Nas chamadas “redes sociais”, nota-se certa indignação face ao apoio da nossa extrema-esquerda ao regime do sr. Maduro. É preciso paciência. Desde tempos imemoriais que, por estas ou outras palavras, a nossa extrema-esquerda se especializou na defesa frenética de cada sociopata disponível, logo que este chacinasse trabalhadores em prol do respectivo progresso. E ainda há quem se espante com o facto. É quase uma desfeita, no mínimo um acto de desconsideração. Sem vestígio de pudor, pensadores como o dr. Louçã, o prof. Boaventura e a redacção do “Avante!” em peso andam há décadas, aos saltos e aos berros, a criticar as democracias e a louvar tiranias sortidas. Não obstante, continua a haver pasmados que, indiferentes ao esforço alheio, ouvem as alucinações dos vultos citados sobre a Venezuela e não acreditam nos próprios ouvidos: “Olha que vergonha, o senhor professor arquitecto Louçã está ao lado do orangotango de Caracas contra o povo!”. Meus caros: está, esteve e estará. O socialismo não é “científico” por acaso, mas porque falha com meticulosa exactidão. Excepto nas camadas superficiais e infantis da retórica, o dr. Louçã e as criaturas que disputam o pântano leninista com o dr. Louçã nunca, nunca, nunca preferiram a liberdade à ditadura, a justiça à opressão, a civilização à barbárie. Em mais do que um sentido, essa gente representa exactamente a ditadura, a opressão e a barbárie. No dia em que deixar de representar, podem espantar-se à vontade.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário