Lisboa, 22 Jul (Lusa) - O advogado das famílias ciganas António Caria considerou que a operação policial de hoje para retirar os membros da comunidade cigana dos jardins frente à Câmara de Loures "não é própria de um estado democrático".
"Mal do país quando as pessoas não podem estar onde querem nem ir para onde pretendem", disse o advogado, frisando que este tipo de acções não "são próprias de um país democrático".
Comentando a acção policial desta manhã, o advogado explicou que não se tratou de uma manifestação mas de um grupo de "pessoas sem-abrigo" que escolheu aquele lugar para pernoitar.
António Caria considerou ainda não estarem reunidas as condições de segurança para que as famílias voltem ao bairro, argumentando existirem "retaliações por parte da comunidade africana".
Em relação às rendas em atraso que esta manhã o presidente da Câmara de Loures, Carlos Teixeira avançou à Lusa, o advogado afirma desconhecer o problema, referindo que compete à "câmara resolver a situação".
Por seu turno o presidente da associação SOS Racismo, José Falcão - também presente no local junto à ponte de Frielas, Loures, onde estão concentradas as famílias ciganas -, acusou o Estado de ter "dois pesos e duas medidas", comparando esta situação à da paragem dos camionistas em que o Estado cedeu.
"Neste caso em que as pessoas não estavam a fazer nada nem a cometer qualquer ilegalidade porque não têm casa e foram escorraçados pela câmara de Loures" não há cedências, referiu.
José Falcão acusa o Estado de "atitude racista", salientando que "quem criou estes barris de pólvora foi o próprio Estado devido à forma como as pessoas foram colocadas nestes bairros".
No entender do líder da SOS Racismo, as pessoas foram colocadas nestes bairros para "não incomodar os outros, porque os interesses económicos em relação aos terrenos onde as pessoas viviam são mais importantes".
As famílias ciganas da Quinta da Fonte que se encontravam acampadas no jardim fronteiro à Câmara Municipal de Loures retiraram-se ao fim da madrugada de hoje, na sequência de uma operação policial, sem incidentes, anunciou hoje de manhã o comissário Resende da PSP de Loures.
A operação iniciou-se cerca das 06:15 e "decorreu sem incidentes", tendo as autoridades comunicado às 53 famílias ciganas acampadas no jardim que teriam de sair do local, pois a atitude configurava "uma manifestação ilegal", referiu o comissário Resende.
Estas famílias tinham decidido acampar no jardim fronteiro à Câmara de Loures exigindo a atribuição de casas noutro local e recusando o regresso à Quinta da Fonte, alegando não terem condições de segurança após os confrontos violentos na semana passada, nas ruas do bairro, entre as comunidades africana e cigana que ali vivem.~
"Mal do país quando as pessoas não podem estar onde querem nem ir para onde pretendem", disse o advogado, frisando que este tipo de acções não "são próprias de um país democrático".
Comentando a acção policial desta manhã, o advogado explicou que não se tratou de uma manifestação mas de um grupo de "pessoas sem-abrigo" que escolheu aquele lugar para pernoitar.
António Caria considerou ainda não estarem reunidas as condições de segurança para que as famílias voltem ao bairro, argumentando existirem "retaliações por parte da comunidade africana".
Em relação às rendas em atraso que esta manhã o presidente da Câmara de Loures, Carlos Teixeira avançou à Lusa, o advogado afirma desconhecer o problema, referindo que compete à "câmara resolver a situação".
Por seu turno o presidente da associação SOS Racismo, José Falcão - também presente no local junto à ponte de Frielas, Loures, onde estão concentradas as famílias ciganas -, acusou o Estado de ter "dois pesos e duas medidas", comparando esta situação à da paragem dos camionistas em que o Estado cedeu.
"Neste caso em que as pessoas não estavam a fazer nada nem a cometer qualquer ilegalidade porque não têm casa e foram escorraçados pela câmara de Loures" não há cedências, referiu.
José Falcão acusa o Estado de "atitude racista", salientando que "quem criou estes barris de pólvora foi o próprio Estado devido à forma como as pessoas foram colocadas nestes bairros".
No entender do líder da SOS Racismo, as pessoas foram colocadas nestes bairros para "não incomodar os outros, porque os interesses económicos em relação aos terrenos onde as pessoas viviam são mais importantes".
As famílias ciganas da Quinta da Fonte que se encontravam acampadas no jardim fronteiro à Câmara Municipal de Loures retiraram-se ao fim da madrugada de hoje, na sequência de uma operação policial, sem incidentes, anunciou hoje de manhã o comissário Resende da PSP de Loures.
A operação iniciou-se cerca das 06:15 e "decorreu sem incidentes", tendo as autoridades comunicado às 53 famílias ciganas acampadas no jardim que teriam de sair do local, pois a atitude configurava "uma manifestação ilegal", referiu o comissário Resende.
Estas famílias tinham decidido acampar no jardim fronteiro à Câmara de Loures exigindo a atribuição de casas noutro local e recusando o regresso à Quinta da Fonte, alegando não terem condições de segurança após os confrontos violentos na semana passada, nas ruas do bairro, entre as comunidades africana e cigana que ali vivem.~
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Nós (0s pagadores de impostos), pagamos as casas a estas pessoas, pagamos os subsídios a estas pessoas, fechamos os olhos ás suas dívidas, não punimos os seus crimes, e ainda temos que aturar tudo isto?. Os SkinHeads são julgados neste país pelos seus pensamentos e actos (e bem) e quanto a estas organizações como o SOS Racismo? Podem dizer tudo o que lhes apetece? Podem livremente incendiar a Opinião Pública?. Aqui sim o Estado tem dois pesos e duas medidas.
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