1. Cartão do Cidadão: é uma excelente invenção e ponto final. 2. Dado que mudei de residência, actualizei os meus documentos e passei a ser portador de um desses cartões. 3. Sabendo que passava a ser eleitor na minha zona de residência, fiz o que me pareceu óbvio, a tempo e horas: consultei o Portal do Eleitor, onde em breves segundos acedi ao meu número de eleitor e ao local onde deveria votar. 4. No passado Domingo indiquei ao Presidente da minha mesa eleitoral, o meu número de eleitor, exibi o meu Cartão de Cidadão e votei tranquilamente. 5. Admito que não seja um Português "normal", pois no passado Domingo, um número indeterminado de eleitores não conseguiu votar (o número é-me indiferente, um único eleitor seria demais) e porquê? Muitos eleitores desconheciam qual o seu número de eleitor e ninguém em tempo útil lhes conseguiu dar o respectivo número...6. O óbvio de saber a informação antecipadamente é muito giro num mundo que não existe. Estamos a falar fundamentalmente de pessoas que reunem uma, ou mais, das seguintes características: Idosas, analfabetas, habitantes do "Portugal profundo", mal informadas (é bom que se retenha (e por mim falo) que quando requeri o Cartão do Cidadão, fui informado que não precisava de Cartão de Eleitor, bastando a apresentação do referido Cartão Único para votar). 7. Alguma oposição pediu a cabeça do Sr MAI, o qual não se demitiu (Salvo erro, ou omissão, o último Ministro a demitir-se sem culpa formada foi Jorge Coelho após o denominado caso "Entre Os Rios" em 2001). 8. Jorge Migueis (Director da Administração Eleitoral da Direcção-Geral da Administração Interna) e Paulo Machado (Director Geral da Administração interna) deram a cara e apresentaram a respectiva demissão (aguarda-se o inevitável inquérito - a melhor forma em Portugal de "engonhar" qualquer assunto). 9. Posição do Sr PM não eleito por 4 em cada 5 Portugueses (desde que aprendi a fazer as contas assim - mérito para os apoiantes de Manuel Alegre -, ou seja o BE e menos de um terço do PS, que não quero outra coisa...)? Silêncio absoluto...10. Silva Pereira afirmou que a questão é técnica: Formalmente será, mas na prática é politica e é grave. 11. Para concluir: Os Srs eleitores são totalmente inocentes? Não, mas cabe "a quem de direito" resolver estas "externalidades", dado que o cidadão "perfeito" não existe, e neste caso, "quem de direito" falhou totalmente.
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