Alguma crítica achou este filme de 2011 pouco "Cronenbergiano" algo que discordo em absoluto: O mal está lá e a origem é sempre a mesma: A mente, a qual o realizador canadiano mais uma vez "disseca" de forma sublime. Se muitas vezes David Cronenberg recorreu a misturas entre humanos e não humanos (A Mosca, Os Parasitas da Morte p.ex), humanos com características especiais (Scanners, A Ninhada p.ex), também temos vários trabalhos seus onde é "tudo humano" (Cosmopolis e Irmãos Inseparáveis, p.ex). Desta vez Freud e Jung entram "em jogo" num filme com correspondência com a realidade. 1904, Sabina (Keira Knightley) é uma mulher inteligente, filha de um homem bem sucedido e que pretende ser médica, mas que se encontra internada numa instituição psiquiátrica devido a um comportamento errático. A instituição é dirigida pelo Professor Bleuler (André Hennicke) sendo Jung (Michael Fassbender) o qual é casado com Emma (Sarah Gordon) o responsável por tratar Sabina: Rapidamente percebe que os maus tratos que o seu pai lhe infligiu desde a infância não só não lhe causam repulsa como a estimulam sexualmente. Jung vai ter sucesso adoptando um método defendido por Freud (Viggo Mortensen) o qual só irá conhecer em 1906. Freud sempre considerou que Jung poderia ser seu sucessor mas a relação entre os 2 (a qual nunca foi de amizade) foi-se degradando até cortarem relações em 1912 devido a divergências profissionais e ao facto de Jung ter mentido relativamente à sua relação com Sabina (foram amantes durante vários anos mas sempre numa base bastante doentia - O final do filme é absolutamente sublime na forma como é (passe a redundância) finalizada de vez a relação entre os dois) . Referência para o Dr Gross (Vincent Cassel) um homem com uma visão muito peculiar do mundo. O filme tem como base um livro de John Kerr (1993) e a peça de teatro a que deu origem pela mão de Christopher Hampton (The Talking Cure (2002)). O filme recebeu 18 prémios em 45 nomeações
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