As medidas "preto no branco" estão por conhecer, mas os números são estes. O Governo (finalmente) percebeu que aumentar impostos não resulta (talvez um dia entenda que os deve reduzir, não só para aumentar a receita fiscal, mas igualmente para diminuir a despesa). Quanto aos cortes, não espero nada de bom para ninguém...
terça-feira, 30 de abril de 2013
Na America O Presidente Pode Calçar Meias Rosa
Artigo de Leonídio Paulo Ferreira
Bush pai era o "vice" de Reagan quando este expulsou Carter da Casa Branca.
Clinton impediu Bush pai de repetir o mandato. Bush filho foi eleito à custa de
Gore, o vice-presidente de Clinton. E Obama chegou à Casa Branca prometendo
fazer tudo ao contrário de Bush filho. Têm razões para implicar uns com os
outros estes homens que são os cinco presidentes dos Estados Unidos vivos. Mas
estiveram juntos há dias na inauguração da Biblioteca Presidencial dedicada a
George W. Bush. Chama-se a isso sentido de Estado. E os americanos dão exemplo
ao mundo.
Foi Dallas a cidade escolhida por Bush filho para erguer o museu que lembrará
a sua presidência, a da resposta ao 11 de Setembro mas também a da crise do
subprime. Isto das bibliotecas é mais uma daquelas tradições que servem para
celebrar os sucessores de George Washington, o general fazendeiro que conquistou
a independência e preferiu ser presidente a rei.
Obama é já o presidente número 44, apesar de na realidade serem 43 (Cleveland
conta duas vezes). Ora foi ele, com a sua genial oratória, que fez o maior
elogio a Bush filho, mas também ao cargo, contando que na Casa Branca encontrou
uma carta do antecessor. Este lembrava-o que ser Presidente é saber ser humilde,
pois o caminho faz-se de erros e de acertos.
A foto dos cinco Presidentes impressiona. Carter e Bush pai são os mais
velhos, com 88 anos. O primeiro saiu da Casa Branca pela porta pequena, mas
tornou-se um gigante dos direitos humanos a ponto de ganhar o Nobel. O outro
conta no currículo ter sido o líder americano que viu desaparecer a União
Soviética, ele que aos 18 anos pilotava aviões na Segunda Guerra Mundial.
Clinton, esse, faz diplomacia paralela, ajudando a libertar jornalistas na
Coreia do Norte, mas também serve de estratego a Hillary, a primeira dama que
foi secretária de Estado e sonha com a presidência. Bush filho dedica-se à
pintura, o que parece pouco, mas também como nunca ninguém esperou muito dele
talvez surpreenda. Quanto a Obama, é a encarnação do sonho americano, o filho de
imigrante queniano que se tornou o homem mais poderoso do
mundo.
Em dois séculos de história da América, nunca um Presidente foi derrubado.
Houve assassínios, sim, como os de Lincoln e Kennedy, e até a demissão de Nixon,
mas a legalidade impôs-se, com o "vice" a assumir. Também nunca se adiaram
presidenciais, nem durante a Guerra Civil. Vota-se em novembro, a cada quatro
anos como manda a Constituição, que vem do tempo de Washington.
Voltemos à foto. Tal como o Monte Rushmore imortaliza alguns dos antecessores
de Obama, também há algo de imortal neste grupo em Dallas. A América está acima
das suas divergências, a América é a passagem de testemunho de uns para os
outros em paz, mesmo quando a lei eleitoral perverte o voto popular, como em
2000. É tão forte essa dignidade que emana do cargo que já foi de Jefferson e
dos dois Roosevelt que ninguém estranha que Bush pai, sentado numa cadeira de
rodas, mostre as meias rosa com pintinhas.
Filme - O Mistério Da Estrada De Sintra
A partir do livro de Eça de Queiroz (Ivo Canelas) e Ramalho Ortigão (António Pedro Cerdeira), Jorge Paixão da Costa realizou este filme em 2007. A narrativa assenta em dois planos, os quais deliberadamente se sobrepõem: A escrita do livro propriamente dita, com toda a intriga que envolveu na Lisboa de 1870 e a história trágica de Rytmel (James Weber Brown), Luisa (Bruna di Tullio), Carmen (Giselle Itié), Vasco (Rogério Samora), e demais personagens, onde os "amores traídos" são o pano de fundo. Boa direcção artistica, ritmo certo, um excelente retrato da época com o "dedo corrosivo" de Eça sempre presente. Elenco. Uma curiosidade: O filme apesar de ser falado em Português de Portugal, está legendado em Português do Brasil...
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Eça de Queiroz
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Música - Rough Justice
Rolling Stones, um original de A Bigger Bang (2005)
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Música - Mr Pitiful
Rolling Stones. O original é de 1965 (The Great Ottis Redding Sings Soul Ballads) e foi composto por Redding e Steve Cropper
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Disco - Light The Fuse
Ano de 2005, dia 10 de Agosto: Os Rolling Stones deram um concerto no Phoenix Concert Theatre em Toronto no Canada, o qual ficou á disposição do "público em geral" em 2012. Entre temas "óbvios" e temas "nada óbvios" a banda desfilou o seu ADN, ou seja, mais um enorme concerto ao vivo registado para a posteridade. Um destes dias esgoto (o que não é fácil) a discografia dos Stones, ainda antes de Passos Coelho esgotar os Conselhos de Ministros Extraordinários...
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Vão Gozando
Todos os programas de humor brincam com Jorge Jesus, mas o facto é que JJ está á beira de conquistar o título (e na final da Taça e nas meias da Liga Europa). Ainda não ganhou nada (este ano) ? Efectivamente, mas está muito perto
O Que É Que Temos Amanhã ?
Mais um Conselho de Ministros extraordinário...Desculpem qualquer coisa, mas começa a ser patético...
domingo, 28 de abril de 2013
Filme - Amigos Do Alheio
Realizado em 2003 por Ridley Scott, a partir de um livro de Eric Garcia, mistura habilmente comédia com muita seriedade...Roy (Nicholas Cage) e Frank (Sam Rockwell) são dois vigaristas bem sucedidos, mas a sua sociedade corre riscos devido ás fobias e paranoias de Roy, o qual é acompanhado por um psiquiatra (Klein - Bruce Altman). Tudo se complica quando Roy descobre que tem uma filha adolescente (Angela - Alison Lohman), a qual, vai mudar muita coisa, mas a verdade nem sempre é o que aparenta...A generalidade da critica lusa não gostou do filme, o que (aparentemente) demonstra que não o entendeu. Elenco de um filme muito inteligente para quem o conseguir abarcar na totalidade...
