Os cortes são, portanto, para todos os reformados do Estado. Todos? Isso,
todos. Mas mesmo todos, todinhos? Todinhos, com exceção de juízes, magistrados
do Ministério Público, militares e diplomatas, claro. Claro porquê? Claro porque
as reformas desses estão indexadas ao salário dos trabalhadores no ativo. E isso
quer dizer o quê? O que está lá escrito, preto no branco: as reformas desses
estão indexadas ao salário dos trabalhadores no ativo. As palavras já ouvi, mas
que querem dizer? Eu traduzo: Muzyk yn de brede sin fan it wurd. OK, OK, mas
porquê beneficiar exatamente militares? Porque são das Forças Armadas. E...?!
Parecem-me duas boas razões. Que duas? O forças e o armadas. E os juízes e os
magistrados, também são forças armadas? Não, esses é por estarem vivos. Mas
todos os funcionários que recebem reforma estão vivos, ou não? Sim, respiram,
estrebucham, mas não há razões para os privilegiarmos por isso. E então os
juízes e os magistrados que vida especial têm? Uma vida que faz prova de vida, a
prova de vida deles. Prova de vida deles?! É, há sempre um Tribunal
Constitucional que declara isto inconstitucional aqui, um Ministério Público que
abre inquérito acolá, eles estão vivos e estão sempre a dizê-lo. Então? Então,
nós reconhecemo-los. Reconhecem como? Com pensões especiais para que não estejam
tão vivos. Última pergunta, e os diplomatas? Esses é mais por uma questão
estética, ficam sempre bem num grupo.
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