rains
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Bem Sei Que Lhe Vão Cair Em Cima
Mas o Sr PR está cheio de razão, ou será (como noutras matérias) mais uma vez o "superior interesse das crianças" que está em cima da mesa?
Conselho(s) De Ministros Extraordinário(s) ?
Pelo que entendo, passaram de extraordinários a rotineiros (hoje mais um). A única coisa extraordinária é encontrar uma semana sem um destes conselhos...
Questões Linguísticas
Quando há confusão com a extrema-direita, a extrema-direita é tratada por extrema-direita, quando há confusão com a extrema-esquerda, a extrema-esquerda é tratada por vários nomes (activistas, manifestantes, grupos, etc, etc), mas raramente ou nunca pelo seu nome...
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Lamentávelmente Triste
Em Portugal certos "génios" (ir)responsáveis são pagos a peso de ouro, e cada vez que abrem a boca ou entra mosca, ou... Num país crescido estavam demitidos à muito. A sua incompetência é um facto consumado, mas em Portugal a incompetência (desde que devidamente apadrinhada) é um posto e a "merdiocracia" vale muito....Infelizmente acredito tanto que os inúteis sejam arredados e exemplarmente punidos, como em "amanhãs que cantam"...
Disco - The Next Day
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terça-feira, 4 de junho de 2013
O Céu É O Limite
De acordo com as estatísticas, hoje é o primeiro dia do ano em que os Portugueses ganham para si. É lamentável? Claro que sim, mas tudo indica que as coisas vão piorar, aliás (e no limite) a factura pode perfeitamente extravasar os 365 (ou 366) dias de cada ano...
Banco Que Vendeu Produtos De Risco Condenado A Indemnizar Clientes
O Supremo Tribunal espanhol condenou o banco BBVA a indemnizar em 291.448 euros um casal a quem vendeu acções "preferentes", um produto de alto risco. O argumento do tribunal foi simples. Embora o contrato com os clientes desse ao banco margem mais ou menos discricionária para gerir a carteira de investimentos, ele não cumpriu o seu dever de adequar o tipo de produtos (e o respectivo nível de risco) ao perfil dos clientes.
Está longe de ser a primeira acção deste tipo em Espanha, e poderá ter importância como precedente. Já há semanas o Supremo lamentou que um outro banco, o Santander, ao desistir de uma acção, lhe retirasse a oportunidade de fazer jurisprudência sobre um assunto tão actual. Agora houve esta, e haverá muitas outras oportunidades, num sinal claro de falta de paciência para as manhas nocivas dos operadores financeiros. (Notícia do Expresso)
Filme - Gattaca
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Os Gritadores
Temos muita gente a gritar em Portugal. Não questiono o direito á gritaria, questiono a eficiência da mesma e a legitimidade de alguns desses gritadores. Quem contribuía com 0 ou 1 e recebia 10, e agora contribui com 2 ou 3 para receber 8 pode gritar, mas não tem nenhuma moralidade para o fazer. Muita da rapaziada do "que se lixe a Troika" está-se lixando para os outros, a única coisa que lhes interessa é a manutenção do seu (imoral) "status quo". Devemos estar contentes com o "estado a que isto chegou"? Evidentemente que não, o problema é que muita desta rapaziada defende que alguns devem pagar 15 em vez de 10 (recebendo 0), para lhes permitir continuar a receber (no mínimo) 10, contribuindo (de preferência) com 0. Troika fora daqui? Subscrevo em absoluto, pena é que os gritadores nunca tivessem aberto a boca antes da sua entrada - Já agora, recordo aos Srs, que a Troika não invadiu o país, fomos nós (colectivamente falando) que solicitámos a sua presença. Porquê? 1.Porque certa rapaziada adora receber o máximo possível, dando em troca o mínimo possível, 2. outra rapaziada entende que gastar o que não existe é o caminho certo para a sua felicidade, 3.outra rapaziada entende que o dinheiro dos outros é seu e portanto "que se lixe" ,4. outra rapaziada entende que a irresponsabilidade é uma virtude, 5. outra rapaziada percebe tanto de direitos e deveres como eu de Chinês, e finalmente alguma rapaziada consegue conjugar (sem qualquer tipo de vergonha) todos os outros pontos. Estamos tramados? Evidentemente e não sendo a culpa exclusiva da rapaziada, ninguém negue a sua enorme responsabilidade no "estado a que isto chegou" e o qual a rapaziada pretende perpetuar.
