Palavras para quê...É um artista Português...
segunda-feira, 31 de março de 2008
Dois Artigos de João Pereira Coutinho
COMITÉ OLÍMPICO INTERNACIONAL
A hipocrisia é o meu vício preferido. Basta olhar para o "caso chinês", a poucos meses dos Jogos Olímpicos de Pequim: do presidente do Parlamento Europeu ao ministro dos Negócios Estrangeiros francês, sem esquecer a sra. Nancy Pelosi em visita ao Dalai Lama, não faltam por aí almas beneméritas que tencionam boicotar o circo ou, no mínimo, não pôr os pés na cerimónia de abertura. Coisa bizarra. Primeiro, porque ninguém está seriamente interessado em arranjar sarilhos com Pequim, um parceiro comercial considerável. E, depois, porque as patifarias do regime não começaram bruscamente na semana passada. A China é uma ditadura há seis décadas. A ocupação do Tibete já dura há meio século. E se o problema é o Darfur, ou seja, a venda de armas do regime chinês a Cartum e o bloqueio permanente nas Nações Unidas que impede qualquer sanção contumaz sobre o Sudão, o cenário também não começou ao pequeno-almoço: desde a década de 90 do século passado que a China, a troco de petróleo, fecha os olhos às matanças africanas. Sem falar do resto: os milhões de seres humanos que Pequim enfiou em "campos de trabalho". E, já agora, os milhares que fuzila todos os anos por "delito de opinião", esse crime admirável que, pelos vistos, nunca tirou o sono aos humanistas.
A indignação é hipócrita e, naturalmente, tardia. A existir, ela devia ter sido ouvida quando o Comité Olímpico Internacional resolveu premiar uma ditadura com os Jogos. Não que o caso seja absolutamente inédito: se esquecermos, por motivos grotescos, a Alemanha nazi de 1936, teremos sempre Moscovo, em 1980, que celebrava o espírito humanista do barão de Coubertin ao mesmo tempo que marchava pelo Afeganistão adentro. E quando, em Munique, 11 atletas israelitas eram massacrados pelo terrorismo palestiniano, não passou pela cabeça de ninguém desmontar a tenda. O que valem 11 judeus?
As páginas olímpicas são páginas de vergonha moral. Não começaram agora. Não vão acabar agora. Tanto barulho para quê?
A indignação é hipócrita e, naturalmente, tardia. A existir, ela devia ter sido ouvida quando o Comité Olímpico Internacional resolveu premiar uma ditadura com os Jogos. Não que o caso seja absolutamente inédito: se esquecermos, por motivos grotescos, a Alemanha nazi de 1936, teremos sempre Moscovo, em 1980, que celebrava o espírito humanista do barão de Coubertin ao mesmo tempo que marchava pelo Afeganistão adentro. E quando, em Munique, 11 atletas israelitas eram massacrados pelo terrorismo palestiniano, não passou pela cabeça de ninguém desmontar a tenda. O que valem 11 judeus?
As páginas olímpicas são páginas de vergonha moral. Não começaram agora. Não vão acabar agora. Tanto barulho para quê?
.
BÁRBAROS
Num dos seus melhores aforismos, conta Cioran que Alarico, o rei dos visigodos, resolvera invadir Roma porque sentira um "demónio" dentro dele. A frase é tão boa que o filósofo romeno não resiste à conclusão: todas as civilizações exaustas esperam pelo seu bárbaro; e todos os bárbaros esperam pelo seu "demónio". Curiosamente, fiquei a ruminar nesta pérola quando uma aluna portuense agredia a professora nas televisões.
As imagens são conhecidas: depois de a docente lhe ter retirado o telemóvel, a aluna saltou para cima da senhora e a turma filmou e aplaudiu a cena. Menos conhecidas são as reacções às imagens, produzidas por "especialistas" e tarados diversos que procuraram "explicar" o inexplicável. Para alguns, o problema recaía inteiramente nos pais, que já não sabem educar a prole como antigamente. Mas, para a maioria, o problema estava na escola e, claro, nos professores. "Visivelmente, a professora não estava preparada para lidar com situações daquelas", acusava, indignado, um senhor psicólogo, que devia ser imediatamente despromovido a paciente.
Mas o momento áureo aconteceu com uma pedopsiquiatra, que ofereceu na televisão a explicação que faltava: para um adolescente dos nossos dias, o telemóvel não é simplesmente um telemóvel. "É um prolongamento do próprio corpo", acrescentou a profissional (sem se rir). Presume-se, assim, que retirar o telemóvel a uma aluna que persiste em usá-lo durante a aula será tão doloroso como amputar-lhe uma mão ou uma orelha. Pela reacção selvática da aluna, a tese faz sentido.
O que não faz sentido, para estes especialistas, é criticar um bárbaro por ser um bárbaro. E, de certa forma, eles têm razão: anos de pedagogia "romântica" não geraram apenas o clima que desculpa o bárbaro. Pela evidente exaustão que reina no ensino português, é quase uma obrigação ser-se um. Quando tudo em volta transpira a decadência, crime não é destruir. Crime é não destruir. A aluna, como o saudoso Alarico, limitou-se a sentir o "demónio" dentro dela.
As imagens são conhecidas: depois de a docente lhe ter retirado o telemóvel, a aluna saltou para cima da senhora e a turma filmou e aplaudiu a cena. Menos conhecidas são as reacções às imagens, produzidas por "especialistas" e tarados diversos que procuraram "explicar" o inexplicável. Para alguns, o problema recaía inteiramente nos pais, que já não sabem educar a prole como antigamente. Mas, para a maioria, o problema estava na escola e, claro, nos professores. "Visivelmente, a professora não estava preparada para lidar com situações daquelas", acusava, indignado, um senhor psicólogo, que devia ser imediatamente despromovido a paciente.
Mas o momento áureo aconteceu com uma pedopsiquiatra, que ofereceu na televisão a explicação que faltava: para um adolescente dos nossos dias, o telemóvel não é simplesmente um telemóvel. "É um prolongamento do próprio corpo", acrescentou a profissional (sem se rir). Presume-se, assim, que retirar o telemóvel a uma aluna que persiste em usá-lo durante a aula será tão doloroso como amputar-lhe uma mão ou uma orelha. Pela reacção selvática da aluna, a tese faz sentido.
O que não faz sentido, para estes especialistas, é criticar um bárbaro por ser um bárbaro. E, de certa forma, eles têm razão: anos de pedagogia "romântica" não geraram apenas o clima que desculpa o bárbaro. Pela evidente exaustão que reina no ensino português, é quase uma obrigação ser-se um. Quando tudo em volta transpira a decadência, crime não é destruir. Crime é não destruir. A aluna, como o saudoso Alarico, limitou-se a sentir o "demónio" dentro dela.
Música - After the Gold Rush
Outra de Hymns of the 49th Parallel, desta vez um original de Neil Young (Album homónimo de 1970)
Música - Hallelujah
k.d. Lang, album Hymns of The 49th Parallel, um original de Leonard Cohen (Album de 1984 Various Positions).
Disco - Hymns of the 49th Parallel
Album de 2004 para k.d. Lang. Encontramos aqui uma homenagem a vários artistas canadianos (Neil Young, Joni Mitchell, Leonard Cohen, entre outros). Qualidade é o que não falta neste trabalho de uma das mais importantes cantoras canadianas dos últimos 20 anos, onde Lang faz aquilo que melhor sabe: Cantar (já por 4 vezes distinguida com um Grammy).
