Não contem comigo para defensor do actual governo, da mesma forma que não contem comigo para defender a "quadratura do círculo" (um governo PS+PCP+BE), no entanto não deixa de ser extraordinário que seja Mário Soares (a caminho dos 90 anos e com uma saúde física muito longe do auge - o mesmo não se diga da sua saúde mental) a liderar a oposição ao actual "status quo". Seguro, Gerónimo e o "dois em um" bloquista, deveriam estar profundamente envergonhados face ao seu medíocre comportamento. O "velho" Soares a dormir, percebe muito mais de "realpolitik" do que a soma das lideranças socialista, comunista e bloquista, com os olhinhos todos abertos...
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Um Governo, Uma Maioria, Um Presidente Uma Oposição II
Por José Pacheco Pereira
MENSAGEM ENVIADA AO ENCONTRO DA AULA MAGNA
Caro Presidente Mário Soares,
Não podendo estar presente nesta iniciativa, apoio o seu objectivo de contribuir para combater a “inevitabilidade” do empobrecimento em que nos querem colocar, matando a política e as suas escolhas, sem as quais não há democracia. Gostaria no entanto de, por seu intermédio, expressar com mais detalhe a minha posição.
A ideia de que para alguém do PSD, para um social-democrata, lhe caem os parentes na lama por estar aqui, só tem sentido para quem esqueceu, contrariando o que sempre explicitamente, insisto, explicitamente, Sá Carneiro disse: que os sociais democratas em Portugal não são a “direita”. E esqueceu também o que ele sempre repetiu: de que acima do partido e das suas circunstancias, está Portugal.
Não. Os parentes caem na lama é por outras coisas, é por outras companhias, é por outras cumplicidades, é por se renegar o sentido programático, constitutivo de um partido que tem a dignidade humana, o valor do trabalho e a justiça social inscritos na sua génese, a partir de fontes como a doutrina social da Igreja, a tradição reformista da social-democracia europeia e o liberalismo político de homens como Herculano e Garrett. Os que o esquecem, esses é que são as más companhias que arrastam os parentes para a lama da vergonha e da injustiça.
Não me preocupam muito as classificações de direita ou de esquerda, nem sequer os problemas internos de “unidade” que a esquerda possa ter. Não é por isso que apoio esta iniciativa. O acantonamento de grupos, facções ou partidos, debaixo desta ou daquela velha bandeira, não contribui por si só para nos ajudar a sair desta situação. Há gente num e noutro espectro político, preocupada com as mesmas coisas, indignada pelas mesmas injustiças, incomodada pelas desigualdades de sacrifícios, com a mesma cidadania activa e o mesmo sentido de decência que é o que mais falta nos dias de hoje.
A política, a política em nome da cidadania, do bom governo, e da melhoria social, é que é decisiva. O que está a acontecer em Portugal é a conjugação da herança de uma governação desleixada e aventureira, arrogante e despesista, que nos conduziu às portas da bancarrota, com a exploração dos efeitos dessa política para implementar um programa de engenharia cultural, social e política, que faz dos portugueses ratos de laboratório de meia dúzia de ideias feitas que passam por ser ideologia. Tudo isto associado a um desprezo por Portugal e pelos portugueses de carne e osso, que existem e que não encaixam nos paradigmas de “modernidade” lampeira, feita de muita ignorância e incompetência a que acresce um sentimento de impunidade feito de carreiras políticas intra-partidárias, conhecendo todos os favores, trocas, submissões, conspirações e intrigas de que se faz uma carreira profissionalizada num partido político em que tudo se combina e em que tudo assenta no poder interno e no controlo do aparelho partidário.
Durante dois anos, o actual governo usou a oportunidade do memorando para ajustar contas com o passado, como se, desde que acabou o ouro do Brasil, a pátria estivesse à espera dos seus novos salvadores que, em nome do "ajustamento" do défice e da dívida, iriam punir os portugueses pelos seus maus hábitos de terem direitos, salários, empregos, pensões e, acima de tudo, de terem melhorado a sua condição de vida nos últimos anos, à custa do seu trabalho e do seu esforço. O "ajustamento" é apenas o empobrecimento, feito na desigualdade, atingindo somente "os de baixo", poupando a elite político-financeira, atirando milhares para o desemprego entendido como um dano colateral não só inevitável como bem vindo para corrigir o mercado de trabalho, "flexibilizar” a mão de obra, baixar os salários. Para um social-democrata poucas coisas mais ofensivas existem do que esta desvalorização da dignidade do trabalho, tratado como uma culpa e um custo não como uma condição, um direito e um valor.
Vieram para punir os portugueses por aquilo que consideram ser o mau hábito de viver "acima das suas posses", numa arrogância política que agravou consideravelmente a crise que tinham herdado e que deu cabo da vida de centenas de milhares de pessoas, que estão, em 2013, muitas a meio da sua vida, outras no fim, outras no princípio, sem presente e sem futuro.
Para o conseguir desenvolveram um discurso de divisão dos portugueses que é um verdadeiro discurso de guerra civil, inaceitável em democracia, cujos efeitos de envenenamento das relações entre os portugueses permanecerão muito para além desta fátua experiência governativa. Numa altura em que o empobrecimento favorece a inveja e o isolamento social, em que muitos portugueses tem vergonha da vida que estão a ter, em que a perda de sentido colectivo e patriótico leva ao salve-se quem puder, em que se colocam novos contra velhos, empregados contra desempregados, trabalhadores do sector privado contra os funcionários públicos, contribuintes da segurança social contra os reformados e pensionistas, pobres contra remediados, .permitir esta divisão é um crime contra Portugal como comunidade, para a nossa Pátria. Este discurso deixará marcas profundas e estragos que demorarão muito tempo a recompor.
