O ministro do Fomento espanhol anunciou hoje que um quinto dos controladores aéreos do país será alvo de processos disciplinares.
O caos aeroportuário provocado ontem pela greve sem pré-aviso dos controladores aéreos de Espanha levou a AENA, gestora dos aeroportos espanhóis, a abrir processos disciplinares a 442 daqueles trabalhadores. Ou seja, um quinto do total de 2.200 controladores aéreos de Espanha.
O anúncio foi feito esta manhã pelo ministro do Fomento espanhol, José Blanco, no âmbito de um balanço do tráfego nos aeroportos.
"Agora há que fazer justiça. [A greve] não pode ficar impune. A AENA aplicará as sanções oportunas", afirmou José Blanco, citado pelo El Mundo.
O governante adiantou que dos 296 controladores aéreos escalados para trabalhar esta manhã, apenas dez faltaram por "causas justificáveis", sublinhando que os cinco principais centros de controlo do espaço aéreo espanhol - Madrid, Barcelona, Baleares, Sevilha e Canárias - operam em pleno rendimento.
A crise aeroportuária em Espanha, iniciada ontem, obrigou o Governo de Zapatero a fechar o espaço aéreo do país e a decretar estado de alarme, colocando os controladores aéreos debaixo de ordens militares e da ameaça de delito de desobediência, punido com pena de prisão.
Os aeroportos espanhóis estão a operar em plena capacidade numa tentativa de restabelecer a normalidade, mas ainda existem atrasos e cancelamentos de voos que se arrastam desde ontem. Até às 12h30 (hora de Espanha) tinham sido realizados 1.558 voos dos 4.060 programados para hoje, com 107 cancelamentos, segundo o último relatório da AENA. (Noticia do Económico)
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