Filme - Bruscamente no Verão Passado
A partir de uma peça de Tennessee Williams, Joseph L. Mankiewicz realizou este filme em 1959, do qual sairam as nomeações para Melhor Actriz para Elisabeth Taylor e Katherine Hepburn, assim como a nomeação para Melhor Direcção Artistica. Tudo gira á volta de Sebastian Venable, falecido "bruscamente no verão passado". O Dr. Cukrowicz (Montgomery Clift) um médico especialista em lobotomias, trabalha num hospital público com enormes problemas financeiros. Um dia é convidado para ir a casa da riquíssima viúva Violet Venable (Hepburn), a qual lhe propõe operar a sua sobrinha Catherine Hill (Taylor) que esta diz estar louca, dando em troca contrapartidas para o Hospital. Quando o médico conhece Catherine percebe que há algo errado na história, cujo segredo só poderá ser descoberto se souber o que efectivamente aconteceu a Sebastian, o qual a mãe venera de uma forma estranha. Claramente filme de actores/actrizes, filmado em longas sequências, a partir de um texto de enorme qualidade literária.
domingo, 30 de março de 2008
Depois a Extrema-Direita é que é perigosa...
O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, criticou hoje qualquer tentativa de judicialização ou criminalização dos problemas de indisciplina escolar, considerando que levar para os tribunais essas questões é desistir de as combater. Venda de droga, posse de armas, Bullying, desrespeito por tudo e por todos, isso nada interessa, a malta é jovem e tem que se divertir...Se calhar o melhor é fumar uns charros e beber uns copos que tudo passa...
Disco - Memories of a Portable Dat
Quase uns ilustres desconhecidos (o que é uma pena) , os Raindogs publicaram em 2001 este disco que reúne gravações avulsas entre o Coliseu dos Recreios, Fnac, Aula Magna, Ritz Clube, discoteca Meia Cave no Porto e Queima das fitas em Coimbra. Banda "sem-fronteiras" (o vocalista Roland Popp é alemão, o violinista Matt Howden é inglês e o resto da banda portuguesa). Som calmo, intimista, com o violino como fio condutor, num bom compromisso entre a voz, a poesia e a música. Uma boa sintese da "matéria dada" até essa data... Popp abandonou a banda após este trabalho.
Filme - Sublime
Realizado em 2007 por Tony Krantz a partir de um argumento de Erik Jendresen, conta a história de um homem bem sucedido, George Grieves (Tom Cavanagh) que dá entrada num hospital para uma operação de rotina. Quando acorda do efeito da anestesia, percebe que algo está profundamente errado com ele e com o hospital, especialmente com a ala este onde se passam coisas muito estranhas...Filme arrojado, graficamente forte, onde uma série de medos são bem focados (políticos, sexuais, religiosos, étnicos, securitários, etc). O final é um daqueles com uma volta de 180 graus...
sábado, 29 de março de 2008
Livro - As Aventuras de Tom Sawyer
Samuel Longhorne Clemens ficou para a história como Mark Twain e igualmente como Sieur Louis de Conte. William Faulkner considerou-o como o 1º escritor verdadeiramente americano. Este livro viu a luz do dia em 1876, o qual conta a história de um orfão adoptado pela sua tia Polly, o qual, juntamente com Hucklberry Finn e outros amigos vão viver um conjunto de aventuras, na américa do Século XIX. Tom é imprevisivel, algo louco, mas igualmente esperto e bem humorado. Deste e doutros livros de Twain, foram feitas n adaptações ao cinema. Geralmente Tom Sawyer é visto como sendo dirigido a um público infantil e juvenil, o que não deixando de ter o seu fundo de verdade é algo redutor, para um dos grandes nomes da literatura mundial.
Etiquetas:
livro,
William Faulkner
Disco - Swansong for You
A Multi-instrumentista Isobel Campbell (pianista, guitarrista, violoncelista e flautista, para além de vocalista) a solo, com Bill Wells, com os Belle&Sebastian, ou com os Gentle Waves tem construido uma carreira sólida no mundo da música. Este é o album de 2000 com os Gentle Waves. Intimista, suave, doce e melancólico são os adjectivos apropriados para um trabalho muitissimo bom.
Filme - A Ninhada
Realizado em 1979 por David Cronenberg, não será um dos seus titulos mais famosos, mas é um dos trabalhos onde o realizador Canadiano filma quase em "estado puro" um dos seus temas preferidos: O corpo como elemento mutante e fonte de (quase) todo o mal, o fisico propriamente dito e o psicológico. Aqui as vitimas (muito mais do que agressores) são as crianças, em resultado do "lado negro" da ciência. Frank (Art Hindle) vive com medo que a sua esposa (Samantha Eggar) mentalmente doente influencie negativamente a filha de 6 anos, esposa essa que está entregue aos cuidados do Dr.Raskin (Oliver Reed) que dirige uma inovadora organização de psicoterapia. Cronenberg dirige de uma forma perturbadora todo o filme e o seu final "100% anti-happy end" é aterrador...
Etiquetas:
Cinema,
David Cronenberg
sexta-feira, 28 de março de 2008
Filme - Se7en
Catapultou em 1995 David Fincher para o Estrelato. O argumento de Andrew Kevin Walker vale meio filme, o resto divide-se pelos actores :Morgan Freeman, um dos melhores da sua geração (1 Oscar em 7 nomeações), Brad Pitt que já há muito que deixou de ser apenas "uma carinha laroca" (1 nomeação), Kevin Spacey, um autêntico "camaleão" (2 Oscares noutras tantas nomeações), por Fincher e pela fotografia de Darius Khondji. A Academia apenas o nomeou para Melhor Montagem, mas "ataques de cegueira" não são novidade...William Somerset (Freeman) é um polícia a uma semana da reforma, David Mills (Pitt) é um policia com pouca experiência. O "choque" inicial entre os dois vai-se diluindo á medida que os crimes vão acontecendo (o primeiro "amortecimento" é patrocinado pela esposa de David ( Tracy - Gwyneth Partlow) - que indirectamente vai ter um papel preponderante no magistral final do filme). Tudo começa com a "Gula", segue-se a "Avareza" a "Preguiça" e o primeiro aparecimento de John Doe (Spacey) como jornalista, depois temos a "Luxúria" e o "Orgulho", altura em que Doe se entrega e faz uma proposta: se os dois detectives o acompanharem a um determindo local, ele não só se dá como culpado como lhes mostra os dois últimos corpos, caso contrário dá-se como inimputável. Se até aqui tinhamos um policial muito bem construído, daqui para a frente o filme entra no reino do genial: Todo o diálogo entre Doe e Mills no caminho até ao local onde tudo se vai revelar, com um dos finais mais crueis da história do Cinema, com Doe a reservar para si a "Inveja"e para Mills a "Ira"... Apenas e só um dos melhores da Década de 90.
Etiquetas:
Brad Pitt,
Cinema,
David Fincher,
Morgan Freeman
Disco - After Murder Park
The Auteurs. A Banda por detrás de Luke Haines. Disco lançado em 1996, transpira ressentimento e amargura em canções tristes e sombrias, onde Haines destila o seu egocentrismo e o seu génio incompreendido...
Quem quer o Estado proteger?
A história foi-me contada por um amigo meu e reza assim: Uma menina de 10 anos, familiar desse meu amigo, começou a receber telefonemas com propostas de carácter sexual. Um familiar apanhou uma dessas chamadas e disse ao indivíduo que estava a falar com uma criança, ao que o mesmo respondeu que sabia. A policia entretanto investigou e já identificou o individuo. A familia pretendia agir judicialmente contra o agressor verbal, mas pelo novo código penal não pode, ou melhor, poder pode, mas quanto muito o individuo pode ser indiciado por "uma brincadeira de mau gosto"...Pelo novo código penal, o indivíduo só pode ser levado a julgamento se tentar ou violar a menina...Num País em que se pedem cabeças de Ministros por tudo e por nada, é realmente de uma brincadeira de mau gosto a continuação do Dr. Alberto Costa (que até pode ser a melhor pessoa do mundo) como Ministro da Justiça, onde mantém o mesmo tipo de desempenho que já tinha tido enquanto Ministro da Administração Interna nos tempos do Eng. Guterres: Paupérrimo.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Filme - Blow Out
Escrito e realizado em 1981 por Brian de Palma, tem um argumento simples: Jack (John Travolta) é um técnico de som especializado em filmes de terror, Que capta o que parece ser um acidente de automóvel forjado para matar o Governador da Pensilvânia e candidato presidencial. Sally (Nancy Allen) é uma prostituta que se encontrava com o Governador no momento do acidente. Daqui para a frente é uma corrida contra o tempo para evitar que Sally seja igualmente assassinada...De Palma assina um filme absolutamente memorável, com um "toque" Hitchcockiano (o homem comum no sitio errado à hora errada). O titulo é uma homenagem a Blow up de Michelangelo Antonioni.
