Bem moderado por Clara de Sousa, tivemos frente a frente José Socrates e Francisco Louçã, num festival de hipocrisia e demagogia barata. Socrates está uma espécie de Mourinho, ou seja, Mourinho não perdia jogos em casa até ter começado, e Socrates também não perdia debates até ter começado. Dois homens que se detestam, politicamente nos antipodas, mas (já o escrevi anteriormente) mentalmente quase gémeos. O "Eng Socrates" voltou a repetir (onde é que anda o Luis ?) o erro que cometeu com Paulo Portas: A glorificação do PEC IV, o completo descartar de culpas próprias com a atribuição das mesmas á oposição, e a defesa de que o PEC IV e o programa da troika, são a mesma coisa. O "Dr Louçã" aprendeu muito com a humilhação de 2009 e ganhou o debate (2:0). Marcou o primeiro ponto nos "mind games" (voltando a Mourinho): Socrates esteve sempre tenso e nervoso, raramente deixando Louçã completar um raciocinio (aliás Louçã chamou inúmeras vezes Socrates á atenção). O segundo ponto foi marcado na argumentação (totalmente demagógica e alheada da realidade, de ambos os lados): A de Socrates foi (estranhamente) frágil, enquanto que a de Louçã foi profundamente incisiva.
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