O sentido que dou à minha participação neste encontro é o de apelar à recusa completa de qualquer complacência com este discurso de guerra civil, agindo sem sectarismos, sem tibiezas e sem meias tintas, para que não se rompa a solidariedade com os portugueses que sofrem, que estão a perder quase tudo, para que a democracia, tão fragilizada pela nossa perda de soberania e pela ruptura entre governantes e governados, não corra riscos maiores.
Precisamos de ajudar a restaurar na vida pública, um sentido de decência que nos una e mobilize. Na verdade, não é preciso ir muito longe na escolha de termos, nem complicar os programas, nem intenções. Os portugueses sabem muito bem o que isso significa. A decência basta.
Caro Presidente Mário Soares,
Não podendo estar presente nesta iniciativa, apoio o seu objectivo de contribuir para combater a “inevitabilidade” do empobrecimento em que nos querem colocar, matando a política e as suas escolhas, sem as quais não há democracia. Gostaria no entanto de, por seu intermédio, expressar com mais detalhe a minha posição.
A ideia de que para alguém do PSD, para um social-democrata, lhe caem os parentes na lama por estar aqui, só tem sentido para quem esqueceu, contrariando o que sempre explicitamente, insisto, explicitamente, Sá Carneiro disse: que os sociais democratas em Portugal não são a “direita”. E esqueceu também o que ele sempre repetiu: de que acima do partido e das suas circunstancias, está Portugal.
Não. Os parentes caem na lama é por outras coisas, é por outras companhias, é por outras cumplicidades, é por se renegar o sentido programático, constitutivo de um partido que tem a dignidade humana, o valor do trabalho e a justiça social inscritos na sua génese, a partir de fontes como a doutrina social da Igreja, a tradição reformista da social-democracia europeia e o liberalismo político de homens como Herculano e Garrett. Os que o esquecem, esses é que são as más companhias que arrastam os parentes para a lama da vergonha e da injustiça.
Não me preocupam muito as classificações de direita ou de esquerda, nem sequer os problemas internos de “unidade” que a esquerda possa ter. Não é por isso que apoio esta iniciativa. O acantonamento de grupos, facções ou partidos, debaixo desta ou daquela velha bandeira, não contribui por si só para nos ajudar a sair desta situação. Há gente num e noutro espectro político, preocupada com as mesmas coisas, indignada pelas mesmas injustiças, incomodada pelas desigualdades de sacrifícios, com a mesma cidadania activa e o mesmo sentido de decência que é o que mais falta nos dias de hoje.
A política, a política em nome da cidadania, do bom governo, e da melhoria social, é que é decisiva. O que está a acontecer em Portugal é a conjugação da herança de uma governação desleixada e aventureira, arrogante e despesista, que nos conduziu às portas da bancarrota, com a exploração dos efeitos dessa política para implementar um programa de engenharia cultural, social e política, que faz dos portugueses ratos de laboratório de meia dúzia de ideias feitas que passam por ser ideologia. Tudo isto associado a um desprezo por Portugal e pelos portugueses de carne e osso, que existem e que não encaixam nos paradigmas de “modernidade” lampeira, feita de muita ignorância e incompetência a que acresce um sentimento de impunidade feito de carreiras políticas intra-partidárias, conhecendo todos os favores, trocas, submissões, conspirações e intrigas de que se faz uma carreira profissionalizada num partido político em que tudo se combina e em que tudo assenta no poder interno e no controlo do aparelho partidário.
Durante dois anos, o actual governo usou a oportunidade do memorando para ajustar contas com o passado, como se, desde que acabou o ouro do Brasil, a pátria estivesse à espera dos seus novos salvadores que, em nome do "ajustamento" do défice e da dívida, iriam punir os portugueses pelos seus maus hábitos de terem direitos, salários, empregos, pensões e, acima de tudo, de terem melhorado a sua condição de vida nos últimos anos, à custa do seu trabalho e do seu esforço. O "ajustamento" é apenas o empobrecimento, feito na desigualdade, atingindo somente "os de baixo", poupando a elite político-financeira, atirando milhares para o desemprego entendido como um dano colateral não só inevitável como bem vindo para corrigir o mercado de trabalho, "flexibilizar” a mão de obra, baixar os salários. Para um social-democrata poucas coisas mais ofensivas existem do que esta desvalorização da dignidade do trabalho, tratado como uma culpa e um custo não como uma condição, um direito e um valor.
Vieram para punir os portugueses por aquilo que consideram ser o mau hábito de viver "acima das suas posses", numa arrogância política que agravou consideravelmente a crise que tinham herdado e que deu cabo da vida de centenas de milhares de pessoas, que estão, em 2013, muitas a meio da sua vida, outras no fim, outras no princípio, sem presente e sem futuro.
Para o conseguir desenvolveram um discurso de divisão dos portugueses que é um verdadeiro discurso de guerra civil, inaceitável em democracia, cujos efeitos de envenenamento das relações entre os portugueses permanecerão muito para além desta fátua experiência governativa. Numa altura em que o empobrecimento favorece a inveja e o isolamento social, em que muitos portugueses tem vergonha da vida que estão a ter, em que a perda de sentido colectivo e patriótico leva ao salve-se quem puder, em que se colocam novos contra velhos, empregados contra desempregados, trabalhadores do sector privado contra os funcionários públicos, contribuintes da segurança social contra os reformados e pensionistas, pobres contra remediados, .permitir esta divisão é um crime contra Portugal como comunidade, para a nossa Pátria. Este discurso deixará marcas profundas e estragos que demorarão muito tempo a recompor.
