Outra alucinação que "anda por aí" é comparar a situação de 2004 com a actual.
Em Março de 2002 o PSD venceu as eleições com maioria relativa tendo-se coligado ao CDS, o que permitiu aos 2 partidos ter 119 deputados (105 do PSD e 14 do CDS) garantindo uma maioria absoluta na AR.
Em Junho de 2004 o então PM (Durão Barroso) demitiu-se para ser Presidente da Comissão Europeia. Na altura o então PR (Jorge Sampaio) após ter ouvido "toda a gente" resolveu não convocar eleições e empossar Santana Lopes como PM. Desde o "momento zero" se percebeu que o governo iria durar pouco tempo (não chegou a 8 meses) porque Sampaio tinha a sua "agenda", mas igualmente porque muitos (incluindo vários dirigentes do PSD) entendiam que Santana não tinha sido "eleito PM", ou seja, tinha legitimidade formal (uma maioria na AR) mas não tinha legitimidade política (não tinha sido eleito).
Com António Costa as coisas são diferentes: Poderá obter a legitimidade formal, através de acordos com BE, PCP e eventualmente PAN, mas a sua legitimidade política é muito inferior à de Santana Lopes: Santana chegou a PM sem ter sido eleito, Costa chegará a PM após ter perdido a respectiva eleição, o que faz toda a diferença.
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