O Apelo Que Não Se Ouve: Baixem Os Impostos!
Artigo de Henrique Monteiro
Entre os muitos apelos, uns patéticos outros não, que por aí se ouvem, raro é dar com alguém que quer uma coisa tão simples como esta: que o Estado deixe de sufocar os cidadãos através de impostos. Eu percebo porquê. Num país onde tanta gente vive encostada ao que o Estado dá, não convém a muita gente que o Estado deixe de sacar... aos outros.
Mas vamos direitos ao ponto: o Estado tem sido mais fiável do que as empresas e os cidadão? Até onde pode ir a comparação, não tem. Vejamos o caso da dívida, comparando os números de dezembro de 2008 com os de março de 2013. Os valores são em percentagem do PIB, segundo dados do BdP e do INE:
Dívida do Estado - passou de 71,7 para 127,3%
Dívida das micro empresas - de 45,3 para 45,2%
Dívida das pequenas empresas - de 31 para 28,5%
Dívida das médias empresas - de 28,7 para 29,8%
Dívida das grandes empresas - de 39,7 para 52,1
Dívida total do conjunto das empresas privadas - de 171,5 para 186,8%
Dívida das famílias - de 100,8 para 100,4%
Quer isto dizer que as famílias, apesar do aumento brutal da carga fiscal, do aumento do desemprego e de tudo o que se passou, fizeram o seu ajustamento. Não aumentaram a dívida (curiosamente aumentaram a poupança). Nas empresas há uma diferença entre as grandes e as pequenas, sendo que estas também não aumentaram a dívida, ao contrário das grandes, onde existem por vezes investimentos avultados que geram também lucros avultados e algum emprego.
Mas no Estado esse aumento foi de - pasme-se! - 56 pontos. Ou seja, é o Estado que não consegue ajustar-se e persiste no caminho de mais e mais dívida. Bem sei que tem de pagar mais subsídios de desemprego e mais prestações sociais, mas o número não deixa de ser impressionante, sobretudo se tivermos em conta que muita dívida contraída hoje se destina a pagar juros de dívida já realizada.
E aqui fica a prova como a única política de desenvolvimento e de fomento que o Estado pode e deve ter é baixar os impostos, além de rebentar com essa maldita burocracia onde gasta e nos faz gastar dinheiro. E beneficiar fiscalmente quem crie emprego, para combater a pornográfica taxa de desemprego com que vivemos.
Ao contrário da cacofonia que por aí se ouve, a melhor política do Estado é não atrapalhar. Gostava que alguém, na política, o dissesse claramente, mas, infelizmente, preferem discutir teoria geral.
Disco - The Soft Parade
domingo, 2 de junho de 2013
Pinto da Costa
Afirmou que os jogos de futebol se ganham tanto no 1º minuto como no 92º. É um facto, o qual, pode ser aplicado a outras modalidades: Hoje o Porto perdeu em casa (depois de ter imposto um clima de "cortar á faca" - de tal forma que o Benfica equacionou não comparecer ao jogo) a final da Liga Europeia em Hóquei (o equivalente á Champions em futebol) contra o Benfica, no prolongamento com morte súbita...Também no prolongamento os portistas perderam a final da Taça de Portugal em Andebol contra o Sporting.
O Robot Espião
Da Google anda muito excitadinho com este blog. Nos últimos dias representa cerca de 75% das visitas a este "cantinho". Os Srs de Mountain View estão-se a divertir? Espero que sim, e se aprenderem alguma coisa, melhor...Se me quiserem como colaborador é tudo uma questão de condições...