O sentido que dou à minha participação neste encontro é o de apelar à recusa completa de qualquer complacência com este discurso de guerra civil, agindo sem sectarismos, sem tibiezas e sem meias tintas, para que não se rompa a solidariedade com os portugueses que sofrem, que estão a perder quase tudo, para que a democracia, tão fragilizada pela nossa perda de soberania e pela ruptura entre governantes e governados, não corra riscos maiores.
Precisamos de ajudar a restaurar na vida pública, um sentido de decência que nos una e mobilize. Na verdade, não é preciso ir muito longe na escolha de termos, nem complicar os programas, nem intenções. Os portugueses sabem muito bem o que isso significa. A decência basta.
Disco - Once Upon A Time In America
Ennio Morricone (o qual fará 85 anos em Novembro) é um dos compositores mais brilhantes dos séculos XX e XXI. Ao longo da sua carreira arrecadou 1 Oscar honorário, 5 BAFTA, 2 Globos de Ouro, 1 Grammy, num total de quase 50 prémios em cerca de 80 nomeações. Esta banda sonora é um dos bons exemplos da sua enorme qualidade. A desfrutar sem limites.
Filme - Era Uma Vez Na America
O épico de Sergio Leone, cuja versão inicial (nunca lançada comercialmente) dura quase 4 horas e meia foi realizado em 1984 (após 9 anos de avanços e recuos). A versão final apresenta 3h49m e arrecadou vários prémios e nomeações. É uma viagem monumental a uma certa America (ao longo de várias décadas), assente num elenco de luxo, numa banda sonora "do outro mundo", cujo ponto de partida é o livro de 1952 de Harry Grey. Nova Iorque 1920: Noodles (Scott Tiler) e Max (Rusty Jacobs) são dois amigos inseparáveis, os quais juntamente com outros adolescentes praticam pequenos crimes, ao mesmo tempo que Noodles se apaixona por Deborah (Jennifer Connelly). Noodles acaba por ser preso após esfaquear um polícia. Quando volta á liberdade em 1932, Max (James Woods) e o restante grupo estão em plena ascenção no mundo do crime sendo Noodles (Robert de Niro) "reintegrado". Max e Noodles vão aumentando o seu poder e a escalada dos seus crimes (beneficiando fundamentalmente da lei seca e da corrupção a todos os níveis) começando as invejas e as traições entre eles, as quais vão terminar com a morte de todos os elementos do gangue em 1933, excepção feita a Noodles, o qual também perde o coração de Deborah (Elizabeth McGovern) após ter abusado da mesma, o que o vai levar a deixar a sua cidade. Em 1968 Noodles regressa a Nova Iorque, e vai descobrir que não só o passado não está enterrado, como 35 anos depois existem muitos assuntos e feridas em aberto. Leone manipula o tempo narrativo de uma forma inolvidável - a história não segue a cronologia dos acontecimentos, sendo-nos contada com recurso a inúmeros flashbacks e flashforwards - (a espaços é comparável com Hitchcock), num trabalho considerado por muitos como um dos melhores filmes de sempre. Custou 30 milhões de dólares, mas já rendeu quase 180 (!) vezes mais.
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quinta-feira, 30 de maio de 2013
Disco - Abattoir Blues / The Lyre Of Orpheus
Nick Cave descreveu este seu trabalho de 2004 com os Bad Seeds, como um disco sonoramente perfeito, avassalador com "milhões" de instrumentos a tocar ao mesmo tempo. Exagero? De forma alguma, é um trabalho magnífico com duas partes distintas. As 9 canções de Abattoir Blues aproximam-se mais da matriz tradicional do Rock e dos Blues, enquanto que as 8 de The Lyre Of Orpheus são mais calmas e sofisticadas
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Música - Lost Weekend
Lloyd Cole com os Commotions ao vivo em 1985, um original de Easy Pieces desse ano
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Vindo Do Sr Ministro Das Finanças
É capaz de ser o esboço de uma piada, mas na verdade não consigo esboçar um sorriso, especialmente depois disto.
terça-feira, 28 de maio de 2013
O Hábito...
Paulo Portas considerou "politicamente desajeitada" a decisão da UE relativamente á entrega de armas á Síria. O problema é que a UE tem revelado excessiva falta de jeito em demasiadas matérias...
Filme - The Poughkeepsie Tapes
O "truque" não é novo, mas quando bem feito resulta. O género é conhecido como "found footage" e O Projecto Blair Witch é talvez o filme mais famoso nesta categoria. Este filme de John Erick Dowdle (2007) parte do seguinte cenário: Um enorme conjunto de cassetes é descoberto e as mesmas revelam um conjunto de "snuff movies" absolutamente macabros. A partir daqui entra-se no género mockumentary, onde inúmeros personagens (familiares das vitimas, autoridades, médicos, jornalistas, curiosos, etc, etc) vão comentando os acontecimentos, ao mesmo tempo que a visualização de excertos das cassetes (utilizando a fórmula shaky camera) nos demonstram a mentalidade doentia do seu autor. Trabalho nada fácil, mas ninguém espere um filme de terror com litros de sangue, pois a violência narrativa e gráfica é muito mais sugerida do que mostrada. Elenco
Cortar Despesa: Uma Sugestão
Por exemplo não enviar uma carta registada com 2 linhas a convocar um cidadão para algo para que já tinha sido anteriormente convocado, com 13 linhas de ameaças a seguir á convocação...
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Que O Pretenso Estado De Direito
Português não funcione é muito grave. Que o mesmo Estado trate qualquer cidadão como um criminoso potencial é ainda mais grave. Num país normal, há muito que teria colocado o nosso lamentável Estado em tribunal (e exigiria a respectiva compensação não ao povo, mas sim a quem errou) mas infelizmente em Portugal quem erra está quase sempre protegido e pode continuar a errar "ad eternum" beneficiando da protecção "divina"...
