Nirvana, Incesticide (1992)
domingo, 28 de fevereiro de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Música - Black Celebration
Depeche Mode ao vivo em 1986, album homónimo desse ano
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Filme - Os Três Dias Do Condor
Realizado em 1975 por Sydney Pollack, a partir de um livro de James Grady, foi nomeado para o Oscar de Montagem. Electrizante do principio ao fim, conta a história de Joseph Turner (Robert Redford), um obscuro funcionário de um obscuro departamento da CIA que um dia descobre que todo o seu departamento foi morto, sendo ele próprio um alvo a abater, sem ter a mínima noção dos porquês...Pollack é igual a si próprio (e isto é um elogio) num filme com (entre outros) Kathy Hale (Faye Dunaway), J. Higgins (Cliff Robertson), G Joubert (Max Von Sydow). A banda sonora de Dave Grusin foi nomeado para um Grammy.
EDP
Infelizmente volto ao assunto. O país está em alerta laranja devido ao mau tempo, e ontem a EDP afirmou que estava montado um plano, para evitar que se repetisse na região oeste o cenário do final de 2009. Na verdade (e são 3 da tarde) as faltas de luz são constantes...Uma empresa que gasta milhões em propaganda (perdão, comunicação...) e que não perdoa a quem não paga, ou se atrasa a pagar, não pode falhar da maneira que falha. Num outro país com regras mais claras, os "srs da luz" tinham que se chegar "á frente" para pagar os prejuizos que provocam, cá é bom que cada um pague a sua factura da luz (se não quizer ficar ás escuras ainda mais vezes)...
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Livro - O Simbolo Perdido
Odiado pela crítica, idolatrado pelos seus milhões de leitores, Dan Brown publicou este livro em 2009. A receita é sempre a mesma: Uma organização mais ou menos "misteriosa" (no caso a Maçonaria), um mistério aparentemente indecifrável (desta vez um misterioso código que pode alterar o destino da humanidade), muitos simbolos para decifrar (os quais o simbologista Robert Langdon vai desvendando), uma "mulher fatal", quase 600 páginas, capitulos curtos e resolução da história no menor tempo possível (menos de 12 horas no caso) e um final quase "anti-climax". Se é grande literatura? Não, se é profundamente viciante? Ninguém duvide. Por muito que custe a muitos, Brown é magistral no campo onde se move. Conta sempre a mesma história? Pois conta, mas (e salve as devidas diferenças) não filmou Hitchcock, sempre a mesma história?...
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Libertar O Estado Do Jugo
Artigo de Henrique Monteiro
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Parece incrível mas é verdade, basta fazer as contas: um técnico superior da Função Pública no topo da carreira levaria mais de 20 anos a ganhar o mesmo que Rui Pedro Soares num ano. É isto normal?
O Estado português tem vindo a ser destruído. Os responsáveis são vários e encontram-se em todos os partidos que nos últimos 20 ou 30 anos passaram pelos governos. A questão não é, pois - e apenas - mudar este Governo, mas mudar a forma como o Governo pode interferir nas empresas privadas e no próprio Estado que tem por missão administrar.
O mais recente caso - referente a Rui Pedro Soares - é um escândalo, mas é apenas mais um, que se torna muito visível pela sua falta de currículo profissional e envolvimento em campanhas políticas. O que faz um homem assim na Comissão Executiva de uma grande empresa? Vá lá, todos sabem, ou pressentem a resposta.
Esse homem ganha, num ano, o que um técnico superior principal da Administração Pública (topo de carreira) leva 20 anos a ganhar. O próprio Presidente da República precisaria de oito anos no cargo - mais de um mandato - para juntar aquela verba...
Isto diz bem da consideração que existe pelo Estado: é chefiado por um homem que vale oito vezes menos do que um administrador da PT sem currículo e os seus quadros não valem sequer um vigésimo...
Por pagar assim, o Estado tem vindo a desertificar-se de competências. E os governos recorrem, cada vez mais - e escandalosamente, note-se -, a privados para desempenhar e ocupar as funções que deveriam ser de agentes do Estado. Só o proverbial desinteresse dos portugueses sobre o que é comum nos leva a aceitar como normal que funções do Estado sejam desempenhadas ou ocupadas por amigos do Governo, como Rui Pedro Soares e não por profissionais com provas dadas na Administração Pública. Um Estado forte e respeitado (e não desrespeitado e grande como o que temos) deve ter no seu seio pessoas capazes de desempenhar todas as funções necessárias, seja a de fazer pareceres e projectos, seja a de representar os interesses do Estado (ou seja, dos cidadãos) numa empresa em que existe uma golden share (que pessoalmente me parece dispensável), seja em administrações de empresas, fundações e institutos públicos.
Ao contrário do que pretendem certas vozes que se dizem de esquerda, não é o liberalismo que destrói o Estado. O que o destrói é esta falperra, esta falta de vergonha, que por todo o lado se vê. Os lugares da Administração Pública assaltados por amigos, os quadros da Função Pública a ganhar mal e certos políticos a beneficiar de tudo isto.
Libertar o Estado deste jugo que lhe é imposto por uma política irresponsável e destruidora do bem comum é imperioso. E não basta mudar de Governo, é necessário mudar o sistema.
O Estado português tem vindo a ser destruído. Os responsáveis são vários e encontram-se em todos os partidos que nos últimos 20 ou 30 anos passaram pelos governos. A questão não é, pois - e apenas - mudar este Governo, mas mudar a forma como o Governo pode interferir nas empresas privadas e no próprio Estado que tem por missão administrar.
O mais recente caso - referente a Rui Pedro Soares - é um escândalo, mas é apenas mais um, que se torna muito visível pela sua falta de currículo profissional e envolvimento em campanhas políticas. O que faz um homem assim na Comissão Executiva de uma grande empresa? Vá lá, todos sabem, ou pressentem a resposta.
Esse homem ganha, num ano, o que um técnico superior principal da Administração Pública (topo de carreira) leva 20 anos a ganhar. O próprio Presidente da República precisaria de oito anos no cargo - mais de um mandato - para juntar aquela verba...
Isto diz bem da consideração que existe pelo Estado: é chefiado por um homem que vale oito vezes menos do que um administrador da PT sem currículo e os seus quadros não valem sequer um vigésimo...
Por pagar assim, o Estado tem vindo a desertificar-se de competências. E os governos recorrem, cada vez mais - e escandalosamente, note-se -, a privados para desempenhar e ocupar as funções que deveriam ser de agentes do Estado. Só o proverbial desinteresse dos portugueses sobre o que é comum nos leva a aceitar como normal que funções do Estado sejam desempenhadas ou ocupadas por amigos do Governo, como Rui Pedro Soares e não por profissionais com provas dadas na Administração Pública. Um Estado forte e respeitado (e não desrespeitado e grande como o que temos) deve ter no seu seio pessoas capazes de desempenhar todas as funções necessárias, seja a de fazer pareceres e projectos, seja a de representar os interesses do Estado (ou seja, dos cidadãos) numa empresa em que existe uma golden share (que pessoalmente me parece dispensável), seja em administrações de empresas, fundações e institutos públicos.
Ao contrário do que pretendem certas vozes que se dizem de esquerda, não é o liberalismo que destrói o Estado. O que o destrói é esta falperra, esta falta de vergonha, que por todo o lado se vê. Os lugares da Administração Pública assaltados por amigos, os quadros da Função Pública a ganhar mal e certos políticos a beneficiar de tudo isto.
Libertar o Estado deste jugo que lhe é imposto por uma política irresponsável e destruidora do bem comum é imperioso. E não basta mudar de Governo, é necessário mudar o sistema.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Música - Angie
Um original dos Rolling Stones, aqui recriado ao vivo em 1992 por Tori Amos
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Música - Circle
Edie Brickell and the New Bohemians, album de 1988 Shooting Rubberbands at the Stars
Propaganda Falsa Paga Com O Nosso Dinheiro
Este cartaz, profusamente distribuído em Lisboa é pago com o nosso dinheiro e é um exemplo mais de como o dinheiro dos contribuintes e dos munícipes lisboetas de há muito tempo é usado para alimentar as chamadas causas “fracturantes” e os grupos radicais que as suportam, na sua maioria ligados ao Bloco de Esquerda. Não é novidade nenhuma mas nunca vi uma discussão sobre os abusos do financiamento público que tivesse em conta esta realidade: o dinheiro dos contribuintes é usado para promover causas políticas em que a maioria não se revê, de organizações cuja contabilidade e accountability desconhece, deturpando a transparência da vida pública . Basta colar a uma organização qualquer o título de que luta contra a “discriminação” ou o “racismo” (o caso do SOS Racismo é outro exemplo de organizações do Bloco de Esquerda financiadas pelo dinheiro dos contribuintes) para se pensar justificado dar-lhes dinheiro público. No caso deste cartaz acresce que estamos a financiar uma mentira. A pergunta do cartaz é uma pura sugestão de falsidade e a resposta que sugere é pura e simplesmente falsa. “Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?” Claro que mudava muita coisa, por boas e más razões, principalmente por más, mas reais. O cartaz no fundo está a dizer-nos, em nome da luta contra os preconceitos à volta da homossexualidade, que esses preconceitos não existem tornando inútil o cartaz. Ama a criança a sua mãe, seja lésbica, amarela, militante da “vida”, punk ou apenas mãe? Certamente que sim, mas não se fazem cartazes sobre os afectos. Existem ou não, o Estado não cura, ou não deve curar de os tornar em propaganda. No resto, a resposta séria tem que ser “muda” e nalguns casos muda muito, e esse é que é o terreno da discriminação. Aliás o cartaz tem implícita outra falsidade no modo de fazer a pergunta: porque não se pergunta “se as tuas mães fossem lésbicas, mudava alguma coisa?”, porque essa seria a situação que justificaria a pergunta. A mãe lésbica vive com uma mulher que na família é o quê senão a outra mãe, mesmo sem o nome nem a biologia? Ou pode viver com o pai, supostamente separado pelas preferências de género da mãe, ou, caso esta seja bissexual, em conúbio carnal, como se dizia? Pode no meio disto tudo nada “mudar” para a criança? Pode, muito excepcionalmente, mas nunca como a regra que o cartaz indicia com falsidade. Esta maneira pouco séria como se tratam questões de grande complexidade afectiva, cultural, social e societal, como se fossem (como são) “causas” de grupos, gera muitos mais problemas do que os que resolve. Mas que nos mintam com o nosso dinheiro para servir agendas radicais cujo alcance permanece obscuro, isso é pouco admissível.
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Artigo de José Pacheco Pereira
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Um Trabalho Notável
A Fundação Francisco Manuel dos Santos, presidida por António Barreto, lançou o Pordata, uma espantosa base de dados sobre "todos nós", desde hoje disponível para consultar quase tudo.
Filme - Agarra-me Se Puderes
Realizado em 2002 por Steven Spielberg, retrata a história do vigarista mais jovem e ambicioso da América. Entre 1964 e 1967 Frank Abagnale Jr (Leonardo Di Caprio) filho de um homem com problemas fiscais (Christopher Walken), foi co-piloto na Pan Am, Chefe da Pediatria num hospital, delegado adjunto do Ministério Público e falsificou cheques no valor de quase 4 milhões de dolares, isto antes de completar 19 anos, fruto da sua invulgar inteligência, mas também de enormes falhas...Carl Hanratty (Tom Hanks) vai ser o elemento do FBI que o vai deter em França. Condenado a 12 anos de isolamento numa prisão de alta segurança, vai ser "reintegrado" por Hanratty na unidade de crimes financeiros do FBI, tornando-se num dos maiores especialistas mundiais em fraudes com cheques, tendo criado muitos dos códigos de segurança utilizados hoje em dia. No elenco encontramos (entre outros) Martin Sheen, Nathalie Baye, Amy Adams. A Academia nomeou Walken na categoria de Actor Secundário e a Banda Sonora de John Williams, num trabalho que recolheu 10 prémios em 28 nomeações.
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No Estado
pelos vistos, qualquer boy sem "ponta por onde se lhe pegue", pode ganhar muitissimo mais do que o PM e o PR...Não me peçam para achar normal a anormalidade...
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Música - Mr Malcontent
Lloyd Cole com os Commotions um original de Mainstream (1987)
Johnny stumbles johnny falls
Under slogans
Off the wall
He sees where's the sense
He says call me mister malcontent
A waste of space and alcohol
Drinking rain and eating soil
And slogans off the wall
Cannot express himself at all
Cut off my nose despite my face
And i will not more longer wait
Or should i laugh or should i cry
Or should i part my hair behind...
...or should i laugh or should i cry
As i become all i despise
Johnny stumbles johnny falls
Under slogans
Off the wall
He sees where's the sense
He says call me mister malcontent
A waste of space and alcohol
Drinking rain and eating soil
And slogans off the wall
Cannot express himself at all
Cut off my nose despite my face
And i will not more longer wait
Or should i laugh or should i cry
Or should i part my hair behind...
...or should i laugh or should i cry
As i become all i despise
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Música - There For Her
Lloyd Cole ao vivo em 1991, um original de Don´t Get Weird On Me Babe desse ano
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Tragédia Na Madeira II
Visitei a ilha nos finais de 2007, e fiquei maravilhado (é ler o que escrevi na altura). O Funchal é uma das cidades mais bonitas que alguma vez visitei. Ver as imagens da devastação, saber que estão confirmados 42 mortos e que esse número pode não ser definitivo, saber que duas pessoas de quem muito gosto lá vivem, saber que os prejuizos são superiores a mil milhões de euros, é algo que me tira o sono. Meter baixa política nesta altura é algo de profundamente ignóbil.
Ingratos Ainda Por Cima
Como é que alguém sem experiência nenhuma de nada, chega á administração de uma grande empresa? Como é que alguém nestas condições fica a ganhar 10,12, 16, 20 vezes (conforme as fontes...) mais que o seu chefe máximo? Como é que alguém a quem saiu a "sorte grande" não o percebe?. Como é possível fazer tanta asneira e comprometer o chefe? É fácil, um cargo desajustado, um ordenado ainda mais desajustado e a sensação de "ter o rei na barriga". Resultado? O que está á vista...
domingo, 21 de fevereiro de 2010
"As Marcas Da Multiculturalidade, Da Lusofonia E De Uma Profunda Mundividência"
Fernando Nobre não tem (por ora...) uma "máquina propagandistica" por detrás de si, quando tiver vão-se perder estas belas frases...
Déjà Vu
Ponto prévio: O percurso profissional de Fernando Nobre é algo que nos deve orgulhar, mas isso não o habilita para ser Presidente da República. Seja ou não uma escolha de Mário Soares -e da fama já não se livra-o efeito pretendido parece óbvio, ou seja, se em 2006 Alegre fez de Nobre, em 2011 Nobre fará de Alegre..., algo que Alegre já percebeu muito bem, tendo mandado o respectivo recado "É um combate dificil, mas a vitória é possível. Não com base na desunião ou numa falsa união de propósitos. Não se confundirmos as questões pessoais com questões politicas. Não se houver quem esteja mais empenhado em patrocinar candidatos contra a minha candidatura do que em derrotar o candidato da vitória. o ressentimento nunca foi um motor para a vitória. É tempo de saber quem quer unir e quem quer dividir. É tempo de saber quem quer ganhar e quem apenas quer ajustar contas e atrapalhar". No meio disto tudo confesso que existe algo que me intriga: Porque é que um monárquico quer ser PR? Salvo as devidas distâncias é como um budista querer ser Papa...
Tragédia Na Madeira
Como me dizia hoje uma familiar minha que vive no Funchal, "uma coisa é ver na televisão, outra é estar aqui".
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Temporal Na Madeira
Estas coisas nunca avisam... O cenário é de devastação, o número de mortos já supera os 30 e a destruição é impressionante. Usar (como alguns já o estão a fazer), uma catástrofe natural como arma de arremesso politica é algo de profundamente abjecto.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Filme - Dia De Treino
Realizado em 2001 por Antoine Fuqua, a partir de um argumento de David Ayer, valeu a Denzel Washington o Oscar de Melhor Actor Principal, e a Ethan Hawke a nomeação na categoria de Melhor Actor Secundário. Jake Hoyt (Hawke) é um jovem policia no departamento de narcóticos de Los Angeles, completamente "puro" que tem como tutor um veterano completamente corrupto, Alonzo Harris (Washington). Realização "musculada", sem espaços para respirar, num policial profundamente competente.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Estou Curioso Quanto Ás Audiências...
José Socrates em Directo ás 8 da noite, Hertha vs Benfica em directo ás 8 e 5 da noite...
