quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
Disco - Alternative Rarities 1988-1989
Lançado em 2010 reúne músicas dos Cure, as quais foram gravadas no período indicado, onde encontramos demos, versões instrumentais, versões alternativas e versões ao vivo. Não é um trabalho óbvio (o qual assenta fundamentalmente em Disintegration), mas é obviamente mais um excelente exemplo das qualidades de Smith e demais membros da banda.
Música - 2 Late (Wip Mix)
Tema gravado pelos Cure em Novembro de 1988. Originalmente foi lado b de Lovesong (1989)
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Filme - A Ponte Dos Espiões
A partir de factos reais Steven Spielberg realizou este filme em 2015, o qual arrecadou 1 Oscar (Actor Secundário: Mark Rylance) e teve 5 outras nomeações (Filme, Argumento Original (irmãos Coen e Matt Charman), Banda Sonora (Thomas Newman), Mistura Sonora e Direcção Artistica). Ao todo recolheu 31 prémios em 130 nomeações. O realizador (o qual completará este ano 72 primaveras) desde a sua primeira longa metragem oficial que nos mostra e demonstra como se filma (não é por acaso que já venceu (a titulo individual) 184 prémios, onde se incluem 3 Oscares). Desta vez estamos em plena guerra fria. Donovan (Tom Hanks) um advogado especialista em seguros é intimado para defender Rudolf Abel (Rylance), um espião ao serviço da URSS. Aparentemente seria um "proform" o qual acabaria com a condenação de Abel à morte, mas Donovan empenha-se na sua defesa mesmo pondo em risco a sua vida, a da sua esposa (Mary - Amy Ryan) e a dos seus 3 filhos (Eve Hewson, filha de Bono fez de Carol). Abel acaba condenado a 30 anos de prisão, fundamentalmente porque Donovan convenceu o Juiz que o russo poderia ser útil numa futura troca de espiões. Quando Francis Powers (Austin Stowell) um piloto envolvido numa operação de espionagem ultra secreta é capturado pelos soviéticos, a troca parece ser óbvia, o problema é que um estudante de Economia (Frederic Pryor - Will Rogers) é capturado pela RDA achando os alemães de leste que o mesmo é um espião. Através do agente da CIA Hoffman (Scott Shepherd), Donovan é enviado de forma oficiosa para a RDA para proceder à troca entre Abel e Powers, mas Donovan quer ir mais longe, ou seja, assegurar a troca de Abel por Powers e Pryor, o que vai provocar um tremendo jogo "de bastidores" de resultado incerto. Elenco de mais um filme conduzido por mão muito hábil...Custou 40 milhões de Dólares e rendeu mais de 165 milhões
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Gelson
José Pimentel Teixeira no És A Nossa Fé
Fico francamente estupefacto face à onda de simpatia, qual compreensão, para com o acto do Gelson Martins ontem em Alvalade. Por duas razões. A primeira, mais rasteira, isto da bola e dos hipotéticos triunfos: o jogador já tem 22 anos, cumpre a terceira época na equipa principal, na qual decerto que sabe ser figura fundamental, é internacional A, e é um profissional bastante bem pago, ainda que possa aspirar a novos e "arábicos" contratos, desses que animam a cena futebolística actual. Ou seja, é já experiente e exige-se-lhe responsabilidade. Presume-se ainda que tenha alguma compreensão do que o que o rodeia e espera: diz-se que Garrincha quando se sagrou campeão do mundo no Suécia-58 não sabia que o campeonato tinha acabado, denotando a bruma (genial, mas obscura) em que dirimia o seu inesquecível talento. Mas espero que Gelson, para seu bem, extra-futebol até, não seja epígono dessa abstracção existencial. E que assim saiba, pelo menos, o "jogo" que a vida lhe prepara, o "calendário" que aí vem. Pelo menos o a curto prazo, que, de facto, é o máximo que podemos antever com alguma razoabilidade. Em suma, que soubesse que a próxima jornada é fundamental para as aspirações do clube que o formou, acarinhou e lhe paga. Fazer-se expulso, isentar-se desse compromisso, é totalmente inaceitável. Mimar um jogador querido, "da casa", competente, ainda para mais jongleur, assim alegria do povo? Sim, com toda a certeza. Mas aceitar isto que aconteceu, "compreendê-lo", é estragá-lo com mimos. Gelson está em dívida.