A Alemanha Tem De Mudar De Wagner
Artigo de Ferreira Fernandes
Pensando na célebre frase do ministro das Finanças alemão Schäuble ("A União
Europeia é uma coisa simples, 27 países a tentar fugir da austeridade durante 90
minutos, e no fim ganham sempre os alemães"), ontem vi o B. Dortmund-Bayern na
final da Champions. Em ópera eles são bons. No palco de Wembley, neste ano de
bicentenário de Verdi e de Wagner, nenhuma equipa latina e duas alemãs. A Europa
cantada num hectare de relva. Entrou o Dortmund e foi como se ouvíssemos o seu
treinador Jürgen Klopp, com a voz de baixo-barítono do personagem Wotan: "Quando
os poderes audaciosos se enfrentam, eu aconselho a guerra", na ópera A
Valquíria. Abriu-se, pois, com a cavalgada das valquírias, poderosas e sem
cordialidade. Os outros, os do Bayern, são mais conhecidos pela ópera ligeira,
até mesmo música de cabaré, por muito que nos custe imaginar o Ribéry com as
pernas da Marlene Dietrich. São mais jeitosos, quase latinos, como prima-donas.
Mas o Dortmund impôs o seu jogo germânico até aos adversários e no segundo ato
já eram anéis de nibelungo dos dois lados: movimento, drama, vontade. Admirável
de ver (ganda jogo!, gritava o plebeu que há em mim quando desligava a música
clássica). Viva, então, o sistema alemão? Não, empatou todos. Como resolver,
insistir nas cavalgadas? Não, mudar de Wagner: passou-se para a sua ópera O
Holandês Errante, sobre a redenção do amor. No último minuto, o holandês errante
Robben resolveu. Com um toque subtil.
Adenda pessoal: O Bayern chegou ao seu 5º triunfo na Liga dos Campeões, após vitória por 2 a 1 sobre o Dortmund, num magnífico jogo de futebol
domingo, 26 de maio de 2013
Pior Que O Fim De Época do Benfica
Só ouvir José Sócrates (Benfiquista ao que se sabe). Quem o ouve no seu tempo de antena, perdão, no seu comentário, fica a pensar que aterrou noutro planeta: O Sr nunca foi PM, o seu governo não deixou Portugal entregue á Troika, depois de uma sucessão de PEC´S falhados e défices nunca cumpridos. Santa paciência...
F1 2013 VIII
Sem surpresa o fim de semana no Mónaco foi marcado por vários acidentes e incidentes. Nico Rosberg entrou para a história ao ser o 1º piloto filho de um vencedor no Mónaco a repetir a proeza do pai (Keke Rosberg venceu nas ruas do principado em 1983) - ficam alguns dos acidentes
Comentários Para Quê ?
Depois de perdido o Campeonato e a Liga Europa, juntou-se hoje a derrota no final da Taça de Portugal (vitória do Guimarães por 2 a 1)
sábado, 25 de maio de 2013
O Pós Troika
Bem sei que o tema provoca "comichão" a certas almas, mas o facto é que em condições normais, os srs vão-se embora em Junho de 2014. Até lá muita coisa acontecerá, mas convém perceber como é que vamos viver sem ajudas. Evidentemente que Portugal vai ter que se financiar nos mercados, resta saber a que preço e como. Uma coisa parece-me evidente: A vida que existia dificilmente regressará e se não tivermos juízo a Troika regressará em menos de nada. É bom lembrar que em cerca de 35 anos é a 3ª vez que Portugal está sob assistência externa...
Filme - O Delator
Costuma-se dizer que certas vidas davam um livro, a de Mark Whitacre deu um livro (Kurt Einchenwald) e este filme de Steven Soderbergh (2009). Mark (Matt Damon) é um bioquímico com uma carreira ascendente na ADM, com uma vida desafogada e com um casamento de sucesso (Ginger - Melanie Lynskey) o qual resolve inesperadamente colaborar com o FBI no sentido de demonstrar que a sua empresa carteliza o mercado. O agente Sheppard (Scott Bakula) coordena as operações e tudo parece correr bem, até ao momento em que começa a perceber que Mark "corre em pista própria" misturando realidade e ficção em todos os aspectos da sua vida, pensando apenas em si. Elenco de um trabalho inteligente, onde Soderbergh se move com enorme eficácia. A banda sonora de Marvin Hamlisch e a actuação de Damon foram nomeadas aos Globos de Ouro.
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sexta-feira, 24 de maio de 2013
Música - Shake Your Foundations
AC DC. O tema foi utilizado (numa versão remisturada) no filme Potência Máxima de Stephen King.
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Disco - Fly On The Wall
Insectos dípteros na parede? Não, apenas e só o 10º disco de originais para os Australianos AC DC, o qual foi publicado em 1985. Não é um dos seus trabalhos mais famosos, assim como não é um dos seus trabalhos mais "amados", assim como também não é um dos seus melhores trabalhos, mas o seu ADN é inquestionável. Quase 3 décadas após o seu lançamento merece visita atenta
Nestum II
A versão Amêndoas e Mel não é comparável á versão figos, mas também podia regressar (e pela mesma pagaria mais do que pela versão Bolacha Maria...)
Um Momento Muito Infeliz
Ninguém é obrigado a gostar do actual PR, mas Miguel Sousa Tavares excedeu-se (o próprio já o reconheceu). Defendo a crítica a quem quer que seja (do PR ao "zé da esquina"), agora o insulto gratuito não é crítica, é apenas algo de lamentável. Bem sei que muita gente não suporta (nunca suportou nem nunca suportará) Cavaco e entende que o mesmo não deveria ser PR, mas que eu saiba, Cavaco foi eleito tal como os seus antecessores (Eanes, Soares e Sampaio) e é desejável que o mesmo aconteça com os seus sucessores. A democracia é uma chatice para alguns? Temos pena...