Quem É Que Foi O Génio Que Se Lembrou
da banda sonora de "Norte e Sul" para musicar o congresso socialista?
Luis Filipe Na Sibéria
Artigo de Alberto Gonçalves
A nossa classe política continua a mostrar-se um paradigma da ponderação.
Antes de ir de férias (eu, não ele), Mário Soares ameaçou o prof. Cavaco com um
regicídio. Volto de férias e vejo Otelo Saraiva de Carvalho pedir pela enésima
vez uma revolução. Pelo meio, houve Luís Filipe Menezes, que, confrontado com a
história de que uma entidade obscura recorrerá à Justiça para impedir a
candidatura do dr. Menezes à Câmara do Porto, proferiu a já célebre frase:
"Volta Estaline que estás perdoado."
A equivalência é feliz. De facto, prender e assassinar dezenas de milhões de
pessoas é, mais pormenor, menos pormenor, bastante parecido com invocar a lei da
limitação de mandatos a fim de manter o dr. Menezes em sossego. Se a retórica do
ainda autarca de Vila Nova de Gaia fizer escola, não tardará que diversas
sumidades indígenas desatem a comparar as alterações no subsídio de férias ao
genocídio do Ruanda e as novas regras na colocação de professores ao Holocausto.
Com jeitinho, Isaltino Morais encontrará semelhanças entre o seu currículo
judicial e o calvário de Cristo.
Não surpreenderá que a retórica faça de facto escola. Do dr. Menezes ao dr.
Soares, passando pelo capitão/coronel/brigadeiro (riscar as opções
desactualizadas) Otelo, muitas "personalidades" que a imprensa e os noticiários
escutam com trémula atenção caracterizam-se pela geral incapacidade em proferir
qualquer desabafo que não roce o completo absurdo. Ignoro se o estilo é convicto
e as "personalidades" são assim infantis, ou se o estilo é simulado e as
"personalidades" se esforçam por descer ao nível intelectual que atribuem às
respectivas audiências. Certo é que estas insignificâncias dizem imenso acerca
do país que temos.
Uma coisa é a inevitabilidade geográfica da pequenez. Outra coisa é a
inclinação económica para a incúria. Uma terceira coisa é a tendência mental
para o desarranjo. No mínimo, uma destas seria escusada. E, já agora, a
candidatura do dr. Menezes, campeão de obras e dívidas, também
As Eleições São Quando ?
Seguro pede maioria absoluta. Seguro terá os seus motivos, mas este ambiente de campanha eleitoral parece-me algo extemporâneo
sábado, 27 de abril de 2013
Disco - Hunkpapa
Disco de 1989 para os Throwing Muses. Hunkpapa? Explicação (?) para o título (eventualmente) aqui. Uma sonoridade "crua" (muitas vezes quase "irrespirável"), onde a poesia "torturada" de Kristin Hersh é o fio condutor. É um disco dificil ? Muito...É muito bom? É, para quem o conseguir "digerir"...
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sexta-feira, 26 de abril de 2013
As Eleições São Quando Nós Queremos
A maior irritação com Cavaco decorre do facto de o PR ter dito que não é tempo de eleições. Bem sei que alguns srs convivem mal com o facto de serem os portugueses a escolher os seus representantes, bem sei que gostavam de um PR com um perfil alinhado com os seus interesses e gostavam ainda mais de marcar as eleições ao arrepio da constituição que juram defender. Algumas coisas são relativamente lineares: Nenhuma sondagem dá uma solução governativa estável: Maioria absoluta socialista é algo que está a muitos milhares de votos de distância. Um governo de esquerda ? Mais depressa o PS se alia ao actual CDS, ou ao PSD com um outro líder, do que com o PCP ou o BE. O actual governo sofre de inúmeros problemas e defeitos? Claro que sim. Tem errado que se farta? Claro que sim. A descoordenação e as trapalhadas são o "pão nosso de cada dia"? Claro que sim. E um governo liderado por António José Seguro, em coligação vá-se lá saber com quem, que garantias dá? Lamento, mas nenhumas.
Sem Paciência
Para uma certa esquerda que se acha dona da democracia. Para eles democracia é um PR e um PM da sua cor, pois tudo o resto é não democrático. Atacam a direita invocando a ideologia na versão "soft", e invocando Salazar, Hitler e outros na versão "hard". Ideologia? muito mais ideológica é essa esquerda, a qual provocou (e provocará) muitos mais danos do que a direita que eles odeiam.
Filme - O Arremesso
O argumento de Billy Bob Thornton valeu-lhe o Oscar, enquanto que a sua interpretação como Karl Valeu-lhe a nomeação ao Oscar de Melhor Actor. O próprio Thornton realizou o filme em 1996. Com 12 anos de idade Karl (Thornton), um rapaz com limitações mentais e com uma infância infeliz, mata a mãe e o amante. 25 anos depois sai do hospital psiquiátrico e encontra emprego como reparador de máquinas de cortar relva, como empregado de Vaughan (John Ritter) fruto da intervenção do director do hospital (Jerry - James Hampton), ao mesmo tempo que é acolhido por Linda (Nataly Canerday) e pelo seu filho Frank (Lucas Black), a qual é viúva e namora com um homem violento (Doyle - Dwight Yoakam), tendo como patrão um homosexual (Bill - Rick Dial). Tudo corre bem até ao dia em que tudo descamba...Thornton gere habilmente todo o tempo narrativo, imprimindo sempre a velocidade certa. Excelente
quinta-feira, 25 de abril de 2013
A Oposição Precisa De Um Tradutor Para Cavaco
Artigo de Ricardo Costa
Cavaco Silva fez um discurso que agradou ao governo? Sim. Optou deliberadamente por não criticar o executivo de Passos Coelho? Claro que sim. Centrou as críticas económicas e orçamentais na Europa? Sem dúvida. Deixou sérias críticas a várias opções da troika? Foi evidente.
Estas foram a as principais opções do discurso que o Presidente da República fez hoje, mas, pelos vistos, a oposição ficou espantada com o que disse sobre eleições antecipadas. Penso que foi o Alfredo Barroso que disse há uns tempos que este era o Presidente mais previsível de todos os tempos. Não concordo totalmente com a ideia, mas há, de facto, muitos temas em que o actual Presidente é bastante previsível.
