.
O português é um pormenor para a adesão da Guiné Equatorial à CPLP. O que conta é o petróleo, e "negócio é negócio", como dizem os brasileiros. Esconder a ausência de direitos humanos também não será difícil.
Teodoro Obiang Nguema é um homem determinado. Matou o tio para chegar ao poder e resistiu à última tentativa de golpe de Estado feita por mercenários no continente africano, em 2004. Sabe como ganhar dinheiro e a revista "Forbes" conta-o como o oitavo governante mais rico do mundo. E agora está a ter explicações de português.
Determinado como é, mais ano menos ano, falará português fluentemente, e não vai faltar dinheiro nem explicadores para convencer os poucos membros do clã Nguema/Mongomo, que domina a Guiné Equatorial desde a independência de Espanha, a falarem português. Esta semana Teodoro Obiang decretou que o português passava a ser a terceira língua oficial deste minúsculo país do golfo da Guiné. Como já tinha feito com o francês. Se for preciso adotar o Esperanto, Obiang não hesitará. Quando se quer limpar a imagem internacional, a língua é um pormenor.
Mais difícil será conseguir que os 633 mil habitantes do seu país falem português. Sobretudo os 60% da população que vivem com menos de um dólar por dia, num dos países mais desiguais do mundo. Desde que descobriu petróleo e gás, que a Guiné Equatorial passou a estar na rota dos diplomatas. 'Lula', que anteontem chorou emocionado na televisão, não verteu uma lágrima quando aterrou em Malabo e deu o apoio incondicional à adesão da Guiné Equatorial à CPLP. Celso Amorim, o MNE de Lula, resumiu bem a questão: "Negócio é negócio".
'Lula' que gosta de dizer que cada país deve resolver os seus problemas (com exceção das Honduras, claro) não se preocupou com a fome, a pobreza, a corrupção ou a tortura quando aterrou em Malabo, capital da Guiné Equatorial. O Brasil olha para a Guiné de uma forma simples: tem hidrocarbonetos, minas, estradas e estádios para fazer (o próximo campeonato africano de futebol é por lá) e uma posição geoestratégica fabulosa que permite a Brasília sonhar com o domínio do Atlântico Sul.
E a língua portuguesa? É um detalhe. Enche-se a Guiné Equatorial de professores de português e Obiang trata do resto: convence o filho a vender a mansão de 35 milhões de dólares que comprou ao lado de Britney Spears em Malibu e a doar parte dos 110 milhões de dólares que desviou para o Riggs Bank em Washington. Depois, abdica da pena de morte, melhora ligeiramente a saúde do povo e doa lucros do petróleo às ONG. Habituem-se. Obiang vai ser visita habitual em Portugal.
Determinado como é, mais ano menos ano, falará português fluentemente, e não vai faltar dinheiro nem explicadores para convencer os poucos membros do clã Nguema/Mongomo, que domina a Guiné Equatorial desde a independência de Espanha, a falarem português. Esta semana Teodoro Obiang decretou que o português passava a ser a terceira língua oficial deste minúsculo país do golfo da Guiné. Como já tinha feito com o francês. Se for preciso adotar o Esperanto, Obiang não hesitará. Quando se quer limpar a imagem internacional, a língua é um pormenor.
Mais difícil será conseguir que os 633 mil habitantes do seu país falem português. Sobretudo os 60% da população que vivem com menos de um dólar por dia, num dos países mais desiguais do mundo. Desde que descobriu petróleo e gás, que a Guiné Equatorial passou a estar na rota dos diplomatas. 'Lula', que anteontem chorou emocionado na televisão, não verteu uma lágrima quando aterrou em Malabo e deu o apoio incondicional à adesão da Guiné Equatorial à CPLP. Celso Amorim, o MNE de Lula, resumiu bem a questão: "Negócio é negócio".
'Lula' que gosta de dizer que cada país deve resolver os seus problemas (com exceção das Honduras, claro) não se preocupou com a fome, a pobreza, a corrupção ou a tortura quando aterrou em Malabo, capital da Guiné Equatorial. O Brasil olha para a Guiné de uma forma simples: tem hidrocarbonetos, minas, estradas e estádios para fazer (o próximo campeonato africano de futebol é por lá) e uma posição geoestratégica fabulosa que permite a Brasília sonhar com o domínio do Atlântico Sul.
E a língua portuguesa? É um detalhe. Enche-se a Guiné Equatorial de professores de português e Obiang trata do resto: convence o filho a vender a mansão de 35 milhões de dólares que comprou ao lado de Britney Spears em Malibu e a doar parte dos 110 milhões de dólares que desviou para o Riggs Bank em Washington. Depois, abdica da pena de morte, melhora ligeiramente a saúde do povo e doa lucros do petróleo às ONG. Habituem-se. Obiang vai ser visita habitual em Portugal.
Sem comentários:
Enviar um comentário