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Música - Rockin`in The Free World
Satriani, Vai e Malmsteen, um original de Neil Young (Freedom de 1989)
Disco: G3: Rockin' in the Free World
Três guitarristas de excepção (Joe Satriani, Yngwie Malmsteen e Steve Vai) juntaram-se em 2003 no The Uptown Theater no Kansas, tendo a sua (genial e original) colaboração sido lançada em disco no ano seguinte. Dividido em 4 partes, apresenta nas três primeiras partes cada um dos guitarristas a solo e na 4ª e última a sua fusão. Excelente...
Nestum Figos
Pelos vistos não sou o único com saudades (existe uma espécie de petição no Facebook e é dar uma voltinha pela Net para encontrar muita gente como eu). Garanto que apesar da crise estou disponível para pagar muito mais pelo Nestum figos do que pelo Nestum Bolacha Maria
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Disco - Carmina Burana
Ray Manzarek em 1983. Uma leitura muito peculiar do clássico de Carl Orff. Manzarek o qual contou com a co-produção de Philip Glass, substituiu a orquestra por uma banda de "electric jazz-rock", ficando os teclados (evidentemente) a cargo do ex-Doors. Um trabalho (no mínimo) surpreendente
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terça-feira, 21 de maio de 2013
O Ano Das Mamas
Artigo de Joel Neto
Deixem-me colocar a questão como ela deve ser colocada. Quem já tenha manuseado (digamos assim) umas mamas de silicone sabe que umas mamas de silicone até podem ficar bem na fotografia, mas não resistem a mais nenhum sentido para além da visão. Cheiram de maneira diferente, sabem de maneira diferente, reagem de maneira diferente ao toque - caramba, como reagem de maneira diferente ao toque... - e até produziriam sons diferentes, caso fossem instadas a produzir sons. Pois é sob esse signo que vai agora viver a TV portuguesa: o do silicone. Naturalmente, Splash! (SIC) vai trazer-nos tipos musculados, alguns cromos, casos de vida e até o habitual híbrido picaresco. Mas é de silicone que o programa viverá - e o que mo demonstrou foram as reações dos telespectadores aos Globos de Ouro de domingo.Postos perante o desfile de bustos, de facto a tendência da estação, portugueses e portuguesas (mas principalmente portuguesas, o que faz toda a diferença) de todas as origens correram para o Facebook: "Credo, as mamas da Carolina Patrocínio!", "Há algo errado com as mamas da Rita Andrade...", "As mamas da Bárbara não cresceram de repente?!"Pois lá estarão, a partir de domingo, Rita e Carolina, Merche Romero e Raquel Strada, Liliana Aguiar e Sónia Brazão, Filipa de Castro e Filipa Gonçalves - todas apresentando o seu produto. E talvez seja bom começarmos já a explicar aos nossos filhos, que as vão cobiçar, e sobretudo às nossas filhas, que vão pedir umas iguais: as mamas de silicone cheiram de maneira diferente, sabem de maneira diferente e reagem de maneira diferente ao toque. Estão a ver aquelas bolinhas de futebol com que íamos brincar para o parque, quando vocês eram crianças?
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Ray Manzarek 1939 - 2013
Recorda-se When The Music´s Over, Doors ao vivo em 1968, um original de Strange Days (1967)
Filme - A Cidade Nas Trevas
Quando o magnata da comunicação Amos Kline (Robert Warwick) morre, o seu filho Walter (Vincent Prize), resolve criar um novo cargo: O de Director Executivo, o qual deverá ser entregue a quem desvendar o criminoso que anda a matar jovens mulheres (Robert - John Drew Barrimore). 3 dos seus executivos (Loving - George Sanders, o qual tem um caso com uma das funcionárias: Mildred - Ida Lupino, Griffith - Thomas Mitchell um homem sério, e Harry - James Craigg, o qual anda "enrolado" com a mulher de Walter - Dorothy - Rhonda Fleming) estão dispostos a tudo para conseguir o lugar. Amos sempre desejou que fosse o jornalista, escritor e Prémio Pulitzer Mobley (Dana Edwards) a ficar com o seu lugar, mas este nunca esteve para aí virado. O seu grande objectivo é conquistar Nancy (Sally Forrest). Foi realizado em 1956 por Fritz Lang (a partir de um trabalho de Charles Einstein) e é um excelente exemplo daquilo que ficou conhecido como "film noir". Elenco
domingo, 19 de maio de 2013
Trabalhar Melhor
Que Portugal tem um problema de produtividade não é novo. Está identificado há
muito e surge em todos os relatórios sobre trabalho no nosso país, que ocupa,
entre os 27 da UE, o 20.º posto desse ranking.
É, por isso, o argumento mais usado sempre que se avançam com reformas
laborais que cortam direitos, e salários, aos trabalhadores. Já em relação ao
tempo de trabalho dos portugueses surgem mais dúvidas. Angela Merkel chegou a
afirmar, no início do nosso programa de resgate, que em Portugal havia
demasiados dias de férias e Durão Barroso, recentemente, teve mesmo de vir a
terreiro sublinhar que os portugueses não eram "malandros". Os números mostram
que, de facto, somos o quinto país com a maior carga horária laboral.
Trabalhar muito não significa trabalhar bem, é verdade. O problema de uma
melhor organização do trabalho, bem como a requalificação (e formação) dos
trabalhadores é essencial para aumentar os níveis de produtividade nacional. E é
aqui que a famigerada reforma do Estado, bem como a estratégia de crescimento
económico e apoio às empresas nacionais privadas, têm de centrar a ação.