Um desses temas é a absoluta falta de vontade de convocar eleições antecipadas. Outro é o repúdio (ou mesmo medo) de promover um governo de iniciativa presidencial. Podemos discutir se Cavaco Silva tem ou não razão, se está à altura de um momento tão grave, se tem coragem de enfrentar os problemas, se sabe ler devidamente os poderes e os deveres presidenciais. Podemos fazer isso tudo, mas temos, antes disso, de tentar perceber como pensa e o que pensa o Presidente.
Simplificando, o que o Presidente pensa sobre a situação política é simples:
a) existe uma maioria parlamentar;
b) essa maioria apoia o governo;
c) enquanto essa maioria existir o governo deve continuar em funções;
d) se essa maioria se desfizer, não vai haver um governo de iniciativa presidencial;
e) nesse caso, mas apenas nesse caso, o Presidente convocará eleições;
f) Ainda nesse caso, o Presidente não dará posse a um governo que não seja maioritário, obrigando a um acordo entre o PS e o PSD (pelo menos);
g) O Presidente espera que esta situação só se coloque em 2015; h) até essa data, o actual governo está obrigado a governar;
i) o PS não deve afastar-se demasiado do governo porque, o mais tardar em 2015, estará no governo com o PSD.
É isto o que pensa o Presidente. Pode-se concordar ou não. Mas só não percebe isto quem não quer.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Os Malandros Dos Alemães...
Champions, meias finais: Ontem em Munique o Bayern venceu o Barcelona por 4 a 0. Hoje em Dortmund o Borussia venceu o Real de Madrid por 4 a 1. Pode haver uma reviravolta na segunda mão? Claro que sim, mas os malandros dos Alemães estão á beira de uma histórica final "caseira"...
Não É Mau Feitio Meu...
O Estado definitivamente não sabe fazer contas (A informática é um bode expiatório - os computadores não falham por sua alta recriação, falham porque os humanos introduzem dados errados.)
Música - Rock And A Hard Place
Rolling Stones, um original de Steel Wheels (1989), ao vivo nesse mesmo ano
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Calculadoras
Temos mais uma polémica instalada. Em certos serviços oficiais já percebi que com ou sem calculadora ninguém sabe fazer contas, provavelmente porque não percebem o básico e não o percebendo nem sabem em que botões da calculadora devem carregar... Chamem-me salazarista se entenderem (É o argumento da extrema-esquerda e não só) mas as máquinas de calcular devem ser limitadas (não confundir com abolidas) nos primeiros anos de escolaridade. O Sr Lavos (como é do seu timbre) confunde "alhos com bugalhos" e ensaca conjuntamente arroz e batatas, esperando obter, provavelmente mel...O Sr Lavos irritou-se com um comentário sobre as "meninas da caixa" que só sabem fazer trocos com o auxilio de calculadoras, achando o mesmo ofensivo. Não generalizo, mas já assisti a uma dessas meninas a utilizar uma calculadora para calcular o preço de 100 gramas de limões, assim como já assisti à recusa de entrega de moedas para facilitar os trocos, por não conseguirem fazer um cálculo elementar (p.ex uma conta de 5,82 euros, em que o cliente paga com uma nota de 10 euros e se propõe dar 1 euro e 2 cêntimos para facilitar o troco). Deixo ao Sr Lavos e a outros o "trabalho" de descobrir qual o troco que deveria ser entregue ao cliente neste caso ...
terça-feira, 23 de abril de 2013
Time Is Money...
Este Governo usa e abusa dos Conselhos de Ministros extraordinários, os quais duram e duram...Se a ideia que se pretende transmitir é que se trabalha muito, a mesma não colhe: O "sumo" dos mesmos é demasiado curto para tanta "laranja expremida"...
Muito Estimulante...
Fernando Alexandre, novo Secretário de Estado Adjunto do MAI:
Tenho que admitir que este Governo não merece o
povo que governa. Os portugueses, mesmo aqueles que aparentemente dela
beneficiaram, perceberam o absurdo da decisão do Tribunal Constitucional. A
decisão do Ministro das Finanças de congelar as despesas mostra que, de facto,
ele, embora não viva cá, deve estar de partida para outro lugar. Desejo-lhe boa
viagem. (Aqui).
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Filme - A Amante Do Tenente Francês
A partir do livro de John Fowles (1969), Karel Reisz realizou este filme em 1981, o qual foi nomeado a 5 Oscares (Actriz Principal: Meryl Streep, Argumento Adaptado, Montagem, Direcção Artistica e Guarda Roupa), entre outros prémios e nomeações. Anos 60 do século passado, Mike e Anna são os actores que representam Charles (um biólogo) e Sarah (uma mulher com um passado sombrio e sem futuro) durante a época vitoriana. Charles vai-se apaixonar loucamente por Sarah, abandonando a noiva (uma rapariga abastada - Ernestine: Lynsey Baxter) a família e os amigos. Mike e Anna são igualmente amantes. É fundamentalmente um filme de actores: Meryl Streep (Sarah/Anna) e Jeremy Irons (Charles/Mike), mas não só: Filmado de uma forma deliberadamente lenta, contrapõe duas histórias de amor enquadradas na respectiva realidade histórica, cada uma delas com um final diferente. Muito bom
Música - Killing Another
Cure.
Na verdade o tema é uma versão alterada de Killing an Arab (single estreia de 1976)
Disco - Bestival Live 2011
Gravado em Setembro de 2011 contém 32 temas que abarcam a generalidade da discografia dos Cure. Robert Smith deliciou os 50 mil espectadores ao longo de 2 horas e meia, com os fundos obtidos a revertem para a Isle Of Wight Youth Trust . Excelente
Antigamente As Remodelações Faziam-se II
5 remodelações em cerca de 2 anos. Da equipe inicial de Ministros saíu 1 em 11, tendo entrado 2. Os Secretários de Estado eram 36, dos quais já saíram 16 tendo entrado 18.
domingo, 21 de abril de 2013
Disco - Promenade
Divine Comedy, ano de 1994. Sempre que leio posts anteriores sobre a banda de Neil Hannon (e este é o 6º disco da banda ouvido neste blog), encontro sempre as mesmas palavras: "qualidade", "bom gosto", "orquestrações elaboradas e sumptuosas". Tudo isso está (sem surpresa) presente neste disco conceptual, o qual, descreve o dia de dois apaixonados á beira mar, com Michael Nyman como fonte musical inspiradora. O resto? É desfrutar o disco...