Etiquetas:
Brian de Palma,
Cinema
Livro - O Grande Gatsby
Publicado em 1925, tem a sua acção em 1922. Nick um jovem comerciante do Midwest vai-se tornar amigo do (misteriosamente) rico Jay Gatsby, conhecido pelas enormes festas que oferecia na sua mansão em Long Island. Nick vai perceber que o grande interesse do seu amigo é atrair a sua prima Daisy, a qual conheceu 5 anos antes, quando Gatsby não passava de um simples oficial da Marinha. Daisy apesar de casada vai-se envolver com Gatsby, o que irá conduzir à tragédia final...Livro com um ritmo e uma "poesia" muito peculiares, é um dos clássicos da literatura, onde F(rancis) Scott Fitzgerald retrata por um lado "os loucos anos 20", a época de maior prosperidade na América, mas igualmente a sua decadência. É um extraordinário (senão o melhor) retrato alguma vez feito, desse período específico da história americana. Foi adaptado em 1974 ao cinema por Jack Clayton, tendo arrecadado os Oscares para Melhor Argumento Adaptado e Guarda Roupa.
quarta-feira, 26 de março de 2008
A descida do IVA
O Governo decidiu que a partir de 1 de Julho a taxa máxima de IVA baixa de 21 para 20%. Veremos o impacto real, quer na Economia, quer no bolso dos consumidores, desta mini-descida de um imposto sobre o consumo. Bom sinal seria a redução dos impostos sobre o rendimento, mas...
Disco - Songs For Drella
1989 marcou a (feliz) reunião dos 2 ex-Velvet Underground, John Cale e Lou Reed 17 anos depois de terem tocado juntos pela última vez. Desse encontro resultou este album editado em 1990, em homenagem a Andy Warhol (falecido em 1987). Songs for Drella (mistura de Dracula com Cinderella) é uma viagem real e ficcionada á vida de Warhol, "vista" através do próprio, de terceiros e evidentemente de Cale e Reed.
terça-feira, 25 de março de 2008
Filme - Stay
Um filme que começa onde acaba, ou acaba onde começa?. Será tudo uma ilusão ?. Realizado em 2005 pelo Suiço Mark Forster, é um daqueles filmes que exige duas coisas: Muita concentração e espirito aberto...A partir de um argumento de David Benioff a última coisa que temos aqui é um filme linear, começando pelas inúmeras referências (umas descaradas outras nas entrelinhas) a Hamlet de William Sheakspeare. Henry Letham (Ryan Gosling) é um estudante de Belas Artes que planeia a sua morte para daí a 3 três dias para coincidir com o seu 21º aniversário, a menos que o seu novo psicólogo Sam Foster (Ewan McGregor), com a ajuda da sua namorada Lila, uma suicida falhada, (Naomi Watts) o consiga impedir. Á medida que Henry vai perdendo a noção do que é, e do que não é real, o mesmo vai acontecer com Sam na sua procura do segredo que pode evitar o suicidio do seu doente...Com um argumento muito intrincado, exige muita atenção para ninguém se perder. Excelentes os jogos de camara e referência para a fotografia de Roberto Schaeffer.
Livro - O Retrato de Dorian Gray
No campo da Escrita poucos terão sido os campos não abordados por Oscar Wilde. Este livro (romance) viu a sua primeira versão em 1890, tendo no ano seguinte visto uma edição ampliada. A sociedade vitoriana reagiu mal, tendo visto na obra o espelho dos seus defeitos e virou-se contra o seu autor, utilizando a sua homossexualidade para o denegrir. Wilde respondeu que não existem livros morais ou imorais, existem livros bem ou mal escritos. A obra conta a história de Dorian Gray que se vai tornar modelo de Basil Hallward, o qual fica fascinado pela sua beleza, até ao ponto de ficar completamente obcecado. Confrontado com a beleza do seu retrato, Gray promete a sua alma em troco da juventude eterna. O quadro vai envelhecer ao contrário do modelo... Belíssimo retrato sobre o valor da beleza na sociedade, a vaidade e o carácter das pessoas, pela mão de um dos maiores escritores de sempre.
segunda-feira, 24 de março de 2008
Filme - Um Peixe Chamado Wanda
Comédia tresloucada, ou não andassem por lá dois dos Monty Pythons (John Cleese e Michael Palin). Charles Crichton realizou este filme em 1988, o qual valeu a Kevin Kline o Oscar para Melhor Actor Secundário, ao seu realizador a respectiva nomeação, e ainda a indicação para Melhor Argumento Original. Ken (Palin), Otto (Kline), Wanda (Jamie Lee Curtis - Filha de Janet Leigh) e George (Tom Georgeson) roubam uma colecção de joias. Wanda e Otto denunciam George que é preso, o problema é que quando vão ao sitio onde era suposto estarem as joias o mesmo está vazio...Quando descobrem que Ken tem a chave do novo esconderijo, Wanda rouba-lha, o problema é saber a localização do mesmo...Wanda seduz Archibald (John Cleese) o advogado de George, para tentar saber onde param as joias...Todo o filme é um festival de Gags, de um humor que varia entre o refinadíssimo e o puro nonsense...Um dos meus momentos preferido são as várias tentativas de Ken em tentar matar a idosa que é testemunha contra George, em que vai apenas conseguindo matar os seus cães, até que finalmente a idosa morre...de ataque cardiaco...Notáveis também as inúmeras "trocas de galhardetes" entre os actores ingleses e americanos sobre a sua pretensa superioridade, Repito comédia tresloucada, onde (na minha óptica) Palin no seu papel do gago Ken provavelmente mereceria mais o Oscar que Kline.
domingo, 23 de março de 2008
Música - Humming
Portishead e a Orquestra Sinfónica de Nova Iorque, um original do album de 1997, Portishead
Disco - Roseland NYC Live
Lançado em 1998, traduziu o encontro dos Portishead com a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque em 1997 (com excepção de Sour Times e Roads). Mais um daqueles trabalhos em que mundos diferentes se encontram, com resultados finais, em que a soma das partes é superior ao que cada uma delas vale individualmente. Magnífico é o adjectivo que me ocorre para caracterizar este trabalho...
(In)Segurança
Entre a criminalidade oficial (a das estatisticas, que só reportam o que efectivamente é reportado e logo sub-avaliada), a percepcionada (a divulgada pelos Media, muitas vezes inflacionada), existe algures a real (que ninguém sabe qual é). Portugal já não é um país de brandos costumes, mas também não é propriamente o farwest. Dos Media espera-se algum bom senso e menos sensacionalismo, do Estado que cumpra o seu papel igualmente com bom senso, o que por vezes implica "músculo"...