Mas a segunda razão é mais importante, e não se prende apenas com Gelson. Podemos compreender a amizade, a preocupação, o cuidado, dos jogadores do Sporting para com Ruben Semedo, seu ex-colega. Mas acontece que este não está envolvido numa qualquer situação, dessas corriqueiras que por vezes as notícias ecoam. Crimes ou prevaricações de futebolistas, gente jovem algo inebriada com as facilidades advindas da sua profissão ou, pura e simplesmente, fazendo o que outros fazem mas com as repercussões devidas à sua (relativa) celebridade. Coisas mais ou menos inconscientes, mais ou menos gravosas, por vezes até cândidas. A serem dirimidas pela justiça, com toda a certeza, mas às quais podemos conceder a suspensão da nossa avaliação moral, naquilo do "errar é humano", muito mais em jovens: a pancada no bar, se em dia de folga; a condução desabrida, e por vezes acima do limite de alcoolização; o destrambelhar de um situação orgiástica, etc. Maus julgamentos momentâneos, sangue na guelra, imaturidade, valores pouco burilados, tudo a vir ao de cima em situações espontâneas. Lamente-se mas que atire a pedra quem nunca pecou. Ou seja, que a justiça funcione, ressarcindo hipotéticos lesados, mas sempre submetendo-se à vontade de regenerar, de a todos, os lesados e os prevaricadores, proteger pois enquadrar. O que significa a inadmissibilidade de "julgamentos exemplares". E que nós, cidadãos, compreendamos que a vida não é um mosteiro, que os jovens atletas não são uns monges ascetas, e que não devemos ser excessivamente moralistas. Nisto, como no resto.
Mas as notícias que nos chegam sobre este caso dizem algo diferente. Ruben Semedo está detido por, em grupo, ter sequestrado um homem no intuito de lhe sacar informações sobre o paradeiro de outrem. Agrediu-o, feriu-o, ameaçou-o de amputação, ameaçou-o de morte com uma arma de fogo. Isto não é um conjunto de putos jogadores (muito bem pagos) a roubarem numa loja, pela piada da malandrice, um miúdo já algo aviado à porrada numa discoteca, um tonto inconsciente demasiado bebido a perder o controle da "bomba" que comprou com o magnífico salário (ou que a marca lhe deu, para sua publicidade), ou o aguerrido viril a não aceitar o inopinado "não" que a miúda, daquelas que circundam os jogadores, decide no momento dos "finalmente". Tudo coisas de facto "inaceitáveis", crimes umas, burrices outras, mas "compreensíveis", enquadráveis no sentido de serem alvo de solidariedade, o que não significa "desculpabilização", irresponsabilização. Pois um "não é um não", sempre, ou a segurança rodoviária é fundamental, etc.
Mas os actos do Ruben Semedo não são isso, nem uma cena de momento, de exaltação, inebriada até. São puro gangsterismo. São inaceitáveis. Que os seus amigos jogadores do Sporting queiram pegar no telefone e fazer-lhe chegar a sua solidariedade é com eles. Que os profissionais do Sporting utilizem as instalações e as actividades do clube e, também, o capital social (a visibilidade, acima de tudo) que lhes advém da sua situação profissional e do seu enquadramento institucional (clubístico) para demonstrarem solidariedade pública - como o capitão William Carvalho também acaba de fazer - com o autor destes actos é muito gravoso. A questão não é que o jogador tenha sido "formado" no clube. Foi-o, mas não é relevante para o caso ("acontece nas melhores famílias"). A questão é que solidariedade pública assumida em quadro institucional usa e abusa da instituição. Conspurca-a, até. Violenta-a.
E devia ter havido alguém a explicar estas matizes aos jogadores.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
domingo, 25 de fevereiro de 2018
Marcas Portuguesas - 5 - Gorreana
Falei na marca aqui pela primeira vez. Este chá é produzido desde 1883 na ilha de São Miguel. De acordo com o site da marca o chá terá sido introduzido nos Açores por volta de 1820 por Jacinto Leite (comandante da Guarda Real de João VI) a partir de sementes oriundas do Brasil. Actualmente a produção do produto ronda as 33 toneladas anuais, sendo a esmagadora maioria destinada à exportação.
Curiosamente o chá apenas foi introduzido na Europa no Século XVI embora a sua descoberta (China) alegadamente remonte ao ano de 2737 a.C. (ao que se sabe o Imperador Shennong tinha por hábito beber água fervida e um dia uma folha de chá caiu na água tornando a mesma muito mais saborosa)
sábado, 24 de fevereiro de 2018
Ao Sábado (78)
Volkswagen - Pode ser traduzido por "carro do povo" e é uma das mais famosas marcas do mundo no sector automóvel. Fundada oficialmente em 1937 com o nome de Gesellschaft zur Vorbereitung des Deutschen Volkswagens mbH (pode ser traduzido como Sociedade para a preparação do carro do povo alemão) significando mbH "com responsabilidade limitada" ( mit beschränkter Haftung) teve o seu início em 1933 quando Adolf Hitler entendeu que deveria ser construído um carro barato mas confiável. O projecto foi entregue a Ferdinand Porsche.
O primeiro logo da marca inspirou-se na imagem da suástica, tendo evoluído ao longo do tempo. Informação adicional
O primeiro logo da marca inspirou-se na imagem da suástica, tendo evoluído ao longo do tempo. Informação adicional
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Disco - Louder Than Bombs
O título foi inspirado na obra "Grand Central Station" (1945) de Elizabeth Smart (1913 - 1986), sendo a capa uma fotografia da escritora Shelagh Delaney (1938 - 2011). Lançado em 1987 consiste numa colectânea de temas dos Smiths, mas ninguém espere uma espécie de "best of" pois vários dos temas foram originalmente "lados b". Encontramos igualmente temas provenientes de "Peel Sessions" e misturas alternativas. Acima de tudo é mais um trabalho para compreender uma das mais importantes bandas britânicas de todos os tempos.
Música - Oscillate Wildly
Smiths, tema originalmente usado como lado b de How Soon Is Now? (1985), um raro tema instrumental da banda
Música - Golden Lights
Um original de Twinkle (1965) tema utilizado pelos Smiths como lado b de Ask (single de 1986)
Os Impostos Por Norma Incidem Sobre Os Alienigenas
O Sr PM afirmou que os novos impostos europeus "não incidem propriamente sobre os portugueses"
Poucochinho
Fernando Negrão é o novo líder parlamentar do PSD: Em 88 votos possíveis obteve 35 (39.7%). 32 boletins ficaram em branco e 21 foram anulados. O PSD em vez de fazer oposição à geringonça resolve fazer oposição a si próprio...
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Filme - Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme
Realizado em 2010 por Oliver Stone é a continuação deste trabalho. Ano de 2001: Após quase 8 anos na prisão Gekko (Michael Douglas) é libertado e tem para oferecer ao mundo um livro sobre as suas experiências por forma a ganhar dinheiro, algo que aparentemente não tem. A sua filha, a qual não lhe fala há anos, (Winnie - Carey Mulligan) é uma activista num blog de esquerda e está noiva de Jake (Shia LeBeouf) uma promessa em Wall Street, cujo principal interesse são as energias renováveis e o qual trabalha para Louis Zabel (Frank Langella) num Banco de Investimento. Uma série de rumores espalhados por um rival de Zabel (Bretton - Josh Brolin) levam o mercado a duvidar da solidez do banco de Zabel e este acaba por se suicidar. Jake procura vingança e vai ter Gekko como seu aliado, pois Gekko considera Bretton o principal responsável pela sua prisão, mas num "mundo cão" muitas aparências não passam disso mesmo, ou seja, aparências...Stone dirige com a competência habitual um filme onde "joga no seu tabuleiro preferido", ou seja, o mundo da (baixa) Economia/ (baixa) Política. Elenco de um trabalho que valeu a Douglas a nomeação ao Globo de Ouro.
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Disco - Wall Street: Money Never Sleeps
Craig Armstrong, David Byrne e Brian Eno assinaram a banda sonora do filme de Oliver Stone, e sem surpresa conseguiram uma sonoridade de "primeira água", a qual, complementa na perfeição o trabalho do realizador nascido em 1946.
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