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the Divine Comedy
F1 Mundial 2013 VI
No Bahrain venceu ("sem espinhas") Vettel, com a curiosidade do podio deste ano ter sido igual ao do ano passado (Vettel, Räikkönen e Grosjean)
sábado, 20 de abril de 2013
Bombas Em Boston V
Por cá é tudo muito diferente: Polulam os defensores dos direitos daqueles que se estão borrifando para os direitos dos outros, e pior ainda, aqueles que defendem o indefensável baseados num qualquer "buraco" na lei, ignorando todo e qualquer princípio básico de justiça e de decência - pode ser que um dia algo lhes corra mal, e nesse dia (por linhas tortas) será feita alguma justiça ...
Música - Everlasting Love
U2, um tema de 1967 de Buzz Cason e Mac Gayden, o qual foi lado b de All I Want Is You (1989), tendo sido recuperado para a banda sonora de Veronica Guerin
Filme - O Preço Da Coragem
Baseado em factos reais, retrata o período entre 1994 e 1996, no qual, a jornalista Veronica Guerin (Cate Blanchett) tentou encurralar os barões da droga Irlandeses, acabando por pagar a sua ousadia com a vida. A sua morte não foi em vão, dado que quer o poder político quer o poder judicial, alteraram (para melhor) muitos procedimentos. O filme foi realizado em 2003 por Joel Schumacher, o qual, não perde tempo com "manobras diversivas". Elenco. Blanchett foi nomeada ao respectivo Globo de Ouro. Para mais informação
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sexta-feira, 19 de abril de 2013
Bombas Em Boston IV
Alguém imagina um "filme" destes em Portugal ?. A "rapaziada habitual" já tinha exigido a cabeça do PR, do PM, do MAI, do Chefe da Polícia, etc, etc...
Kenneth Rogoff e Carmen Reinhart
A história anda por aí e não é nada bonita, e não os defendo, apesar da Economia não ser uma ciência exacta (e muitas vezes muita gente confunde Economia com política, e pior ainda com "politiquices"). Existem várias anedotas clássicas para denegrir os economistas, das quais deixo duas: Um economista encontra-se isolado numa ilha deserta com um engenheiro e um químico,
tendo apenas uma lata fechada com comida. O engenheiro sugere um sistema de
pesos e roldanas para abrir a lata, enquanto o químico pensa nos reagentes que
possam dissolver a tampa. O economista resolve o problema concebendo um modelo
que começa assim: "suponhamos que temos um abre-latas!". A segunda diz que quando 2 economistas discutem um problema, no mínimo são encontradas 3 soluções diferentes...Economista como sou e com uma costela "neo-ultra-qualquer coisa liberal" entendo que está mais do que na hora de aplicar (com muito, mas muito bom senso) o "velho modelo". Tem inúmeras limitações? Sim. É melhor do que muitos dizem? Sim. É melhor do que o modelo actualmente utilizado? Sim. Thatcher e Reagan "esticaram" excessivamente o modelo? Admito que sim, mas que o mesmo faz muito mais sentido do que o actual "status quo"...
A Sério ?
Normalmente as pessoas ditas normais não costumam enveredar por este tipo de anormalidades...
Música - Tumbling Dice
Rolling Stones, um original de Exile On Main St (1972)
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Música - Beast Of Burden
Rolling Stones, um original de Some Girls
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Disco - Some Girls: Live In Texas`78
Até hoje, existem 18 (!) discos oficiais dos Rolling Stones ao vivo. Este foi lançado em 2011 e assenta num concerto da banda no Will Rogers Auditorium (Fort Worth) no ano de 1978, o qual serviu para promover o disco Some Girls. Comentários? Ficam para os comentadores...Pela parte que me toca limito-me a dizer que é mais um exemplo da qualidade/categoria de Jagger e demais companhia.
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Conselhos De Ministros Extraordinários E Os Rolling Stones
Como é público, os Rolling Stones publicaram até hoje mais discos de não-originais do que discos de originais. Os Conselhos de Ministros extraordinários vão pelo mesmo caminho: Esta semana houve um, para a semana temos outro e já perdi a conta aos mesmos...
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quinta-feira, 18 de abril de 2013
Isto É Uma Piada De Mau Gosto
Ou é a sério ?. Aguarda-se resposta e subsequente punição exemplar a quem de direito (ou para os "piadistas", ou para os (ir)responsáveis pelo erro.) - Espero bem que a culpa não seja atribuída a Dan Bricklin , Bob Frankston e Charles Simonyi...
Música - Until The Morning Comes
Tindersticks
My hands ‘round your throat
If I kill you now, well, they will never know
Wake me up if I’m sleeping
By the look in your eyes I know the time’s nearly come
Wake me up ‘cause I’m dreaming
Well, they’ll never believe what’s been happening here
But caught in my mind there’s a way to get out
Wake me up ‘cause I’m dreaming
Well they’ll never believe it
So hush now, my babe, please don’t cry
Everything’s gonna be alright
Hush now, darling, I can hear you’re screaming
Let me hold you until the morning comes
So tell me this is what you want
You can whisper it soft or you can scream it out loud
‘Cause there’s still time to change your mind
But do it now before tomorrow comes
Wake me up ‘cause I’m dreaming
Well, they’ll never believe it
So hush now, my babe, please don’t cry
Everything’s gonna be alright
Hush now, darling, I can hear you’re screaming
Let me hold you until the morning comes
Until the morning comes
The light is fading
But the stars are dancing bright
My mind is racing like clouds across the sky
How did you make me go... this far?
If I kill you now, well, they will never know
Wake me up if I’m sleeping
By the look in your eyes I know the time’s nearly come
Wake me up ‘cause I’m dreaming
Well, they’ll never believe what’s been happening here
But caught in my mind there’s a way to get out
Wake me up ‘cause I’m dreaming
Well they’ll never believe it
So hush now, my babe, please don’t cry
Everything’s gonna be alright
Hush now, darling, I can hear you’re screaming
Let me hold you until the morning comes
So tell me this is what you want
You can whisper it soft or you can scream it out loud
‘Cause there’s still time to change your mind
But do it now before tomorrow comes
Wake me up ‘cause I’m dreaming
Well, they’ll never believe it
So hush now, my babe, please don’t cry
Everything’s gonna be alright
Hush now, darling, I can hear you’re screaming
Let me hold you until the morning comes
Until the morning comes
The light is fading
But the stars are dancing bright
My mind is racing like clouds across the sky
How did you make me go... this far?
