terça-feira, 27 de março de 2018

CONTABILIDADEGERINGONCIAL


1. Afinal o retumbante triunfo orçamantal da geringonça era só fogo de vista. Feitas as contas como deve ser, os 0,9% de défice passaram a quase 3%, trezentos por cento do que diz a propaganda.

Pois, dizem eles, mas foi por causa da Caixa. Como a Caixa é do Estado, o Estado pagou a si próprio, portanto ficou com o dinheiro, não gastou. O Centeno achava que isso de dinheiros para a banca era despeza no tempo do governo legítimo, mas deixou de o ser com a geringonça. Este formidável argumento não convenceu os burocratas/contabilistas de Bruxelas, que não vão em histórias de banha da cobra.

Era tudo mentira. O défice não foi os 1,6% calculados pelo Centeno, nem os 0,9% do fecho de contas. Mas, como o que faz fé nesta terra de ignaros é o que diz a propaganda, ficamos todos felizes. Lorpas mas felizes.



2. Parece que já está garantido que a Santa Casa vai dar 20 milhões por 1% do Montepio. Contas à Centeno. Os mais optimistas dizem que o Montepio valerá, com muito favor, uns 400 milhões. Para os analfabetos, que somos quase todos, 1% de 400 é igual a 4. Mas, nas contas da geringonça, é igual a 20. Maldita tabuada!



3. Rezam uns números que por aí vegetam que a carga fiscal portuguesa em 2017 foi a mais elevada das últimas décadas: 35% do PIB! Mas, neste império da aldrabice oficial, ainda há quem diga que a austeridade acabou. E que o Trump tem o exclusivo das fake news.

Sem comentários: