Realizado por Gus Van Sant em 2015, a partir de um argumento de Chris Sparling, foi nomeado à Palma de Ouro em Cannes. Ninguém conte com facilidades, o trabalho é narrativamente pesado e a camara de Sant não é nada linear, algo que é o seu ADN. Sant usa e abusa de flashbacks os quais nos "balizam" a história de forma exemplar. Arthur (Matthew McConaughey) dirige-se a Aokigahara para se suicidar. Já na floresta cruza-se com um homem (Takumi - Ken Watanabe) o qual está ferido e perdido tendo abandonado a ideia de se suicidar, após ter sido despromovido no emprego, lembrando-se que tem uma mulher e uma filha. Arthur resolve ajudá-lo e começa a cumplicidade entre ambos especialmente quando se perdem e o objectivo já não é morrer é sobreviver: Em tempos Arthur (um professor universitário) teve um casamento feliz com Joan (Naomi Watts) uma promotora imobiliária, mas a sua infidelidade a sua falta de ambição e o alcoolismo da esposa tornaram a relação entre ambos num inferno. Quando é detectado um tumor a Joan e após uma operação bem sucedida o casal parece que se vai reconciliar mas um brutal acidente envolvendo uma ambulância que transportava Joan para um tratamento tira a vida à mesma.
Mais um "trabalho de autor" de um dos mais invulgares e talentosos realizadores da actualidade, actualmente com 68 anos, cheio de mensagens e de metáforas, com uma gestão de tempos narrativos e gráficos de uma sensibilidade sublime, para quem o souber ver com olhos de ver...
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