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Explosões No Texas
A America está numa semana "não". Causas deste acidente ? Desconhecidas de momento.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Disco - House Tornado
Throwing Muses em 1988. Um "2 em 1", ou seja, 11 canções novas e 6 do EP The Fat Skier (1987). O disco teve 2 capas (a britânica em baixo e a internacional em cima). Um disco poderoso assente na poesia nada intuitiva de Kristin Hersh (Tanya Donelly assinou 3 dos 17 temas) e numa sonoridade onde as guitarras e a percurssão dão cartas.
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Um Bom Americano É Um Americano Morto ?
Se o Sr Prof Dr fosse burro, eu (simples mortal) não teria qualquer problema em lhe explicar as diferenças sob o ponto de vista político e civilizacional, mas como não é, limito-me a lamentar o infeliz post...Um ser humano morto é um ser humano morto ? Claro, seja qual for a sua nacionalidade, sexo, cor, religião,etc, etc e isso não merece discussão, o problema é que Srs como o Sr Prof Dr não o entendem, embora digam que sim.
Bombas Em Boston III
A "inteligênzia" americana ou não sabe o que se passou, ou entende que ainda não é oportuno divulgar o que sabe. Nos "entretantos"
Política De Selo
Post de Rodrigo Moita de Deus
O PS ficou consternado com a carta de Passos Coelho para a troika. Não tiveram conhecimento prévio, dizem. Da mesma forma como Passos Coelho também não teve conhecimento da carta de Seguro para a troika. É possível que os dois venham a trocar cartas sobre o assunto. O país anda assim. A promover internacionalmente os CTT em ano de privatização
terça-feira, 16 de abril de 2013
Bombas Em Boston II
O terrível "modus operandi". Tudo indica que seja uma "operação interna", mas seja qual for a sua natureza e o(s) autor(es), o objectivo era claro: Provocar o caos, a destruição e a morte, com a garantia de uma enorme cobertura mediática: A maratona de Boston iniciou-se em 1897 e todos os anos conta com milhares de atletas (entre profissionais e amadores ) e espectadores.
Música - Dear Prudence
Siouxsie And The Banshees. O original é dos Beatles (Beatles, ou como é mais conhecido - White Album de 1968)
Disco - Hyaena
Entre 1976 e 1995, Sioxsie Sioux (nascida Susan Jane Ballion em 1957) liderou os Siouxsie And The Banshees, os quais gravaram 11 discos de originais. Este é o seu 6º trabalho (1984), onde uma das curiosidades é a participação de Robert Smith como guitarrista e teclista (a outra é um cover de um tema dos Beatles). A sonoridade bebe em várias fontes (Punk, Rock, New Wave,...)
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Filme - O Justiceiro Solitário
La Hood (Christopher Penn) controla uma pequena cidade rica em ouro pela força. Um dia um pregador (Clint Eastwood) chega á mesma e é acolhido por Hull (Michael Moriarty), pela sua companheira Sarah (Carrie Snodgress) e filha Megan (Sydney Penny). O pregador convence Le Hood a comprar os terrenos dos mineiros por um preço justo, algo que os mesmos vão recusar, levando a um confronto final entre o pregador e o Marshall Stockburn (John Russell), ao mesmo tempo que evita as investidas amorosas de Sarah e Megan. Realizado em 1985 por Clint Eastwood, remete-nos para a America da segunda década do século XIX, e como sempre, Eastwood coloca "densidade" na história e nos personagens. Foi nomeado á Palma de Ouro em Cannes.
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Clint Eastwood
O Pós-Chavismo
Nicolás Maduro terá vencido as eleições Venezuelanas com uma curta margem (1.6% e cerca de 200 mil votos). A confirmarem-se os resultados, espero que os mesmos sejam aceites por todos. Quanto a Maduro não é Chávez e veremos como é que vai exercer o poder com a imagem de Chávez a pairar por cima de si.
Menos Leis, Melhores Leis E De Preferência Leis Legíveis E Entendíveis
Temos muita gente muito "excitadinha" com este e com este caso. Como leigo sempre entendi que a limitação se aplicava ao cargo e não à Câmara A ou B, mas como leigo que sou...Talvez não seja má ideia começar a redigir leis em versão para "crianças da primária": Exemplo 1: "Quem já tenha cumprido 3 mandatos como presidente camarário, não se pode candidatar a nenhuma câmara do país, ou seja, exemplificando, o Sr A presidiu á Câmara X durante 3 mandatos, logo não se pode candidatar a nenhuma câmara". Exemplo 2: "Quem já tenha cumprido 3 mandatos como presidente camarário, não se pode candidatar a essa câmara, mas pode-se candidatar a qualquer outra, ou seja, exemplificando, o Sr A presidiu á Câmara X durante 3 mandatos, logo não se pode candidatar novamente á câmara X, mas pode-se candidatar a qualquer outra câmara"...
domingo, 14 de abril de 2013
Aires Pedro
O nome deste advogado madeirense dirá pouco aos socialistas (e ainda menos aos Portugueses), mas foi o adversário de António José Seguro nas eleições socialistas
F1 2013 V
3ª corrida, 3º vencedor (Alonso) de 3 equipes diferentes. Mark Webber mais valia ter cedido ao "nosso" Felix da Costa o seu lugar para este fim de semana: Começou por ser relegado para o último lugar da grelha por não ter o mínimo de gasolina obrigatório pelo regulamento, depois acertou em Vergne (vai perder 3 lugares na próxima grelha de partida) e para concluir perdeu uma roda...
sábado, 13 de abril de 2013
Encruzilhada
Parte final de um artigo de Manuela Ferreira Leite
Ao Governo custa-lhe desviar-se de um rumo em que aparentemente acredita e ao Partido Socialista custa-lhe abandonar o que julga ser a aportunidade de chegar ao poder. A situação do país é demasiado séria. É altura de humildade e não de birras.
Filme - A Face Oculta
Thad (Timothy Hutton) é um jovem escritor, cujas estranhas dores de cabeça vão conduzir a uma operação, na qual, um estranho tumor vai ser extraído. 23 anos depois, casado com Liz (Amy Madigan) e pai de gémeos, resolve "matar" o seu heterónimo George Stark, sem imaginar as terriveis consequências do seu acto...Realizado em 1993 por George A(ndrew) Romero, é uma das inúmeras adaptações de trabalhos de Stephen King ao cinema. Romero deixa fluir uma história tão surreal quanto complexa, e quando assim é...