Livro - O Estranho Caso Do Cão Morto
Christopher Boone tem 15 anos, é um génio em matemática e ciências, possui uma memória fotográfica, mas detesta o amarelo e o castanho e não suporta que lhe toquem, fruto de sofrer do sindrome de Asperger. Um dia descobre o cão da sua vizinha morto e toda a sua vida vai mudar. Um livro espantoso, visto através dos olhos de um ser humano diferente e excepcional. Foi escrito em 2003 por Mark Haddon
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
A Questão É Saber Para Onde Vai...
"A Portugal Telecom anuncia que Rui Pedro Soares renunciou ao cargo de membro executivo do conselho de administração da PT", lê-se num comunicado emitido na CMVM.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Música - Some Velvet Morning
Primal Scream e Kate Moss em 2003, colectanea Dirty Hits. O tema original é de 1967 e foi composto por Lee Hazlewood
Filme - A Torre Do Inferno
Um dos melhores de sempre na categoria "filmes catástrofe", foi realizado em 1974 por John Guillermin. Arrecadou 3 Oscares (Fotografia - Fred J Koenkamp e Joseph F Biroc - Montagem e Canção Original - We May Never Love Like This Again) e foi nomeado nas categorias de Actor Secundário (Fred Astaire), Direcção Artistica, Banda Sonora, Som e Melhor Filme. Steve McQueen, Fred Astaire, Paul Newman, Faye Dunaway, William Holden, entre outros dão um recital (sempre conduzidos por mão certeira) num trabalho que é o perfeito manual de como não fazer uma obra gigantesca em cima do joelho...Um edificio que deveria ser o "supra sumo" da tecnologia, vai desabar no dia da estreia, devido a um enorme conjunto de erros humanos, todos eles evitáveis. Quem quizer pode ver aqui a versão "em terra" do Titanic.
Liberdade de Expressão.
Sejamos claros nesta matéria: Não nego que existam tentativas de a condicionar (agora como noutros tempos), mas na actual sociedade onde qualquer um pode aceder a (e administrar) ferramentas como o Blogger o Twitter e inúmeras outras, parece-me abusivo falar de "Lápis Azuis". Pessoalmente sinto-me livre para escrever sobre o que muito bem me apetece e nos termos que entendo, e se alguns temas não passam por aqui, é apenas uma questão de honestidade intelectual ("nunca cuspas na mão que te alimenta"). É um facto que eu não passo de um "ilustre desconhecido", sem qualquer ligação a lobbies, facções ou partidos, mas numa sociedade "Orwelliana" isso não me valeria de nada...Gostar ou não de Socrates, Cavaco, Alegre, Soares, Sampaio, Portas, Louçã, Santana, Obama etc, etc é (até prova em contrário) um direito que nunca vi ser posto em causa...Quanto a Boys sedentos de agradar ao chefe é uma praga que não se consegue exterminar, e como no caso da tonteria da providência cautelar, a emenda é pior que o soneto...
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Onde Falta O Estado E Então O Governo Nem Se Fala
Artigo de José Pacheco Pereira
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A CREL, uma das principais vias de acesso a Lisboa, está encerrada há cerca de três semanas depois de um aluimento de terras. O acidente deu-se a 22 de Janeiro e, à data a que escrevo, 9 de Fevereiro, não se sabe ainda quando abrirá. Parece que uma chuvada interrompeu uns trabalhos de remoção de terras e hoje, em Portugal, uma chuvada é “mau tempo” suficiente para parar tudo, segundo a Brisa. Há ainda um qualquer imbróglio jurídico sobre quem é responsável pela remoção e pagamento dos prejuízos, entre o município da Amadora, a Brisa e a empresa dona dos terrenos. Quem já veio com celeridade dizer que não paga “um tostão” pelos prejuízos aos utentes da CREL foi a Brisa. Aqui rapidez e decisão não falta.Eis um retrato do país. Aqui não há Estado a mais, há a menos. Ninguém, a começar pelo governo e o município actua em função do interesse público e usa os instrumentos que tem para por a estrada a funcionar e depois vê-se em tribunal quem paga a conta, verdade seja que só daqui a uma década. O que não pode acontecer é que o país continue a pagar – sim que estas coisas têm um custo elevado para a produtividade do país – a indiferença e a impotência com que se assiste a um aluimento de terras numa das principais vias de acesso a uma região urbana com gravíssimos problemas de trânsito, que fica encerrada semanas e semanas a fio, sem ninguém ser responsável por coisa nenhuma.