Uma racionalização da administração central do Estado, centralizando muitos
serviços e evitando duplicações e desperdícios, bem como o fomento à formação
dos trabalhadores, do público e do privado, devem ser prioridades. Portugal pode
aproveitar as imposições da grave crise que atravessa para, em vez de cortes
cegos, mudar com estratégia. Só assim alterará os rankings que sempre colocaram
os nossos trabalhadores entre os que mais trabalham, mas menos produzem. (Editorial do DN)
sábado, 18 de maio de 2013
Filme - O Bom Alemão
Realizado por Steven Soderbergh em 2006, a partir de um livro de Joseph Kanon, coloca-nos nas vésperas da conferência de Potsdam. Jake Geismer (George Clooney) é um correspondente de guerra americano enviado a Berlin, cujo seu motorista local Tully (Tobey Maguire), tem como namorada uma ex sua (Lena - Cate Blanchett). Quando Tully aparece morto no lado soviético, Jake vai mergulhar num mundo cheio de segredos e intrigas. Realização certeira e "adulta", assente no argumento e nos actores, foi nomeado pela Academia na categoria de Banda Sonora (Thomas Newman).
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sexta-feira, 17 de maio de 2013
Primeiro
O casamento gay, hoje a co-adopção, amanhã a adopção total e no futuro a obrigatoriedade de sermos todos gays... Sou homofóbico? Admito que sim, só tenho pena que muita gente realmente útil não tenha metade do poder do "lobby gay"...
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Filme - A Invenção Da Mentira
Imaginem um mundo igual ao nosso, apenas com uma "pequena" diferença: Os seres humanos são incapazes de mentir (o que não é necessariamente bom...). Um dia Mark (Ricky Gervais) - um homem despedido por ser incompetente - descobre que possui um estranho "dom", ou seja, a possibilidade de dizer coisas que não são verdade...Mark vai utilizar esse "dom" para se tornar rico e famoso, ganhando um estatuto de quase Deus, mas para conquistar a mulher que ama (Anna - Jennifer Garner) vai necessitar de toda a verdade do mundo...Realizado em 2009 por Matthew Robinson é apenas na essência uma comédia romântica.. Elenco
Isto Anda Mesmo Tudo Muito Estranho
Enquanto esperamos pela neve, temos a Nossa Senhora de Fátima invocada a propósito da troika, S. Jorge igualmente invocado por razões económicas, já para não falar no carácter sagrado de certos depósitos bancários...
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Música - The End
Uma versão com mais de 17 minutos (ao vivo em 1970), para este histórico tema dos Doors (um original de 1967)
Os Democratas
Vitor Gaspar impedido de falar. Fosse a história com algum personagem de esquerda e era o fim do mundo...
Maldição ?
O campeonato pode ter sido perdido nos descontos do jogo do Dragão, a Liga Europa foi perdida hoje nos descontos. O Sr Guttmann vive eternamente
terça-feira, 14 de maio de 2013
Filme - A Calúnia
Realizado por Sydney Pollack em 1981 teve 3 nomeações aos Oscares (Actor Principal: Paul Newman, Actriz Secundária: Melinda Dillon e Argumento Original: Kurt Luedtke). Michael Gallagher (Paul Newman) dedica-se ao comércio de bebidas legalmente (ao contrário do seu pai que tinha sido um contrabandista). 6 meses após o desaparecimento de um importante líder sindical, Rosen (Bob Balaban) o agente encarregue da investigação deixa uma jornalista - Megan Carter (Sally Field) aceder a informação sobre o processo. Embora nada exista de concreto contra Michael, Megan vai insinuar a sua culpa. Com a vida destruída e após o suicídio da sua melhor amiga (Teresa - Melinda Dillon) fruto do processo de intenções contra si movido, Michael vai encetar um engenhoso processo por forma a desacreditar Megan, Rosen e o promotor de justiça (Quinn - Don Hood). Elenco de um trabalho onde Pollack desenvolve com mestria um dos seus tema preferidos: A corrupção a todos os níveis
Um Problema (Grave) De Comunicação
O Estado escreveu-me... Em 4 linhas disse o que pretendia da minha pessoa, nas 14 (repito 14) linhas seguintes ameaça-me de uma séria de coisas, com base numa molhada de decretos lei e respectivas alíneas. Qual é o tema? A comparência numa formação do IEFP...
segunda-feira, 13 de maio de 2013
F1 2013 VII
Alonso (com uma ultrapassagem inicial de Mestre), venceu pela 2ª vez este ano e logo em casa. Após 5 corridas: Vettel 89 pts, Räikkönen 85 pts, Alonso 72 pts. Nos construtores Red Bull Racing - Renault 131 pts, Ferrari 117 pts, Lotus - Renault 111 pts.
domingo, 12 de maio de 2013
Livro - O Testamento
A obra de John Grisham já passou algumas vezes por este blog (aqui, aqui, aqui e aqui), e o que me "prende" hoje é o seu livro de 1999. Troy Phelan é um homem extraordináriamente rico, mas não tem qualquer simpatia por nenhuma das suas 3 ex-mulheres e pelos 6 filhos, resolvendo á última da hora atribuir toda a sua fortuna á filha ilegítima Rachel, a qual é uma missionária numa obscura tribo brasileira. Nate (um homem devastado pela bebida, cheio de problemas financeiros e pessoais) é encarregue de descobrir Rachel, ao mesmo tempo que os herdeiros contestam o testamento. Grisham é eximio a contrapor 2 mundos distintos com valores completamente antagónicos, numa visão muito peculiar entre o bem e o mal. A justiça triunfa? Não é linear...
sábado, 11 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Não Sei Se A ideia É Sua, Ou Se Alguém Lha Vendeu
Seja qual for o cenário é completamente irreal e inaplicável. Sendo simpático, afirmo que sendo sua, não tem pés nem cabeça, se a comprou, alguém lhe vendeu "gato por lebre".
Choques Culturais
Em Portugal um fulano abusa de 75 crianças e apanha 12 anos de prisão. Na America e para início de conversa temos uma caução de 8 milhões de dólares. Estamos a falar de matérias muito diferentes? Pois estamos, mas para bom entendedor...
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Música - Garoux Des Larmes
Throwing Muses, originalmente incluido no EP The Fat Skier (1987)
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Música - Tar Kissers
Throwing Muses, um original de Limbo (1996)
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Música - Two Step
Throwing Muses, um original de The Real Ramona (1991)
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Alguém Lhes Perguntou Alguma Coisa ?
Em tempos afirmei que não sei escrever de acordo com o famigerado acordo ortográfico, o qual não tem qualquer validade. Irrita-me que o corrector ortográfico do blog embirre p.ex com "corrector", sublinhando a palavra a vermelho, e quem diz esta palavra, diz inúmeras outras...Seria óptimo (outra palavra com a qual o corrector embirra) que me deixassem escrever á minha maneira...Curiosamente se mandar o dito corrector á m..., a referida palavra não aparece sublinhada a vermelho...
Um Singelo Pedido Aos Srs Da Troika
Hoje por motivos pessoais levantei-me ainda "antes das galinhas", e volto ao assunto para fazer um pedido: "Hora de verão" o ano inteiro...
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Sir Alex Ferguson
Um dos grandes Srs do futebol mundial anunciou que se vai reformar. Bem merece a reforma, mas vai deixar muitas saudades.
O Drama Dos Meninos Stressados
Artigo de Henrique Monteiro
Houve exames do 4º ano do ensino básico, a minha antiga 4ª classe. Foi uma tragédia. Apareceram uns doutores em psicologia e uns especialistas em educação (mas não somos todos especialistas em educação e doutores em psicologia?) a dizer que isso stressava os meninos e os angustiava.
Tremi! Não sei o suficiente para ter uma posição definitiva e fechada sobre a necessidade de haver exames ou sobre as vantagens de eles não existirem. Mas sei o suficiente para saber que as escolas devem preparar as crianças para a vida. E a vida, como sabem os doutores em psicologia e os especialistas em educação, não é stressante, pelo que é uma barbaridade infame mostrar aos alunos com nove anos o que é stresse.
Sinceramente, não quero discutir o valor pedagógico dos exames, repito que não tenho argumentos a favor ou contra. Mas quero dizer que esses especialistas de educação e psicólogos de pacotilha - discípulos da primeira fase de Dr. Spock e seguidores da loucura pedagógica anarquista de Freinet - são uns pândegos. Mas fazem muito mal, muito mal mesmo, à sociedade, arvorando-se de um saber que, longe de ser consensual, só tem eco nos jornais porque agrada à parangona jornalística. Vir alguém dizer: exames não, porque isso stressa os miúdos, é tão idiota que não tem classificação.
Felizmente, ontem assisti um debate sobre educação em Viseu, no âmbito dos 40 anos do Expresso, que me reconciliou com a inteligência. Os ex-ministros Maria de Lurdes Rodrigues e David Justino, além de Fernando Adão da Fonseca, Fernando Sebastião e Teresa Salema, moderados por Francisco Balsemão, souberam afastar este tipo de ruído idiota e debater civilizadamente o essencial: como evoluímos e como devemos continuar a evoluir num caminho cheio de dificuldades, mas que tem tido sucessivamente melhores resultados. E foi contra discursos como os dos pretensos psicólogos e especialistas em educação, bem como contra as palavras de ordem da FENPROF que esse caminho positivo tem sido sempre feito.
Filme - O Lado Selvagem
A partir do livro de 1996 de Jon Krakauer, o qual tem como base a história de Christopher McCandless, Sean Penn realizou este filme em 2007, o qual foi nomeado a 2 Oscares (Actor Secundário: Hal Holbrook e Montagem) entre outros prémios e nomeações. Chris (Emile Hirsch), oriundo de uma família de classe média alta com "esqueletos no armário" (o pai Walt - William Hurt, a mãe Billie - Marcia Gay Harden e a irmã (que narra parte da história) Carine (Jena Malone), após acabar os estudos com boas notas, resolve abandonar tudo e todos e ir viver em comunhão com a natureza, tendo como destino final o Alasca. Uma tremenda viagem ao "eu mais profundo", onde Chris se vai cruzar com um enorme conjunto de pessoas, as quais vão mudar para sempre a sua vida (Rainey - Brian H Dierker, Jan - Catherine Keener, Tracy - Kristen Stewart, Ron - Hal Holbrook, entre outros). Realização notável num daqueles trabalhos que nos deixa a pensar sobre o verdadeiro sentido da vida.