Inqualificável
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Pela Parte Que Me Toca
Uma boa invenção era criar uma máquina que nos permitisse recuar até ao nosso "belo mundo" pré-troika (e ficar por lá...).
Disco - 'Get Yer Ya-Ya's Out!' The Rolling Stones in Concert
Lançado em 1970, foi gravado ao vivo entre 27 e 28 de Novembro de 1969, no Madison Square Garden (á excepção de Love In Vain, o qual foi gravado no Civic Center de Baltimore a 26 de Novembro). Os Rolling Stones eram ainda uns jovens (mas não eram parvos) e era óbvio para a banda a importância do mercado do "tio Sam" (só na America vendeu mais de 1 milhão de exemplares). O disco? Mais um excelente trabalho ao vivo de Jagger e restante companhia (Uma versão "De Luxe" foi lançada aquando do 40º aniversário do trabalho original, contendo "material" que ficou fora do disco de 1970).
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Música - Midnight Rambler
Rolling Stones, um original de Let It Bleed (1969)
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quinta-feira, 11 de abril de 2013
Remodelação Em Versão BE
Sai Miguel Relvas, entram Luis Marques Guedes para ministro da Presidência e Assuntos Parlamentares e Miguel Poiares Maduro ocupa o cargo de ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional
Comentários Aos Comentários
Alguns comentadores mostram-se surpreendidos com os comentários do comentador José Socrates. Invocam os mesmos que o ex-PM não comenta, limita-se a fazer auto-propaganda e que não mudou nada nos dois últimos anos. Espanta-me um pouco esta narrativa, ou seja, o comentador regressado (para os mais esquecidos José Socrates e Santana Lopes foram comentadores políticos "a meias" na RTP em 2002) é mesmo assim (uns gostam outros não) e não conhecer a sua forma de agir após todos estes anos é quase inexplicável.
Música - Say Hello Wave Goodbye
Soft Cell, uma das mais perfeitas composições Pop de todos os tempos
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Filme - Ficheiros Secretos
Série de culto nos anos 90 e no dealbar do novo século (foram produzidos 200 episódios entre 1993 e 2002), tendo recebido 5 Globos de Ouro, entre outros prémios e nomeações. Em 1998 a série foi transposta para o "grande ecran" pela mão de Rob Bowman, a partir da criação de Chris Carter. Após um atentado terrorista em Dallas, os agentes do FBI Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson) são usados como "bodes expiatórios", mas quando Mulder é contactado pelo Dr Alvin Kutrzweil (Martin Landau), vai rapidamente perceber que o atentado é um "fait divers" para algo de muito mais grave e sinistro..."Desenhado" para ser um "blockbuster" cumpre na integra o seu papel...Custou 66 milhões de dolares e rendeu quase o triplo. Entretenimento competente? Evidentemente...
Um Estado
Que olha para cada cidadão como um criminoso em potência, um Estado que "atira em tudo o que mexe" para sustentar os seus vícios, é um Estado doente e perigoso. Passos Coelho tem razão em querer refundar o Estado, o problema é que nenhuma reforma pode ser feita sem explicações concretas e muito menos contra as pessoas. Um Estado que se comporta (muitas vezes) como o dono de uma "casa de meninas", em momento algum, pode exigir decência, moral e bons costumes...
Em Casa Onde Não Há Pão...
DESPACHO
Considerando que o Acórdão n.º 187/2013, do Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade com força obrigatória geral dos artigos 29.º, 31.º, 77.º e 117.º, da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro Orçamento do Estado para 2013.
Que aquele acórdão coloca sérias dificuldades no cumprimento dos objectivos a que Portugal está internacionalmente vinculado, e das metas orçamentais que tem de cumprir.
Que, em consequência, se torna necessária a adopção de medidas que reforcem o controlo da execução orçamental e consequentemente de contenção da despesa do sector público administrativo e, bem assim, de adequação do Orçamento do Estado à nova realidade.
Neste contexto, e até deliberação em sede de Conselho de Ministros em matéria de medidas de adequação do Orçamento do Estado a esta nova realidade e de reforço do controlo da execução orçamental, nomeadamente no que se refere à determinação de fundos disponíveis no âmbito de cada um dos Programas Orçamentais, determino o seguinte:
1 – Os serviços do sector público administrativo, da administração central e da segurança social, bem como as entidades, que, independentemente da sua natureza e forma, tenham sido incluídas em cada subsector no âmbito do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, nas últimas contas sectoriais publicadas pela autoridade estatística nacional, não podem, com exceção do agrupamento 01 "despesas com o pessoal", do pagamento de custas judiciais e das decorrentes de contratos em execução cujo montante a pagar não pudesse ser determinado no momento em que foi celebrado, nomeadamente, por depender dos consumos a efetuar pela entidade adjudicante, assumir novos compromissos sem autorização prévia do Ministro de Estado e das Finanças.
2 – A Direção-Geral do Orçamento (DGO) apenas pode autorizar os pedidos de libertação de créditos e as solicitações de transferências de fundos referentes às dotações referentes às situações excecionadas no número anterior, cujos compromissos tenham sido registados nos sistemas informáticos da DGO até à presente data, ou autorizados nos termos do presente despacho.
3 – O presente despacho produz efeitos a partir da data da sua assinatura caducando com a deliberação do Conselho de Ministros que aprove limites aos fundos disponíveis no âmbito de cada um dos Programas Orçamentais.
Considerando que o Acórdão n.º 187/2013, do Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade com força obrigatória geral dos artigos 29.º, 31.º, 77.º e 117.º, da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro Orçamento do Estado para 2013.
Que aquele acórdão coloca sérias dificuldades no cumprimento dos objectivos a que Portugal está internacionalmente vinculado, e das metas orçamentais que tem de cumprir.
Que, em consequência, se torna necessária a adopção de medidas que reforcem o controlo da execução orçamental e consequentemente de contenção da despesa do sector público administrativo e, bem assim, de adequação do Orçamento do Estado à nova realidade.
