"Desde 1977, que eu e os militares [responsáveis pela revolução de 1969] entregámos o poder ao povo", disse Kadhafi na comemoração do 34º aniversário da entrega do "poder ao povo".
Perante dezenas de pessoas, presentes na cerimónia, Kadhafi disse que a Líbia "não precisa de presidentes nem reis" e descreveu-se como uma "mera referência, um símbolo".
"Entreguei o poder ao povo e voltei para a minha tenda", afirmou o líder líbio, desafiando "quem quiser" a provar que é ele que exerce o poder na Líbia.
E deixou uma ameaça: "Milhares de líbios irão morrer caso exista uma intervenção dos Estados Unidos ou da NATO" na Líbia.
Ao 16º dia de revolta nas principais cidades líbias, Muamar Kadhafi distancia-se da posição de alvo de todos os protestos: "Ouvi os noticiários mencionarem o meu nome directamente. Ri-me. O que é que isso tem a ver comigo? Eu liderei uma revolução e depois saí. Agora o poder e a autoridade estão nas mãos do povo".
Kadhafi afirmou ainda que não aconteceram manifestações e pediu mesmo à ONU para enviar uma "missão de verificação" ao país.
Ao mesmo tempo que nega os protestos, o líder líbio volta a acusar a Al- Qaeda de ser responsável pelos disúrbios no país e deixou um aviso: "Combateremos até o último homem e a última mulher", afirmou. (Noticia do Sapo).
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O conteudo do discurso fala por si...Os mais distraidos que abram os olhos: Neste cantinho (plantado à beira mar), o que não falta são defensores de modelos de "democracia directa"...
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