Direito Ao Trabalho, Dever Do Ócio
Artigo de Alberto Gonçalves
É escusado lembrar a história, não é? Numa edição recente do Prós e Contras,
uma alegada professora universitária interrompeu o proprietário de 16 anos de um
alegado sucesso comercial no sector dos têxteis para o interrogar sobre as
condições dos trabalhadores chineses que fabricam as roupas que o rapaz, Martim
Neves, vende. O rapaz esclareceu que as roupas são feitas em Portugal. A alegada
professora saltou para o ataque à pequenez do nosso salário mínimo. O rapaz
opinou que o salário mínimo é preferível ao desemprego. A alegada professora
calou-se. Nos dias seguintes, os amigos e camaradas da alegada professora não se
calaram.
Nas profundezas da internet, ociosos diversos recorreram a extraordinários
argumentos para concluir que o negócio em causa é repugnante. Um dos argumentos,
digamos, é o de que Martim Neves é, ou parece ser, um "menino da Linha" (do
Estoril, presumo, e não da cocaína), logo um filho de privilegiados que
beneficiou de ajuda paterna para realizar os seus sonhos empresariais. Não
importa se isto é ou não verdade. Importa que para a esquerda a descendência da
classe média ou média-alta está impedida à partida de trabalhar, excepto, claro,
se se considerar trabalho ensinar insanidades na universidade, promover acções
de protesto e verter ódio às próprias origens no Facebook ou em programas
televisivos. Por motivos óbvios, a descendência das classes baixas também é
desaconselhada a meter-se em trabalhos.
Trata-se da velha questão da igualdade de oportunidades: enquanto não existir
em absoluto, ninguém deve mexer uma palha, uns porque estariam a aproveitar-se
de vantagens injustas, os outros porque estariam a submeter-se ao jugo
capitalista. Num sistema devotado às mais-valias, mais vale estar quieto. Para
os militantes anti-Martim, o desemprego, sobretudo quando não os afecta
directamente, é de facto preferível ao salário mínimo. E ao salário médio, que
por cá é inegavelmente pequenino. E ao salário elevado, que como se sabe é
típico de exploradores e - venha de lá a fatal palavra - "fascistas". O ideal é
salário nenhum, já que além de evitar discriminações de berço alimenta a
insatisfação popular necessária às revoluções e, consumadas estas, inaugura a
sociedade perfeita. Isto na perspectiva do hospício.
No mundo real, os inúmeros defeitos do capitalismo são inegavelmente melhores para as pessoas do que as virtudes do igualitarismo. No primeiro caso, muitos arriscam a pobreza. No segundo, quase todos garantem a miséria - salvo pela nomenclatura de esclarecidos empenhada em provar que a fome sob os regimes comunistas constitui um triunfo moral sobre as dificuldades em pagar o Visa. Que, no Portugal de 2013, semelhante evidência ainda passe por polémica não abona em favor da "esperança" que as boas consciências gostam de convocar: a cegueira dedicada ao passado não é alheia ao presente nebuloso que temos e ao futuro radioso que não teremos. Pobre, mesmo que rico, Martim Neves.
No mundo real, os inúmeros defeitos do capitalismo são inegavelmente melhores para as pessoas do que as virtudes do igualitarismo. No primeiro caso, muitos arriscam a pobreza. No segundo, quase todos garantem a miséria - salvo pela nomenclatura de esclarecidos empenhada em provar que a fome sob os regimes comunistas constitui um triunfo moral sobre as dificuldades em pagar o Visa. Que, no Portugal de 2013, semelhante evidência ainda passe por polémica não abona em favor da "esperança" que as boas consciências gostam de convocar: a cegueira dedicada ao passado não é alheia ao presente nebuloso que temos e ao futuro radioso que não teremos. Pobre, mesmo que rico, Martim Neves.
Jean Stapleton 1923 - 2013
Ficou fundamentalmente conhecida pelo seu papel de Edith na série "Uma Família ás Direitas", onde era o ponto de equilíbrio entre um marido "ultra-liberal" e uma filha "fracturante" (para utilizar a actual linguagem política). Mantendo a mesma linguagem, muitas vezes dava a ideia de ser "uma vítima", mas na verdade o seu papel era o de garantir consensos. Ao longo da sua carreira venceu 2 Globos de Ouro, entre outros prémios e nomeações.
sábado, 1 de junho de 2013
No Dia Mundial Da Criança
Ficam os golos (e não só) da última final da Champions numa versão muito especial
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