Neste contexto, e até deliberação em sede de Conselho de Ministros em matéria de medidas de adequação do Orçamento do Estado a esta nova realidade e de reforço do controlo da execução orçamental, nomeadamente no que se refere à determinação de fundos disponíveis no âmbito de cada um dos Programas Orçamentais, determino o seguinte:
1 – Os serviços do sector público administrativo, da administração central e da segurança social, bem como as entidades, que, independentemente da sua natureza e forma, tenham sido incluídas em cada subsector no âmbito do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, nas últimas contas sectoriais publicadas pela autoridade estatística nacional, não podem, com exceção do agrupamento 01 "despesas com o pessoal", do pagamento de custas judiciais e das decorrentes de contratos em execução cujo montante a pagar não pudesse ser determinado no momento em que foi celebrado, nomeadamente, por depender dos consumos a efetuar pela entidade adjudicante, assumir novos compromissos sem autorização prévia do Ministro de Estado e das Finanças.
2 – A Direção-Geral do Orçamento (DGO) apenas pode autorizar os pedidos de libertação de créditos e as solicitações de transferências de fundos referentes às dotações referentes às situações excecionadas no número anterior, cujos compromissos tenham sido registados nos sistemas informáticos da DGO até à presente data, ou autorizados nos termos do presente despacho.
3 – O presente despacho produz efeitos a partir da data da sua assinatura caducando com a deliberação do Conselho de Ministros que aprove limites aos fundos disponíveis no âmbito de cada um dos Programas Orçamentais.
Sobre o teor do despacho poderia escrever uma tese de doutoramento....Na verdade estamos a passar do 80 para o 8 em velocidade supersónica com todos os riscos que isso implica - No limite (e passe algum eventual exagero) a compra de um rolo de papel higiénico passa a necessitar da autorização do Ministro das Finanças, enquanto que até agora, qualquer funcionário podia comprar bolos e champanhe para uma qualquer festa no seu departamento. Em adenda, recomendo a leitura.
terça-feira, 9 de abril de 2013
Alguém Me Explica Se Relvas Ainda É Ministro?
Artigo de Ricardo Costa
Este Governo tem coisas estranhas desde o princípio, a começar pela criação de megaministérios que não funcionam nem vão funcionar e a acabar numa sub-secretária de Estado de Paulo Portas que ninguém sabe o que faz. Mas nas últimas semanas, a estranheza assumiu variantes bizarras. O primeiro sinal foi a notícia da saída do secretário de Estado Almeida Henriques da pasta da Economia. A saída, na verdade, foi uma coisa um pouco diferente. Almeida Henrique não saiu, na verdade só vai sair daqui a dois meses. Para já, fica pela Rua da Emenda a tratar dos fundos comunitários e só depois é que avança para a Câmara de Viseu...
O segundo sinal é mais recente mas muito mais estranho. Como é que um ministro que se demitiu por ser confrontado com o envio de um processo para o Ministério Público ainda se mantém em funções? Nuno Crato avisou Passos Coelho da situação na terça-feira. Assinou o despacho na quarta. Na quinta divulgou-o e Relvas foi obrigado a sair.
Pelas minhas contas, o primeiro-ministro percebeu que tinha que substituir Miguel Relvas há exatamente uma semana. Mas ainda não o fez e Relvas ainda anda pela Gomes Teixeira. Ora, se anda por lá é porque ainda é ministro. Nunca tinha visto um ministro obrigado a demitir-se a ficar em funções tanto tempo. Mas, enfim, numa época de tantas surpresas é só mais uma. E no trajeto de Relvas é só mais uma originalidade.
Carlos Cruz E A Justiça Sem Espada
Artigo de Henrique Raposo
Tenho pouco interesse em Carlos Cruz, não tenho fezadas na sua inocência ou culpa. Isso não me interessa. Mas interessa-me a incapacidade que nós, portugueses adultos e vacinados, revelamos na hora de pensar a governança da justiça. Este caso arrasta-se há uma década e ninguém se indigna com o seguinte: se bem me lembro, este processo contou com cerca de 1000 testemunhas. 1000, mil, 100x10. Isto é um absurdo. Uma justiça que permite a convocação de 1000 testemunhas não é uma justiça, é um circo, um show burocrático feito em nome das garantias. Mas é precisamente este excesso garantístico que torna os processos uma paródia interminável. Os nossos juízes deviam ter o poder para impor limites nestas filinhas indianas de testemunhas que só têm um propósito: vencer a justiça através de prescrições. Tem de haver um limite ao número de testemunhas. Lá fora, em países mais ou menos civilizados, será possível assistirmos a um julgamento com um país inteiro sentado no banco das testemunhas? Eu não estou a ver um juiz americano ou inglês a tolerar 1000 testemunhas.
Uma das marcas do nosso regime é o medo em relação ao exercício da autoridade. Há um temor progressista ante o uso legítimo da força. As nossas leis e os nossos processos jurídicos são tão progressistas que têm medo de usar a espada. No downstairs, não se condena o estuprador de menores porque, coitadinho, é pobre e os pobres, como se sabe, coitadinhos, não podem ser responsabilizados moralmente pelos seus actos. No upstairs, temos estes casos em que o excesso de garantismo transforma o julgamento numa novela incapaz de chegar ao veredicto: inocente ou culpado? Se as decisões não chegam a tempo e horas, a sociedade fica num limbo de incerteza e impunidade. E, no ano da graça de 2013, Portugal é este limbo de incerteza e impunidade. Parecendo que não, isto é mais grave do que PIBs, dívidas e Orçamentos de Estado.
Há tempos, li que o processo BPN/Oliveira já continha 800 testemunhas.
Música - With God On Our Side
Banda sonora de W. O tema é de Bob Dylan, disco The Times They Are a-Changin` (1964)
Filme - W.
