Só a luta compensa!, como diria o Arménio Carlos da CGTP. Lembram-se do
Marreta, o boi das fugas que não queria ir parar ao matadouro? Diziam-no um
ingénuo sonhador que não tardaria a ser apanhado... Pois anda a monte há quase
um mês e, mais importante, a sua luta já teve repercussão internacional. Ontem,
em Londres, aceitaram as suas reivindicações: foi apresentado o primeiro
bife-proveta, inteiramente feito em laboratório. Um hambúrguer sintético, ainda
carote, 250 mil euros por 140 gramas, ainda sem gosto (porque julgam que
escolheram Londres para o lançar?), mas com todo o futuro pela frente. "A
realidade pode não ser o melhor dos mundos, mas ainda é o único lugar em que se
pode comer um bife decente", dizia Woody Allen, um pobre diabo que vai ter de se
apressar se quiser aproveitar as últimas oportunidades para mastigar com gosto.
O admirável mundo novo sentou-se definitivamente à mesa, o chef vai ser
substituído pelo "prof" - o pai do bife-proveta, o dr. Mark Post, da
Universidade de Maastricht, mais do que o Nobel, sonha com estrelas Michelin - e
é de prever que os laboratórios Pfizer comprem o Tony dos Bifes. Enfim, Marreta,
podes reaparecer! Tenho uma boa e uma má notícia para te dar, qual preferes para
começar? A boa? Aí vai: vais ser rebatizado como Spartacus. E a má: tira a ideia
das vacas, vão acabar. Para que é que precisamos agora de vacas, se não nos dão
bifes e dão cabo do ozono?
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