Disco - Into The Wild
Banda sonora do filme de Sean Penn. Créditos para Michael Brook, Kaki King e Eddie Vedder (o qual lançaria um disco a solo com a sua contribuição para o filme). Um trabalho intimista, o qual é um espelho fiel do espirito do filme. Entre outros prémios e nomeações, este disco foi nomeado ao respectivo Globo de Ouro. A canção Guaranteed foi nomeada ao respectivo Grammy, tendo ganho um Globo de Ouro.
terça-feira, 7 de maio de 2013
A Saída Do Euro
O tema começa a fazer o seu caminho. Já escrevi várias vezes que não acredito que o Euro tenha uma vida longa, mas o que está em cima da mesa é a saída a curto prazo de alguns países. Como escreveu Bagão Félix, "um país em estado de penúria como o nosso não pode ter uma moeda forte. Isso ensina-se na primeira aula de economia. Não é sustentável". E como é que se sai ? De duas formas: 1."ás três pancadas", ou seja, vamos embora e não pagamos, e gera-se o caos politico, económico e social, esperando que a "poeira assente" para recomeçar tudo de novo (é um cenário que comporta riscos brutais). 2. A denominada "saída ordeira" (como defende por exemplo João Ferreira do Amaral). Tenho algumas dúvidas que tal seja possível, mas...Se tal acontecer quais são as vantagens ? Portugal recupera a sua soberania sobre a política monetária e cambial enquanto que o ajustamento deixa de estar sujeito a políticas de austeridade. Desvantagens? Numa primeira fase hiperinflação, aumento brutal dos preços (há quem estime que no supermercado a conta possa subir 40%), empobrecimento dos rendimentos do trabalho, aumento do desemprego, aumento da dívida externa, queda do PIB (estudos apontam para mais de 20%), fuga de capitais e instabilidade a todos os níveis. Entendo que sair do Euro "ás três pancadas" é cenário que não se põe, duvido que a "saída ordeira" seja tão linear como alguns defendem, mas defendo que o actual cenário não é sustentável muito mais tempo. Como é que se resolve este imbróglio com a menor dor possível ? É a denominada pergunta para 1 milhão de euros...
Dá Que Pensar
Segundo o ministro espanhol da Agricultura e Ambiente, Miguel Arias Cañete se todos os sete mil milhões de pessoas no mundo tivesse o mesmo tipo de vida do que a população dos EUA (314 milhões) seriam necessários seis planetas para fornecer as suas necessidades. Se fosse o estilo de vida francês (61,5 milhões) seriam necessárias três terras.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Música - Gassenhauer
O original é de Carl Orff, esta é a versão de George Aliceson Tipton, incluída na banda sonora de Badlands.
Filme - Os Noivos Sangrentos
Realizado por Terrence Malick em 1973 é tão genial quanto perturbador...Kit (Martin Sheen) é um lixeiro, o qual se apaixona por uma adolescente (Holly - Sissy Spacek). Perante a recusa do pai (Warren Oates) de Holly em permitir o namoro, Kit assassina-o, perante a complacência de Holly. Daqui para a frente, Holly entra numa espécie de transe (a sua narração da história é absolutamente distante e fria), enquanto Kit mata todos aqueles que se atravessam no seu caminho. É um trabalho absolutamente genial sobre "estados de espirito alterados".
Oskar Lafontaine
Defende que alguns países (Portugal incluído) devem sair do Euro. Uns dias depois da entrada em circulação da nova nota de 5 Euros, convém recordar outras notas...
domingo, 5 de maio de 2013
Disco - Ambient 2: The Plateaux Of Mirror
Projecto a meias entre Brian Eno e Harold Budd (1980). Eno é o "pai" da denominada "ambient music", tendo gravado sonoridades para aeroportos, bandas sonoras imaginárias, centros cívicos, viagens espaciais, etc, etc. Completará 65 anos este ano e é um dos nomes maiores da moderna música popular. Dúvidas? É ouvir este excelente trabalho.
Paulo Portas
Goste-se (ou não) do líder do CDS e actual MNE, Portas é o membro do Governo mais experiente (antes do actual executivo, esteve presente nos executivos de Durão Barroso e Santana Lopes como Ministro de Estado e da Defesa - acumulou os assuntos do mar nos tempos de Santana Lopes). Goste-se (ou não) de Portas, ninguém o acuse de não ser uma das vozes mais sensatas do Governo. Hoje falou "curto e grosso". Já o escrevi e repito: Mais depressa Seguro se alia com Portas (num putativo Governo por si liderado) do que com o PCP e/ou BE.
sábado, 4 de maio de 2013
Música - Gloria
Doors, o original é de Van Morrison (em parceria com os Them, ano de 1964). A banda de Jim Morrison utilizou o tema ao vivo em inúmeras ocasiões
Os Vendedores De Ilusões E Os Respectivos Clientes
François Hollande nunca me enganou (Aqui, aqui, aqui, p.ex), mas a sua eleição foi "embandeirada em arco" pelo chefe do PS luso e não só. Hoje Hollande recebe apenas 25% de aprovação e caso a eleição de 2012 se repetisse, Hollande ficaria em 3º, atrás de Marine Le Pen e Nicolas Sarkozy. Cada um "importe para o cenário interno" o que entender desta história...
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Longo E Frio
Foi assim que Nuno Morais Sarmento descreveu o discurso de hoje do chefe de um Governo que fala demais ao país. 100% de acordo.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
23 Anos Depois
O Benfica regressa a uma final Europeia, naquela que é a sua final número 9 (Champions em 61, 62, 63, 65, 68, 88 e 90 e UEFA em 83). Venceu as 2 primeiras finais e perdeu todas as outras. O Chelsea chega á sua final número 6 (venceu por 4 vezes: Champions em 12, Taça das Taças em 71 e 98, Supertaça Europeia em 98. A única derrota numa final europeia aconteceu na Champions em 08). Em Amsterdão no próximo dia 15, jogar-se-á a final. Na Champions, Bayern Munique e Borussia Dortmund vão-se defrontar em Wembley dia 25 (O Bayern joga a sua 10ª final na competição (venceu 4 vezes), naquela que é a sua 13ª final europeia (conta com 5 títulos). O Dortmund joga a 2ª final na competição (venceu em 97), naquela que é a sua 6ª final europeia (conta com 2 títulos))
quarta-feira, 1 de maio de 2013
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