Artigo de Rui Teixeira Santos
A descida da taxa de juros nos Estados Unidos, por duas vezes esta semana, e a injecção de liquidez nos mercados ajudaram ao regresso de alguma calma aos mercados. Mas neste momento só há duas coisas certas: a recessão nos Estados Unidos está aí, será longa e profunda e, do lado dos mercados, depois de uma descida dos juros em 75 pontos percentuais, há a certeza de outra descida, colocando a taxa de desconto do dólar a 1,5%, ainda antes do Verão. Uma situação que significa incerteza e, sobretudo, que ameaça a economia europeia, até porque o dólar vai continuar a desvalorizar.
E o que fazem os europeus? Nada. Naquilo que será um dos maiores erros da história europeia, assistimos, hoje, à gestão da política monetária e cambial europeia, tendo em atenção normas escritas no estatuto do Banco Central Europeu - privilegiando o controlo da inflação - sem atender à realidade económica. E, para já, isso aparentemente está a beneficiar a economia alemã, naturalmente à custa da economia portuguesa, espanhola, italiana ou francesa. Toda a Europa paga a estratégia alemã de empobrecimento do continente para melhor o dominar. O Quarto Reich faz-se por via do Banco Central Europeu...
Só que, como aconteceu no Terceiro Reich, as elites alemãs são sempre voluntariosas e obstinadas e nem sequer vêem que eles próprios serão os últimos a cair - mas cairão também - em proveito de outras áreas do globo. A Alemanha continua a exportar, enquanto não houver os ajustamentos inevitáveis na China e na Índia, que compram os seus Mercedes e BMWs, ou a sua maquinaria industrial.
É chegado o momento de fazer frente ao BCE e à Alemanha.
Teremos sempre razão a prazo e, ainda por cima, a Europa está a deixar de exportar e começa a perder os turistas que são a razão da sua primeira exportação.
Mas esta estratégia tem um preço: a Alemanha não pode deixar cair nenhuma das partes do seu novo império europeu, sob pena de perder a face. E, portanto, vai acabar mais tarde ou mais cedo por ceder e nos permitir utilizar a política fiscal para atenuar os efeitos da crise e, sobretudo, vai ceder na ortodoxia da política monetária e cambial do Banco Central Europeu.
A descida da taxa de juros nos Estados Unidos, por duas vezes esta semana, e a injecção de liquidez nos mercados ajudaram ao regresso de alguma calma aos mercados. Mas neste momento só há duas coisas certas: a recessão nos Estados Unidos está aí, será longa e profunda e, do lado dos mercados, depois de uma descida dos juros em 75 pontos percentuais, há a certeza de outra descida, colocando a taxa de desconto do dólar a 1,5%, ainda antes do Verão. Uma situação que significa incerteza e, sobretudo, que ameaça a economia europeia, até porque o dólar vai continuar a desvalorizar.
E o que fazem os europeus? Nada. Naquilo que será um dos maiores erros da história europeia, assistimos, hoje, à gestão da política monetária e cambial europeia, tendo em atenção normas escritas no estatuto do Banco Central Europeu - privilegiando o controlo da inflação - sem atender à realidade económica. E, para já, isso aparentemente está a beneficiar a economia alemã, naturalmente à custa da economia portuguesa, espanhola, italiana ou francesa. Toda a Europa paga a estratégia alemã de empobrecimento do continente para melhor o dominar. O Quarto Reich faz-se por via do Banco Central Europeu...
Só que, como aconteceu no Terceiro Reich, as elites alemãs são sempre voluntariosas e obstinadas e nem sequer vêem que eles próprios serão os últimos a cair - mas cairão também - em proveito de outras áreas do globo. A Alemanha continua a exportar, enquanto não houver os ajustamentos inevitáveis na China e na Índia, que compram os seus Mercedes e BMWs, ou a sua maquinaria industrial.
É chegado o momento de fazer frente ao BCE e à Alemanha.
Teremos sempre razão a prazo e, ainda por cima, a Europa está a deixar de exportar e começa a perder os turistas que são a razão da sua primeira exportação.
Mas esta estratégia tem um preço: a Alemanha não pode deixar cair nenhuma das partes do seu novo império europeu, sob pena de perder a face. E, portanto, vai acabar mais tarde ou mais cedo por ceder e nos permitir utilizar a política fiscal para atenuar os efeitos da crise e, sobretudo, vai ceder na ortodoxia da política monetária e cambial do Banco Central Europeu.
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