Filme - Psycho
O que se poderá dizer de novo relativamente a este filme, quase 50 anos após a sua realização ?. Provavelmente nada...A partir de uma novela de Robert Bloch, Hitchcock em 1960 realizou um dos melhores filmes de sempre, e criou o melhor psicopata de sempre ( Anthony Perkins como Norman Bates). Cenas de antologia é o que não falta neste filme, sendo a do chuveiro o "supra sumo"( filmada durante 7 dias tem mais de 70 angulos diferentes de filmagem, não é uma cena única, é o resultado de 50 cortes, o som das facadas foi feito utilizando melões, o sangue é molho de chocolate, os problemas com a censura - Janet Leigh não podia aparecer nua- aliás há uma dupla em partes dessa cena, a questão da música (inicialmente Hitchcock queria a cena em silêncio), etc,etc. ), mas não é a única (quem quizer/puder compre o DVD com o Making of, onde está tudo magistralmente explicado). Técnicamente o filme é divinal, a Banda Sonora a cargo de Bernard Herrmann é exemplar e este é um dos filmes mais copiados de sempre. A única nota negativa vai para a academia de Hollywood (com a qual Hitchcock, tal como outros génios do cinema - Kubrick, Scorsese, Cronenberg, Lynch, p.ex, nunca teve uma relação fácil), apenas 4 nomeações (Realização, Fotografia, Direcção Artistica e Actriz Secundária - Janet Leigh) e zero estatuetas...Deste Psycho nasceriam outros 3 filmes (não despreziveis, mas a milhas deste)
Etiquetas:
Alfred Hitchcock,
Cinema,
David Cronenberg,
David Lynch,
Martin Scorsese,
Stanley Kubrick
sábado, 22 de março de 2008
Filme - Os Rapazes não Choram
Baseado na história real de Teena Brandon, uma rapariga que em 1993, aos 20 anos sai de Lincoln onde vivia e vai para Falls City, onde se apresenta como Brandon Teena um rapaz bem parecido...Apaixona-se por Lana Tisdel e quando a sua história é descoberta, embora aceite por Lana (que efectivamente se apaixonou por ele(a)), vai provocar a ira dos seus "amigos" Tom Nissen e John Lotter que acabam por a violar e matar. Realizado em 1999 por Kimberly Peirce, após ter estudado o caso durante 4 anos, valeu a Hilary Swank (Teena Brandon/Brandon Teena) o Oscar para Melhor Actriz (A actriz 1 mês antes do inicio das filmagens cortou o cabelo e pintou-o, apertou o peito, passou a usar umas meias nas cuecas, engrossou a voz e fez-se passar pelo "seu irmão" tendo passado o teste) que confessou que fisicamente e psicologicamente ficou arrasada pelo papel. Chloë Savigny (Lana) foi nomeada para melhor actriz secundária. Referência igualmente para o excelente desempenho de Peter Sarsgaard como John. Peirce na seu primeiro filme, com um tema complicadissimo, tem como grande mérito não cair na lamechice (Teena para além da questão da orientação sexual, estava cheia de problemas com a justiça, dado que era uma ladra de automóveis e uma arruaceira, para além de ser muito pouco inteligente) e mostrar que sabe dirigir actores.
Autoritarismo vs Autoridade
Confundem-se muito em Portugal, e de uma coisa não tenho dúvidas, há excesso de autoritarismo e falta de autoridade. Fenómenos como a falta de respeito dos alunos em relação aos professores, o respeito pelos mais velhos, pelas forças de segurança, pelos deficientes, de um modo geral o respeito pelos outros, derivam de uma cultura de laxismo, facilitismo e total ausência de valores (e aqui uma certa esquerda e toda a extrema-esquerda são os grandes culpados, pois nunca perceberam, nem nunca hão-de perceber, que Autoridade e Autoritarismo, não são a mesma coisa). o Autoritarismo vê-se em propostas de lei como "as raças de cães", "os piercings" e outras no género, que são na sua génese imbecis e perigosas. Alguém explique a alguns Srs Deputados e Membros do Governo, que um dos papeis do Estado é garantir a segurança dos seus cidadãos (O crime é um problema do Estado), mas não é papel do Estado interferir na sua vida privada (o uso de piercings é uma decisão individual)...
sexta-feira, 21 de março de 2008
Poema - Se eu fosse um Romântico
Se eu fosse romântico
escreveria
sobre o céu e as estrelas
o azul do mar
Escreveria
sobre a luz a lua e o luar
Diria coisas bonitas
tais como o amor é lindo
e o universo infindo
Mas não sou um romântico
e tenho pena...
Escrito em Junho 2007
escreveria
sobre o céu e as estrelas
o azul do mar
Escreveria
sobre a luz a lua e o luar
Diria coisas bonitas
tais como o amor é lindo
e o universo infindo
Mas não sou um romântico
e tenho pena...
Escrito em Junho 2007
Filme - The Departed: Entre Inimigos
Finalmente!!!Aos 64 anos, mais de 40 de carreira, mais de 30 trabalhos (entre curtas, longas e documentários) á 6ª (!) nomeação para Melhor Realizador, Martin Scorsese ganhou. O "melhor realizador americano vivo" passa (se as contas não me falham) a contar nos seus trabalhos com 10 Oscares em 64 nomeações. Este filme para além da realização levou igualmente para casa os Oscares de Melhor Filme, Melhor argumento Adaptado e Melhor Montagem. Em 2006 Scorsese a partir de um argumento de William Monahan, voltou a um dos seus temas de eleição: O crime organizado. O que aqui encontramos é um enorme jogo do gato e do rato. Tudo gira á volta de Frank Costello (Jack Nicholson) - inspirado em Whitey Bulger (que mais de 10 anos depois do seu desaparecimento é ainda o 2º homem mais procurado pelo FBI, só sendo superado por Bin Laden)-, que dominou durante décadas o crime na zona sul de Boston. Colin Sullivan (Matt Damon) é na aparência um policia que trabalha no grupo de combate ao crime organizado, chefiado directamente por George Elbery (Alec Baldwin), sendo a unidade Chefiada pelo Capitão Oliver Queenan (Martin Sheen) tendo como nº2 Sean Dignam (Mark Wahlberg - nomeado para melhor actor secundário), embora na verdade seja um membro infiltrado do grupo de Costello. Billy Costigan (Leonardo diCaprio) é aparentemente um membro do grupo de Costello, mas na verdade é um polícia infiltrado da unidade onde trabalha Sullivan. Ambos os lados sabem que têem um homem infiltrado, não sabem é quem..Na aparência temos dois homens distintos, um policia a fazer de criminoso e um criminoso a fazer de policia, mas na realidade tão próximos ( o que se vai acentuar quando ambos se vão envolver com a mesma mulher - Madolyn Madden - Vera Farmigo). O politicamente correcto não passa pelo cinema de Scorsese (as "bons" nunca o são inteiramente e os "maus" nunca o são totalmente) , não há rodriguinhos a nenhum nível, no que se mostra e no que se diz...Este filme em muitos aspectos é uma homenagem a muita gente do mundo da sétima arte, sendo a mais curiosa a Scarface (1932) onde sempre que alguém era morto aparecia algures no cenário um X...Em sintese, com décadas de atraso a Academia fez justiça a um dos melhores de sempre na sua arte (quem tenha dúvidas veja como Scorsese acaba o fime). A Banda sonora a cargo de Howard Shore é excelente e entre outros temos o prazer de ouvir Rolling Stones, John Lennon, Beach Boys, Van Morrison, Roger Waters.
Etiquetas:
Cinema,
Jack Nicholson,
Martin Scorsese,
Rolling Stones
quinta-feira, 20 de março de 2008
AdC
Ás vezes (mas só ás vezes...) tenho a mesma leitura do Governo. O Dr. Abel Mateus não será reconduzido no cargo, sendo substituido pelo Dr. Manuel Sebastião.
Filme - Inadaptado
Com argumento de Charlie Kaufman e do imaginário Donald Kaufman, conta a história de Charlie Kaufman (Nicholas Cage) um argumentista com problemas na adaptação ao cinema do livro de Susan Orlean (Maryl Streep) "O Ladrão de Orquideas". Para agravar o seu irmão gémeo Donald (papel igualmente a cargo de Cage), que é em tudo o seu oposto resolve-se intrometer... Spike Jonze realizou em 2002 este filme delirante, de "uma criatividade chanfrada", como lhe chamou Eurico de Barros, onde ficção e realidade se confundem a todo o momento, com saltos temporais que variam entre segundos e milhões de anos... Cage foi nomeado para melhor actor, Streep para melhor actriz secundária, o argumento dos "gemeos" Kaufman para melhor argumento adaptado(pela primeira vez na história alguém inexistente foi nomeado...,E por estranho que pareça fez todo o sentido...) e Chris Cooper levou o Oscar para melhor actor secundário com o seu alucinado papel de John Laroche, um ladrão de orquideas. Filme á margem de tudo, não deixará ninguém indiferente.
