sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O Jogo Do Empurra

O tema é o OE 2011. O PS sabe que precisa do PSD (negociar á esquerda é algo que não faz sentido) , o PSD sabe que o PS necessita dele. O "Parto" não se afigura nada fácil e os jogos de bastidores devem ser uma coisa fascinante...Por muito que custe a Sócrates, Coelho está numa situação mais confortável, a ameaça de demissão do PS (1) (dizendo que não governa com o orçamento da oposição ) não é para levar a sério (o eleitorado entenderia essa decisão como um "abandono do barco"). Noutros tempos a não aprovação do OE até nem seria uma muito má notícia (o governo seria obrigado a governar por duodécimos e isso garantiria o não aumento da despesa pública), neste momento uma crise orçamental seguida de uma crise governativa implicaria "escancarar" a "porta entreaberta" ao FMI e isso não interessa a ninguém. Se acho que vai haver acordo? Acho, mas de "feelings" está o inferno cheio...O PR? Já disse (repetidamente) tudo o que podia e devia dizer, resta-lhe (caso necessário) agir (e ninguém duvide que o fará)(2). O discurso de Manuel Alegre? Campanha eleitoral inconsequente...Já agora convém recordar que o futuro PR só poderá convocar eleições antecipadas lá para os meados de 2011.  
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(1)
"Parece-me que decorre do bom senso político que, quando um Governo não tem um Orçamento aprovado, também não tem condições para governar, ainda para mais na actual conjuntura", afirmou José Socrates.
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(2)
O Presidente da Républica vai receber os partidos na próxima semana. "Com vista a uma auscultação acerca da situação política, económica e social do país, o Presidente da República vai receber, na próxima semana e em audiências sucessivas, os representantes dos partidos políticos com assento parlamentar", lê-se numa nota do gabinete de Cavaco.
As audiências vão ter lugar em Belém nos dias 28 e 29, terça e quarta-feira, respectivamente.
Nos últimos dias, o Presidente da República tem sublinhado a necessidade de um entendimento entre o PS e o PSD sobre o Orçamento do Estado. É necessário, segundo o Chefe de Estado, "que ocorra um diálogo" do PS e do Governo "com os diferentes partidos", designadamente o PSD, "tendo em vista a aprovação desse documento tão importante para a nossa economia".


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