Oliver Stone é um dos realizadores mais politicamente orientados/centrados, assim como é um dos realizadores mais polémicos de sempre. Este é o seu trabalho de 2008 e tem como figura principal George Walker Bush, Presidente dos EUA entre 2000 e 2008 (Kennedy e Nixon já tinham recolhido esse papel). Stone utiliza o "velho truque" de misturar realidade com ficção, quer em termos narrativos, quer em termos gráficos. O ponto de partida é o ano de 2002 e a preparação para a guerra do Iraque. Através de sucessivos flashbacks acompanhamos Bush (Josh Brolin) entre 1966 e 1999, onde momentos chave são relatados: A sua juventude de excessos, a dificil relação com o Pai George (James Cromwell) e a mãe Barbara (Ellen Burstin), as comparações negativas com o irmão Jeb (Jason Ritter), a relação com Laura (Elizabeth Banks) - a bibliotecária com quem se casaria em 1977, a primeira campanha política (perdeu em 1977 a eleição para a Câmara dos Representantes), a eleição como Governador do Texas (1994), a sua conversão religiosa pela mão de Earle Hudd (Stacey Keach) e claro a relação com os "homens (e a Sra) do Presidente" (alguns deles serviram igualmente o seu pai): Dick Cheeney (Richard Dreyfuss), Karl Rove (Toby Jones), Colin Powell (Jeffrey Wright), Donald Rumsfeld (Scott Glenn), Paul Wolfowitz (Dennis Boutsikaris), Condoleeza Rice (Thandie Newton), etc, etc. - elenco completo. O filme acaba em 2004 (antes das presidenciais) após a derrota de Saddam Hussein com Bush envolto na polémica das ADM. Stone "dá uma no cravo e outra na ferradura" relativamente a Bush, num trabalho nada consensual
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segunda-feira, 8 de abril de 2013
Margaret Thatcher 1925 - 2013
Chefiou o Governo do Reino Unido entre 1979 e 1990, e como alguém escreveu, não deixou ninguém indiferente, variando os sentimentos entre o ódio e a adoração. A denominada "Dama de Ferro" faz parte daquele restricto grupo de políticos que ficará para sempre nos livros. Pela parte que me toca, muito obrigado Baronesa .
domingo, 7 de abril de 2013
Coisas Giras
O "Eng" Socrates defende a sua licenciatura, algo que o "Dr" Relvas também faz. As circunstâncias de uma e de outra são diferentes? Claro que sim, assim como o ponto de partida, (Sem factores estranhos, Socrates seria Bacharel e Relvas teria o 12º ano, ponto final parágrafo) mas a génese de ambas é igual, assim como o ADN de ambos os "licenciados". Defender o "Eng" Socrates e atacar o "Dr" Relvas é tão absurdo quanto o inverso. Existe ainda uma diferença final: Nuno Crato teve a coragem de levar o processo até ao fim, enquanto que o seu antecessor resolveu a coisa da forma mais simples: Mandou fechar a Universidade (varrer o "lixo" para debaixo do tapete não o elimina, apenas o esconde)
Donzelas E Galdérias
Artigo de Alberto Gonçalves
Sem pompa nem circunstância, encerraram os Centros Novas Oportunidades. As NO
responderam às carências do País em matéria de certificações sem responder às
carências do País em matéria de aprendizagem. Ou seja, as pessoas entravam
formal e tecnicamente desqualificadas nos espaços de formação e, decorridos
meses, deles saíam apenas tecnicamente desqualificadas. Pelo meio, a troco de
"histórias de vida" e conversa fiada, ganhavam um papel que lhes garantia a
posse do 9.º ou do 12.º ano. Mil e oitocentos milhões de euros depois, 400 mil
portugueses são os confusos proprietários do tal papel e os candidatos ao
desemprego ou a profissões desvalorizadas que sempre haviam sido. Ao contrário
do que alguns charlatães chegaram a afirmar, criticar as NO não significava
insultar os incautos que por elas passaram: ao arregimentar incautos para
efeitos de propaganda, as NO eram o insulto. E a abolição de um insulto é uma
boa notícia.
Estranhamente, essa notícia não mereceu os festejos suscitados por uma
segunda notícia feliz e quase simultânea, a da demissão do ministro Miguel
Relvas, que obtivera uma licenciatura à custa do exacto tipo de equivalências
imaginárias que fundamentavam as NO. Mais estranho é que muitos dos que
defendiam as NO sejam os mesmos que, com alguma razão e escassa legitimidade,
acharam o processo do "dr." Relvas um atentado à democracia. Se o processo do
"dr." Relvas é misterioso, não se compara ao mistério das reacções que
fomentou.
Uma reacção típica consistiu em afirmar que a demissão pecou por tardia. Nada
a obstar: por lealdade, necessidade ou pura dependência, o dr. Passos Coelho
deixou que os estragos provocados pelo currículo "académico" do "dr." Relvas se
prolongassem indefinidamente, com custos que o Governo dispensava. Apesar disso,
o "dr." Relvas lá acabou por sair, o que nem sempre se pode dizer de governantes
com licenciaturas igualmente duvidosas que se agarraram ao poder e sobreviveram
à revelação das trapalhadas universitárias.
Outra reacção à saída do "dr." Relvas indigna-se com Nuno Crato, que
alegadamente guardou por dias ou semanas o relatório da Inspeção-Geral da
Educação e Ciência acerca do famoso canudo. Os indignados esquecem-se de que é
inédito um ministro concordar com uma decisão que coloca em causa um seu colega.
Sobretudo esquecem-se de que o antecessor desse ministro contemplou indiferente
uma aldrabice similar à do "dr." Relvas (indiferente, vírgula: fechou a
universidade em questão sem beliscar os respectivos beneficiados).
Uma terceira reacção trata de esclarecer que o "dr." Relvas não era, cito,
"um ministro qualquer", logo a confirmação das habilidades praticadas na
Lusófona abala gravemente o Governo. Acho óptimo que abale, ainda que ache
esquisito o facto de governos anteriores escaparem ilesos à revelação de
habilidades semelhantes praticadas por um membro que também não era um ministro
qualquer: era o primeiro.
Entre as donzelas ofendidas com a novela do "dr." Relvas há inúmeras
galdérias em novelas passadas. Hoje, puxam da virtude com o zelo com que ontem
disfarçavam o vício. Levá-las a sério é reduzir Portugal a uma anedota. Como o
"dr." Relvas, mas não só o "dr." Relvas.
Um Erro Crasso
Após o comunicado do Sr PM, António José Seguro deveria ter dito de sua justiça, e não guardado a sua intervenção para amanhã. Porquê ? Em primeiro lugar, José Socrates (que não é um comentador qualquer) já comentou e Seguro dificilmente terá algo de novo ou diferente a dizer, arriscando-se a ser criticado por seguir o seu ex-chefe, ou pior ainda, ser acusado de pensar por uma cabeça alheia. Em segundo lugar, Socrates tem uma capacidade de comunicação que Seguro não tem, o que lhe permite "moldar a narrativa" de uma forma extremamente hábil, mesmo que a mesma não tenha qualquer semelhança com a realidade. Muitos acham que Socrates é um problema para Coelho, algo que admito, mas é um problema muito maior para Seguro.
sábado, 6 de abril de 2013
Música - The World Spins
Julee Cruise
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Música - I Float Alone
Julee Cruise
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Música - Rockin` Back Inside My Heart
Julee Cruise
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