O Quarto Reich
Artigo de Rui Teixeira Santos
A descida da taxa de juros nos Estados Unidos, por duas vezes esta semana, e a injecção de liquidez nos mercados ajudaram ao regresso de alguma calma aos mercados. Mas neste momento só há duas coisas certas: a recessão nos Estados Unidos está aí, será longa e profunda e, do lado dos mercados, depois de uma descida dos juros em 75 pontos percentuais, há a certeza de outra descida, colocando a taxa de desconto do dólar a 1,5%, ainda antes do Verão. Uma situação que significa incerteza e, sobretudo, que ameaça a economia europeia, até porque o dólar vai continuar a desvalorizar.
E o que fazem os europeus? Nada. Naquilo que será um dos maiores erros da história europeia, assistimos, hoje, à gestão da política monetária e cambial europeia, tendo em atenção normas escritas no estatuto do Banco Central Europeu - privilegiando o controlo da inflação - sem atender à realidade económica. E, para já, isso aparentemente está a beneficiar a economia alemã, naturalmente à custa da economia portuguesa, espanhola, italiana ou francesa. Toda a Europa paga a estratégia alemã de empobrecimento do continente para melhor o dominar. O Quarto Reich faz-se por via do Banco Central Europeu...
Só que, como aconteceu no Terceiro Reich, as elites alemãs são sempre voluntariosas e obstinadas e nem sequer vêem que eles próprios serão os últimos a cair - mas cairão também - em proveito de outras áreas do globo. A Alemanha continua a exportar, enquanto não houver os ajustamentos inevitáveis na China e na Índia, que compram os seus Mercedes e BMWs, ou a sua maquinaria industrial.
É chegado o momento de fazer frente ao BCE e à Alemanha.
Teremos sempre razão a prazo e, ainda por cima, a Europa está a deixar de exportar e começa a perder os turistas que são a razão da sua primeira exportação.
Mas esta estratégia tem um preço: a Alemanha não pode deixar cair nenhuma das partes do seu novo império europeu, sob pena de perder a face. E, portanto, vai acabar mais tarde ou mais cedo por ceder e nos permitir utilizar a política fiscal para atenuar os efeitos da crise e, sobretudo, vai ceder na ortodoxia da política monetária e cambial do Banco Central Europeu.
A descida da taxa de juros nos Estados Unidos, por duas vezes esta semana, e a injecção de liquidez nos mercados ajudaram ao regresso de alguma calma aos mercados. Mas neste momento só há duas coisas certas: a recessão nos Estados Unidos está aí, será longa e profunda e, do lado dos mercados, depois de uma descida dos juros em 75 pontos percentuais, há a certeza de outra descida, colocando a taxa de desconto do dólar a 1,5%, ainda antes do Verão. Uma situação que significa incerteza e, sobretudo, que ameaça a economia europeia, até porque o dólar vai continuar a desvalorizar.
E o que fazem os europeus? Nada. Naquilo que será um dos maiores erros da história europeia, assistimos, hoje, à gestão da política monetária e cambial europeia, tendo em atenção normas escritas no estatuto do Banco Central Europeu - privilegiando o controlo da inflação - sem atender à realidade económica. E, para já, isso aparentemente está a beneficiar a economia alemã, naturalmente à custa da economia portuguesa, espanhola, italiana ou francesa. Toda a Europa paga a estratégia alemã de empobrecimento do continente para melhor o dominar. O Quarto Reich faz-se por via do Banco Central Europeu...
Só que, como aconteceu no Terceiro Reich, as elites alemãs são sempre voluntariosas e obstinadas e nem sequer vêem que eles próprios serão os últimos a cair - mas cairão também - em proveito de outras áreas do globo. A Alemanha continua a exportar, enquanto não houver os ajustamentos inevitáveis na China e na Índia, que compram os seus Mercedes e BMWs, ou a sua maquinaria industrial.
É chegado o momento de fazer frente ao BCE e à Alemanha.
Teremos sempre razão a prazo e, ainda por cima, a Europa está a deixar de exportar e começa a perder os turistas que são a razão da sua primeira exportação.
Mas esta estratégia tem um preço: a Alemanha não pode deixar cair nenhuma das partes do seu novo império europeu, sob pena de perder a face. E, portanto, vai acabar mais tarde ou mais cedo por ceder e nos permitir utilizar a política fiscal para atenuar os efeitos da crise e, sobretudo, vai ceder na ortodoxia da política monetária e cambial do Banco Central Europeu.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Para uma Pessoa Muito Especial
O mais famoso "parabens a você" da história. A 19 de Maio de 1962,Marylin Monroe cantou-o ao Presidente John Fitzgerald Kennedy. Gostaria de a contratar para cantar neste 19 de Março de 2007, mas como não é possível...
MUITOS MUITOS PARABENS
terça-feira, 18 de março de 2008
Música - Cat People
David Bowie, Banda sonora do filme de Paul Schrader
Etiquetas:
David Bowie,
música
Filme - A Felina
Argumentista e Realizador Paul Schrader, deu-nos em 1982 este filme, que em certo modo é um remake do assombroso A Pantera de Jacques Tourner de 1942 ( Cat People é o titulo de ambos os filmes no seu original). Digo em certo modo, pois em ambos a história difere muito, e se no de Tourner quase tudo é implicito, no de Schrader quase tudo é explicito. Irena (Nastassja Kinski) vai descobrir que não é uma rapariga como as outras, vai perceber que o seu irmão Paul (Malcom McDowell) não é um homem como os outros, vai perceber que não pode amar como as outras mulheres...Filme "carnal", instintivo, com uma exemplar gestão dos espaços psicológicos e fisicos, oferece-nos uma estética visual e sonora invulgar...
segunda-feira, 17 de março de 2008
Regulador do quê ? II
Vamos lá ver se nos entendemos. O Barril do petróleo ronda os 108 Dolares, o Euro vale 1.59 Dolares, pegando na máquina de calcular, dá 67.9 Euros por Barril, o que básicamente é o mesmo preço a que estava no início de Janeiro...Já escrevi num anterior artigo quem ganha com isto, e a AdC não tem nada a fazer/dizer ? Também já o disse anteriormente, se o seu papel é constatar o óbvio e nada fazer, por mim podem fechar as portas, pois são inúteis...
Livro - O Jogador
Publicado em 1866, conta a história de Aleksei Ivánovitch um jogador inveterado, inspirado na biografia do próprio Fiódor Dostoiévski. É um livro espantoso sobre o vício, as paixões infelizes, o desespero e a solidão, e foi escrito em apenas um mês, por motivos contratuais (se não entregasse uma nova obra, perderia os direitos de autor das outras). Dostoiévski é um dos nomes maiores da escrita Russa e Mundial.
Filme - Marie Antoinette
Quem for á procura de uma reconstituição fiel da época vai ter uma grande desilusão...Realizado em 2006 por Sofia Coppola, é de certo modo uma reabilitação de Marie Antoinette (papel a cargo de Kirsten Dunst) que aos 14 anos sai da sua Austria Natal para vir a ser a esposa do futuro Luis XVI (papel a cargo de Jason Schwartzman). A história desenrola-se no Séc XVIII, mas a visão é em muitos momentos do Séc XXI, o que é extensível á Banda Sonora. Sofia Coppola dá-nos uma visão muito peculiar deste período da história francesa, colocando a Rainha muitas vezes como se fosse uma estrela Pop. A podridão, falta de valores, incapacidade política, o completo divórcio entre uma corte a olhar para as suas frivolidades, e o povo cheio de fome são aspectos aqui bem retratados. O filme foi realizado no próprio Palácio de Versalhes, tem a cor como um dos seus "principais actores" e recebeu o Oscar para o Melhor Guarda Roupa.
