O Presidente americano Barack Obama apresentou esta manhã um orçamento recorde de 3,8 milhões de milhões ("trillion") de dólares. Tal como em Portugal, a prioridade é o combate ao défice orçamental, que nesta altura ronda os 7,5%, isto é, 1,3 milhões de milhões de dólares. O plano gigantesco prevê o fim dos benefícios fiscais para os indivíduos com um rendimento anual superior a 250 mil dólares (180 mil euros), benesse aprovada pela administração anterior. Com esta medida, Barack Obama pretende amealhar 678 mil milhões de dólares (487 mil milhões de euros) nos próximos dez anos. Nesse mesmo período, irá reduzir a carga fiscal sobre a classe média em mais de 300 mil milhões de dólares (215 mil milhões de euros). Nos primeiros minutos da conferência de imprensa desta manhã, Barack Obama recordou que quando George W. Bush tomou posse, em Janeiro de 2000, depois de oito anos de presidência Bill Clinton, as contas do Estado apresentavam um excedente de 200 mil milhões de dólares (143 mil milhões de euros). "Quando cheguei encontrei um enorme défice, que se nada for feito chegará aos 8 milhões de milhões de dólares até ao final desta década". A Casa Branca prevê um défice de 3,9% até 2014, cerca de 700 mil milhões de dólares (500 mil milhões de euros). Feito o diagnóstico, o líder americano anunciou que Educação, Energia e Defesa (mais 30 mil milhões de dólares, 21 mil milhões de euros, para as guerras no Afeganistão e Iraque) serão as únicas áreas a receber mais dinheiro em 2011. "O orçamento da Educação terá um incremento de 6%. O objectivo é chegar a 2020, novamente, com os melhores licenciados em todo o mundo. Matemática e Ciências são a prioridade", disse.Empresas que contratarem terão benefícios fiscais, assim como indivíduos que investirem em casas eficientes do ponto de vista energético.Do lado do corte, Barack Obama revelou que nos próximos três anos o investimento público será reduzido ao essencial. "É uma questão de senso comum. Por exemplo, acabámos com um programa de limpeza de minas que custava ao erário 115 milhões de dólares (82 mil milhões de euros) e com alguns projectos de remodelação de escritórios de altos funcionários do estado. São apenas dois exemplos de como podemos cortar no supérfluo". A NASA é outras das vítimas, com o fim do financiamento do programa "Constellation", que previa missões tripuladas à Lua e o desenvolvimento de um novo vaivém espacial. Apesar do ataque inicial ao despesismo da presidência Bush, Barack Obama terminou a apresentação estendendo a mão aos republicanos no Congresso. Prevê-se que, a partir de 2014, o défice possa voltar a aumentar. Para o evitar, a presidência Obama persegue um acordo com os republicanos."Não podemos continuar a fingir,que este défice não terá consequências. Temos de aprender a viver dentro das nossas possibilidades", concluiu Barack Obama. (Artigo do Expresso)
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