A partir de uma peça teatral de Patrick Hamilton (baseada num caso real), Hitchcock realizou este filme em 1948. Dois amigos Brandon Shaw e Philip Morgan (John Dall e Farley Granger) decidem matar um amigo para experimentar emoções fortes e provarem que existem crimes perfeitos. O corpo é colocado dentro de uma arca. Essa arca servirá de mesa numa macabra festa, organizada pelos assassinos nessa mesma noite e cujos convidados são a própria vítima, o seu pai, a sua tia, a sua noiva, um seu colega (e antigo pretendente da sua noiva) e o seu professor de filosofia Rupert Cadell (James Stewart) que vai ser o primeiro a desconfiar das estranhas atitudes de Brandon e Philip...Filmado (num único cenário) como se fosse uma peça de teatro, assenta em takes únicos de 10 minutos, acabando o filme por ser visto do ponto de vista da câmara de filmar...Implicou uma sincronização perfeita entre todos os seus intervenientes (Granger confessou que um dos seus maiores problemas foi ter que confiar, que cada vez que se sentasse, havia uma cadeira colocada estratégicamente a tempo pelos ajudantes de palco...). Hitchcock utilizou um enorme quadro preto para sincronizar os movimentos quer dos actores quer das câmaras, o próprio chão era marcado e assinalado com circulos numerados para os 25 a 30 movimentos da câmara a cada filmagem de 10 minutos...Alguns actores gostaram, outros detestaram a experiência...Um dos aspectos mais discutidos do filme foi a homossexualidade implícita dos dois amigos (estamos em 1948...).
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