Etiquetas:
Cinema,
Sofia Coppola
domingo, 16 de março de 2008
Filme - A Mosca
Remake do filme de 1958 de Kurt Neumann, foi realizado em 1986 por David Cronenberg. Seth Brundle (Jeff Goldblum) é um cientista que está a desenvolver um projecto para o teletransporte de objectos numa primeira fase e de seres vivos numa segunda. A jornalista Veronica Quaife (Geena Davies) acompanha a investigação. Quando Seth se teletransporta não se apercebe que uma mosca entrou na máquina, provocando a fusão dos ADN´s de ambos...Ao contrário do que muita gente pensa, a última coisa que este filme é, é um filme de terror. Efectivamente estamos perante uma enorme história de amor, sobrevivência e sofrimento, uma enorme viagem aos confins da mente e do comportamento humano (tema recorrente na obra do cineasta canadiano). Filme magnifico recebeu o Oscar para Melhor Caracterização.
Etiquetas:
Cinema,
David Cronenberg
Música - Sometimes You Can´t Make it on Your Own
Recebeu o Grammy para melhor canção do ano, e Bono neste video dedica-a ao seu pai.
Tough, you think you’ve got the stuff
You’re telling me and anyone
You’re hard enough
You don’t have to put up a fight
You don’t have to always be right
Let me take some of the punches
For you tonight
Listen to me now
I need to let you know
You don’t have to go it alone
And it’s you when I look in the mirror
And it’s you when I don’t pick up the phone
Sometimes you can’t make it on your own
We fight all the time
You and I… that’s alright
We’re the same soul
I don’t need… I don’t need to hear you say
That if we weren’t so alike
You’d like me a whole lot more
Listen to me now
I need to let you know
You don’t have to go it alone
And it’s you when I look in the mirror
And it’s you when I don’t pick up the phone
Sometimes you can’t make it on your own
I know that we don’t talk
I’m sick of it all
Can - you - hear - me – when – I -
Sing, you’re the reason I sing
You’re the reason why the opera is in me…
Where are we now?
Still got to let you know
A house still doesn’t make a home
Don’t leave me here alone...
And it’s you when I look in the mirror
And it’s you that makes it hard to let go
Sometimes you can’t make it on your own
Sometimes you can’t make it
The best you can do is to fake it
Sometimes you can’t make it on your own
Tough, you think you’ve got the stuff
You’re telling me and anyone
You’re hard enough
You don’t have to put up a fight
You don’t have to always be right
Let me take some of the punches
For you tonight
Listen to me now
I need to let you know
You don’t have to go it alone
And it’s you when I look in the mirror
And it’s you when I don’t pick up the phone
Sometimes you can’t make it on your own
We fight all the time
You and I… that’s alright
We’re the same soul
I don’t need… I don’t need to hear you say
That if we weren’t so alike
You’d like me a whole lot more
Listen to me now
I need to let you know
You don’t have to go it alone
And it’s you when I look in the mirror
And it’s you when I don’t pick up the phone
Sometimes you can’t make it on your own
I know that we don’t talk
I’m sick of it all
Can - you - hear - me – when – I -
Sing, you’re the reason I sing
You’re the reason why the opera is in me…
Where are we now?
Still got to let you know
A house still doesn’t make a home
Don’t leave me here alone...
And it’s you when I look in the mirror
And it’s you that makes it hard to let go
Sometimes you can’t make it on your own
Sometimes you can’t make it
The best you can do is to fake it
Sometimes you can’t make it on your own
Música - City of Blinding Lights
Recebeu o Grammy para melhor canção Rock. Aqui ao vivo nos Eua (Brooklyn Bridge) em 2004. Album How to Dismantle an Atomic Bomb.
The more you see the less you know
The less you find out as you go
I knew much more then than I do now
Neon heart dayglo eyes
A city lit by fireflies
They’re advertising in the skies
For people like us
And I miss you when you’re not around
I’m getting ready to leave the ground….
Ooh ooh ooh
Ooh ooh ooh
Oh you look so beautiful tonight
In the city of blinding lights
Don’t look before you laugh
Look ugly in a photograph
Flash bulbs purple irises
The camera can’t see
I’ve seen you walk unafraid
I’ve seen you in the clothes you made
Can you see the beauty inside of me?
What happened to the beauty I had inside of me
And I miss you when you’re not around
I’m getting ready to leave the ground
Ooh ooh ooh
Ooh ooh ooh
Oh you look so beautiful tonight
In the city of blinding lights
Time… time
Won’t leave me as I am
But time won’t take the boy out of this man
Oh you look so beautiful tonight
Oh you look so beautiful tonight
Oh you look so beautiful tonight
In the city of blinding lights
The more you know the less you feel
Some pray for others steal
Blessings are not just for the ones who kneel… luckily
Música - Vertigo (Jacknife Lee Version)
Os U2, album How to Dismantle an Atomic Bomb, video gravado em Portugal.
Disco - How to Dismantle an Atomic Bomb
último dos U2 até á data, viu a luz do dia em 2004. Bono definiu-o como sendo o primeiro disco de Rock da banda...Sendo um disco sobre a encruzilhada em que o mundo se encontra, os seus temas versam o amor, a guerra, a paz, a harmonia e a proximidade da morte. Em termos sonoros não difere muito do seu antecessor. Ao fim de mais de 25 anos de carreira os irlandeses continuam a fazer boas canções e a saber o que querem. O disco arrecadou 8 Grammy incluindo melhor album e melhor canção.
sábado, 15 de março de 2008
Música - Twenty Four Hours
Outra de Closer
So this is permanence, love's shattered pride.
What once was innocence, turned on its side.
A cloud hangs over me, marks every move,
Deep in the memory, of what once was love.
Oh how I realised how I wanted time,
Put into perspective, tried so hard to find,
Just for one moment, thought I'd found my way.
Destiny unfolded, I watched it slip away.
Excessive flashpoints, beyond all reach,
Solitary demands for all I'd like to keep.
Let's take a ride out, see what we can find,
A valueless collection of hopes and past desires.
I never realised the lengths I'd have to go,
All the darkest corners of a sense I didn't know.
Just for one moment, I heard somebody call,
Looked beyond the day in hand, there's nothing there at all.
Now that I've realised how it's all gone wrong,
Gottas find some therapy, this treatment takes too long.
Deep in the heart of where sympathy held sway,
Gotta find my destiny, before it gets too late.
So this is permanence, love's shattered pride.
What once was innocence, turned on its side.
A cloud hangs over me, marks every move,
Deep in the memory, of what once was love.
Oh how I realised how I wanted time,
Put into perspective, tried so hard to find,
Just for one moment, thought I'd found my way.
Destiny unfolded, I watched it slip away.
Excessive flashpoints, beyond all reach,
Solitary demands for all I'd like to keep.
Let's take a ride out, see what we can find,
A valueless collection of hopes and past desires.
I never realised the lengths I'd have to go,
All the darkest corners of a sense I didn't know.
Just for one moment, I heard somebody call,
Looked beyond the day in hand, there's nothing there at all.
Now that I've realised how it's all gone wrong,
Gottas find some therapy, this treatment takes too long.
Deep in the heart of where sympathy held sway,
Gotta find my destiny, before it gets too late.
Disco - Closer
Apenas 2 albuns chegaram para imortalizar a banda de Ian Curtis, os Joy Division. Curtis personagem genial, mas instável e com enormes crises existênciais e epilético suicidou-se em 1980 com 24 anos. Closer foi publicado em 1980. O som soturno, as letras intimistas são a sua imagem de marca. Um dos grandes discos da história da música dita moderna.
