1991.Aquele que para mim é o melhor trabalho (até á data) dos Irlandeses, correu o risco de nunca ter sido publicado...Depois das "aventuras americanas" os U2 assentaram arraiais numa Berlim a viver a "ressaca" da queda do muro. As divergências entre a banda são notórias, de um lado Bono e The Edge a quererem experimentar novas sonoridades, e do outro Adam Clayton e Larry Mullen Jr a defenderem um som mais conservador, sendo o ambiente "de cortar á faca". Sem se chegar a um consenso os 4 equacionaram a dissolução da banda para não destruirem a sua longa amizade pessoal. Felizmente o produtor Brian Eno conseguiu por "ordem na casa" juntando as duas visões. Mais tarde The Edge definiu o disco como sendo sobre amor, traição, moralidade, espiritualidade e fé ( aliás o guitarrista na altura também não estava num bom momento pessoal, devido ao seu divórcio). O album neste clima, prova que por vezes em períodos de crise surgem milagres...O som é sublime ( numa mistura entre o "conservadorismo" e o "arrojo e inovação"), os poemas são do melhor que Bono escreveu e se há albuns a roçar a perfeição este é um deles. Foram considerados a melhor banda rock do ano.
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