Filme - Transe
Ana Moreira definiu o filme como um conto de fadas a puxar para o filme de terror...Excelentes actrizes é o que não falta neste país, agora Ana Moreira tem uma "aura" que a torna diferente. Para o seu papel de Sónia neste filme esteve um ano na Rússia a aprender a lingua. Escrito e Realizado em 2006 por Teresa Villaverde, é a história de uma mulher de vinte e poucos anos, que vai sofrer a humilhação (fisica e psicológica) da prostituição forçada, numa "via sacra" entre a Rússia, Alemanha, Itália e Portugal. Ana Moreira enche o ecran ao longo das 2 horas de duração do filme, a realizadora, deliberadamente filma de uma forma lenta, em longas sequências, acentuando ainda mais a crueza e crueldade do filme, que por vezes chega a ser como a paisagem Russa: Gélida. Muito boa a fotografia de João Ribeiro. Referência para a breve aparição de Tim para o diálogo/monologo final.
Etiquetas:
Ana Moreira,
Cinema,
Teresa Villaverde,
Xutos
sexta-feira, 14 de março de 2008
Música - Solitude Standing
Suzanne Vega ao vivo em 2004, um original do album homónimo de 1987.
Etiquetas:
música,
Suzanne Vega
Música - Station to Station
David Bowie ( ou deverei dizer Thin White Duke...) ao vivo (1978), um original do album de 1976 Stage. A canção foi igualmente utilizada na Banda Sonora de Wir Kinder Vom Banhof Zoo de 1981.
Etiquetas:
David Bowie,
música
Livro - Balada da Praia dos Cães
José Cardoso Pires foi um dos maiores escritores nacionais do Século XX. Escrito em 1982 e adaptado ao cinema em 1987 por José Fonseca e Costa, é um policial sem o ser. A história desenrola-se no ínicio da década de 60 e tem como ponto de partida a investigação do assassinato de um revolucionário (Capitão Luis Dantas) evadido da prisão do forte militar de Elvas. A narrativa é crua, ironica e sarcastica, neste trabalho que (in)directamente retrata o Portugal Salazarista. Muito bom
Filme - Tudo Bons Rapazes
Baseado em factos reais, conta a história de Henry Hill, a partir de um livro de Lucas Pileggi, que desde sempre quiz ser um gangster... Realizado em 1990 por Martin Scorsese é na opinião de muitos o melhor filme de gangsters de sempre. Joe Pesci arrecadou o Oscar para Melhor Actor Secundário, tendo o filme sido nomeado ainda para as seguintes categorias: Filme, Realização, Argumento adaptado, Actriz secundária e Montagem. Actores de Excepção (Ray Liotta, Robert de Niro, Joe Pesci, Samuel L. Jackson, Lorraine Braco, etc, etc). A Banda sonora é como tudo o resto: Magnífica. Entre outros encontramos os Rolling Stones, Sid Vicious, Tony Bennett, The Who, Aretha Franklin e música italiana. É um dos filmes maiores da cinematografia mundial.
Etiquetas:
Cinema,
Martin Scorsese,
Robert de Niro,
Rolling Stones
quinta-feira, 13 de março de 2008
Para uma Pessoa Muito Especial
Ao que consta a canção foi composta em 1893, por duas irmãs ( Patty e Mildred Hill), professoras em Luisville no Kentucky e inicialmente destinava-se a ser cantada pelas crianças ao chegarem á escola ( Inicialmente chamava-se Good Morning to All). Em 1924 apareceu com a sua actual letra num livro de Robert Coleman. Em 1933 Jessica, irmã das autoras da música processou Colleman, tendo ganho a acção. Hoje em dia os direitos de autor pertencem á Warner (pelos quais pagou 25 milhões de Dolares em 1998, sendo os mesmos válidos até 2030), sendo necessário pagar Royalties para a utilização pública da melodia,os quais rendem cerca de 2 milhões de Dolares anuais...
MUITOS MUITOS PARABENS
quarta-feira, 12 de março de 2008
Regulador do quê ?
O Sr Presidente da Autoridade da Concorrência (AdC), Dr Abel Mateus, foi hoje ao Parlamento afirmar que os mercados de energia, telecomunicações, banca e sistemas de pagamentos, combustíveis, serviços de saúde, portos, continuam a ter problemas estruturais em termos de concorrência. Extraordinária descoberta !!!. Todo o discurso foi um desbobinar de vacuidades e uma demostração de incapacidades várias.A minha questão é a seguinte: Para que serve a AdC? Para constatar o óbvio e nada fazer? Pelos vistos assim é...Ficamos á espera da recondução do Dr.Mateus no cargo...
Música - The Queen and the Soldier
Ao vivo em 2007, outro tema do album homónimo de Suzanne Vega
Etiquetas:
música,
Suzanne Vega
Música - Small Blue Thing
Ao vivo em 2007 Suzanne Vega, um dos temas do seu disco de estreia
Etiquetas:
música,
Suzanne Vega
Disco - Suzanne Vega
Album de Estreia em 1985 para Suzanne Vega. A cantautora norte-americana iniciava aqui a sua carreira e não era dificil de perceber que seria um dos nomes de topo do panorama músical. Raizes no Folk, poemas extraordinariamente literários e um timbre de voz ultra suave são o seu segredo.
Etiquetas:
Disco,
música,
Suzanne Vega
terça-feira, 11 de março de 2008
Música - Thirty Three
Ainda Mellon Collie and the Infinite Sadness
Etiquetas:
música,
Smashing Pumpkins
Música - Cupid de Locke
Outra de Mellon Collie and the Infinite Sadness
Etiquetas:
música,
Smashing Pumpkins
Música - Bullet With Butterfly Wings
Smashing Pumpkins, album Mellon Collie and the Infinite Sadness
Etiquetas:
música,
Smashing Pumpkins
Música - Mellon Collie and the Infinite Sadness
O calmissimo instrumental que abre o disco homónimo dos Smashing Pumpkins
Etiquetas:
música,
Smashing Pumpkins
Disco - Mellon Collie and The Infinite Sadness
3º album de originais para a banda de Billy Corgan e a sua obra prima. Lançado em 1995, foi dividido em duas partes na sua versão em CD duplo com 28 temas (Dawn to Dusk e Twilight to Starlight) e em 6 na versão LP triplo com 30 temas (Dawn, Tea Time, Dusk, Twilight, Midnight e Stralight). O trabalho pretende retratar o ciclo de vida e Corgan definiu-o como sendo "The human condition of the mortal sorrow". Musicalmente varia entre uma enorme tranquilidade e paz, até sons muito próximos do hard rock (estas variações acontecem mesmo dentro da mesma canção), a própria duração dos temas varia entre aqueles com menos de 3 minutos e outros com 7, 8 e 9 minutos. Ao longo de mais de duas horas encontramos um disco que alguém definiu como loucamente brilhante. Foi nomeado para 7 Grammy (incluindo melhor disco e canção do ano), tendo ganho a categoria de melhor performance vocal de hard rock com "Bullet with Buterfly Wings". Album épico é um dos trabalhos mais poderosos da década de 90.
Etiquetas:
Disco,
Smashing Pumpkins
Livro - Capitães de Areia
Escrito em 1936 por Jorge Amado, tem a sua acção centrada em S. Salvador da Bahia, onde um grupo de meninos da rua entre os 7 e os 15 anos, fazem o que podem para sobreviver. Dividido em 3 partes, encontramos na primeira um conjunto de histórias quase independentes, na segunda a ascenção e morte de Dora que se torna a primeira "capitã" de areia e na terceira a desagregação dos lideres, seguindo (os sobreviventes) o seu caminho, uns de sucesso e outros não. Caracterização poderosa e profunda de um certo Brasil, pela mão de um dos seus grandes nomes.
Etiquetas:
Jorge Amado,
livro
Filme - Identidade Misteriosa
Realizado em 2003 por James Mangold, tem claramente como ponto de partida Três ratos cegos de Agatha Christie. 10 personagens ( um motorista, uma estrela de cinema dos anos 80, um polícia, um assassino, uma prostituta, um casal recém casado, um casal e o seu filho) procuram abrigo num hotel durante uma tempestade de neve. Quando começam a morrer um a um, começam a perceber que não foi o destino que os juntou, mas algo mais poderoso...Até cerca de 20 minutos do fim do filme, estamos perante aquilo que parece um policial, só que de repente percebemos que afinal a história era outra...Fomos literalmente enganados e manipulados pelo argumentista/realizador...Para não quebrar o suspense não indico o que realmente aconteceu...A critica na sua maioria reagiu mal, mas há quem tenha percebido a mensagem...Pessoalmente aplico a frase "engana-me que eu gosto...". Principais papeis a cargo de John Cusak, Rebecca de Mornay e Ray Liotta
Etiquetas:
Agatha Christie,
Cinema
segunda-feira, 10 de março de 2008
Poema - Ponto Final
Sentado sozinho num banco
de jardim
o homem observa o que pensa
ser o fim
Imagina na sua cabeça
imagens fraccionadas
tudo fez sentido há muito tempo atrás
Agora as suas ideias são ignoradas
agora tanto faz
pensa o homem sentado sozinho num banco
à beira do fim.
Escrito em Abril de 1997
de jardim
o homem observa o que pensa
ser o fim
Imagina na sua cabeça
imagens fraccionadas
tudo fez sentido há muito tempo atrás
Agora as suas ideias são ignoradas
agora tanto faz
pensa o homem sentado sozinho num banco
à beira do fim.
Escrito em Abril de 1997
Filme - O Abismo
Vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Especiais, nomeado para Melhor Direcção Artistica, Fotografia e Banda Sonora, foi realizado em 1989 por James Cameron, com Ed Harris e Maria Elizabeth Mastrantonio nos principais papeis. Quando um navio nuclear norte americano se afunda misteriosamente, o governo pede ajuda á tripulação de uma plataforma petrolifera próxima do local do acidente. Toda a tensão, claustrofobia (a acção do filme é toda debaixo de água) remetem-nos para Aliens, embora a natureza dos extraterrestres aqui seja completamente diferente (ao contrário da natureza humana...). Tecnicamente irreprensível
Livro - Como Mentir com Estatísticas
Escrito em 1954 por Darrell Huff, é exactamente isso, como mentir com estatisticas (amostras erradas, relatividade dos conceitos, representações gráficas, etc, etc). Livro de cabeceira para políticos e afins...Nunca esquecer que "um indivíduo com os pés no congelador e a cabeça no forno, em média está bem, embora na verdade esteja morto..."
domingo, 9 de março de 2008
Poema - Teia
Durmo em camas
que nunca farei
Talvez não percebas
o intimo das minhas ideias
no entanto teces as minhas teias
como se fosses a primeira entre as damas
Se calhar nunca olhei
nem testei as tuas defesas...
Escrito em Agosto 2005
que nunca farei
Talvez não percebas
o intimo das minhas ideias
no entanto teces as minhas teias
como se fosses a primeira entre as damas
Se calhar nunca olhei
nem testei as tuas defesas...
Escrito em Agosto 2005
Música - Psycho Main Theme
Há quem considere a banda sonora de Psycho (1960), como a melhor alguma vez composta. Fica aqui o seu tema principal a cargo de Bernard Herrmann
Etiquetas:
Alfred Hitchcock,
música
Música - Halloween Main Theme
Tema principal de Halloween (1978), composto por John Carpenter
Etiquetas:
John Carpenter,
música
Música - The Fog Main Theme
John Carpenter para além de realizar filmes, também compõe a maioria das suas bandas sonoras. Fica aqui o tema principal do filme O Nevoeiro
Etiquetas:
John Carpenter,
música
Filme - Christine
Regresso a John Carpenter e a Stephen King. Realizado em 1983 encontramos aqui a história de um carro (Um Plymouth Fury de 1958), que após muitos anos de abandono é comprado por um adolescente timido (Arnie Cunningham - Keith Gordon). A questão é que este não é um carro normal (ou deveremos dizer um "carro fêmea"...), exige devoção completa e se alguém se interpõe entre si e o seu dono é destruído. Por estranho que pareça, o que temos aqui é uma história de amor paranoica, marcada pela posse e pelo ciúme doentio, que vai moldar e destruir o tímido adolescente. Um magnífico Carpenter.
Etiquetas:
Cinema,
John Carpenter,
Stephen King
sábado, 8 de março de 2008
Filme - Memento
A partir de um conto do seu irmão Johnattan, Christopher Nolan construiu em 2001 este enorme "quebra-cabeças" em forma de filme (2 nomeações para Oscar: Argumento Original e Montagem) e 25 prémios em vários festivais de Cinema. Encontramos aqui Leonard Shelby (Guy Pearce) um homem com um único objectivo: Encontrar e punir o violador e assassino da sua mulher, só que existe um problema: Leonard não tem qualquer tipo de memória recente, ou seja, qualquer coisa que faça, qualquer pessoa que conheca é imediatamente esquecida...Com uma fotografia que alterna entre o preto-e-branco (passado) e a cor (presente), até á junção final do preto e branco com a cor, tem o seu segredo numa estrutura narrativa absolutamente invulgar. Numerando as cenas a preto e branco (1 a 22) e fazendo o mesmo para as a cores (A a V), encontramos a seguinte estrutura narrativa: 1, V, 2, U, 3, T, 4, S, 5, R, 6, Q...20, C, 21, B, 22/A. Existe uma versão com a ordem cronológica correcta, mas aí perde-se o fascinio...Filme absolutamente surpreendente. A Academia nomeou-o nas categorias de Argumento Original e Montagem
Etiquetas:
Christopher Nolan,
Cinema
Livro - O Terceiro Homem
Escrito em 1949 "para ser visto e não para ser lido" de acordo com o seu autor Graham Greene, ou seja, o livro foi escrito para ser o guião do filme com o mesmo nome de Carol Reed (que venceria o Oscar de Melhor Fotografia, para além de 2 outras nomeações, incluindo realização). Estamos na Viena pós 2ª Guerra, dividida e governada por 4 potências: EUA, França, Rússia e Inglaterra. Rollo Martins ,um escritor, chega á cidade sem dinheiro e vai procurar o seu amigo Harry Lime. Descobre que este morreu em circunstâncias misteriosas e resolve investigar. Toda a habilidade narrativa de Greene é aqui espalhada, num clima "de cortar à faca"...
Música - Dream on Girl
Rita (Pereira) Redshoes, album de 2008 Golden Era, a 1ª aventura a solo da Ex-Atomic Bees e "protegida" de David Fonseca
sexta-feira, 7 de março de 2008
Presidenciais 2008 - EUA X
Nem só dos grandes partidos vive a eleição. Ralph Nader candidata-se pela 4ª vez. Em 1996 e 2000 pelo Green Party e como independente em 2004 e este ano. Obviamente não tem qualquer possibilidade de ser eleito, mas pode ter impacto no resultado final (em 2000 teve o seu melhor resultado com quase 3 milhões de votos (2.7%))
Filme - Marnie
Realizado em 1964 por Hitchcock a partir de um livro de Winston Graham. Marnie (Tippi Hedren) é uma mulher problemática, com um enorme medo de homens, mentirosa e ladra. Quando um dos seus patrões- Mark (Sean Connery) a desmascara, propõe-lhe casamento em troca de não a denunciar... Visualmente forte e ousado, de uma enorme densidade psicológica, foi aquando do seu lançamento mal compreendido. Hoje é considerado como sendo um dos melhores filmes do Mestre. Referência para mais uma espantosa banda sonora de Bernard Herrmann e para a fotografia do seu habitual colaborador Robert Burks .
Etiquetas:
Alfred Hitchcock,
Cinema
Subscrever:
Mensagens (Atom)