Música - The Poet´s Dreams
Parte de An American Prayer de Jim Morrison (Inclui The Movie e Curses, Invocations)
The movie will begin in five moments
The mindless voice announced
All those unseated will await the next show.
We filed slowly, languidly into the hall
The auditorium was vast and silent
As we seated and were darkened, the voice continued.
The program for this evening is not new
You've seen this entertainment through and through
You've seen your birth your life and death
you might recall all of the rest
Did you have a good world when you died?
Enough to base a movie on?
I'm getting out of here
Where are you going?
To the other side of morning
Please don't chase the clouds, pagodas
Her cunt gripped him like a warm, friendly hand.
It's alright, all your friends are here
When can I meet them?
After you've eaten
I'm not hungry
Oh, we meant beaten
Silver stream, silvery scream
Oooooh, impossible concentration.
Curses, Invocations
Weird bate-headed mongrels
I keep expecting one of you to rise
Large buxom obese queen
Garden hogs and cunt veterans
Quaint cabbage saints
Shit hoarders and individualists
Drag strip officials
Tight lipped losers and
Lustful fuck salesman
My militant dandies
All strange orders of monsters
Hot on the tail of the woodvine
We welcome you to our procession
Here come the Comedians
Look at them smile
Watch them dance an Indian mile
Look at them gesture
How aplomb
So to gesture everyone
Words dissemble
Words be quick
Words resemble walking sticks
Plant them they will grow
Watch them waver so
I´ll always be a word man
Better then a bird man
The movie will begin in five moments
The mindless voice announced
All those unseated will await the next show.
We filed slowly, languidly into the hall
The auditorium was vast and silent
As we seated and were darkened, the voice continued.
The program for this evening is not new
You've seen this entertainment through and through
You've seen your birth your life and death
you might recall all of the rest
Did you have a good world when you died?
Enough to base a movie on?
I'm getting out of here
Where are you going?
To the other side of morning
Please don't chase the clouds, pagodas
Her cunt gripped him like a warm, friendly hand.
It's alright, all your friends are here
When can I meet them?
After you've eaten
I'm not hungry
Oh, we meant beaten
Silver stream, silvery scream
Oooooh, impossible concentration.
Curses, Invocations
Weird bate-headed mongrels
I keep expecting one of you to rise
Large buxom obese queen
Garden hogs and cunt veterans
Quaint cabbage saints
Shit hoarders and individualists
Drag strip officials
Tight lipped losers and
Lustful fuck salesman
My militant dandies
All strange orders of monsters
Hot on the tail of the woodvine
We welcome you to our procession
Here come the Comedians
Look at them smile
Watch them dance an Indian mile
Look at them gesture
How aplomb
So to gesture everyone
Words dissemble
Words be quick
Words resemble walking sticks
Plant them they will grow
Watch them waver so
I´ll always be a word man
Better then a bird man
Livro - A Tragédia Da Rua Das Flores
Escrito entre 1877 e 1878, foi apenas publicado em 1980. Genoveva é uma mulher da vida, com um feitio intragável e possuidora de uma estranha beleza. Vítor é um jovem romântico e sentimental, herdeiro do seu tio Timóteo, um homem puritano e rígido, e que se acha no direito de escolher a mulher do seu único herdeiro. Quando Vitor se envolve com Genoveva, Timóteo vai descobrir a terrível verdade...É possivelmente o livro mais "duro" de Eça (quer pelo tema que aborda -o incesto- quer pela extrema "crueza" da escrita). Excelente
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sábado, 13 de fevereiro de 2010
Praia De Madrid É Discutível, Agora Praça De Touros...
Depois dos "famosos" cornos do ex-Ministro Manuel Pinho, temos Henrique Granadeiro (Presidente não executivo da Portugal Telecom) "encornado"
Música - Stories For Boys
U2, um original de Boy (1980)
There's a place I go
And I am far away
There's a TV show
And I can grow
Sometimes the hero takes me
Sometimes I don't let go
Hello hello
There's a picture book
With colored photographs
There's a comic strip
That makes me laugh
Sometimes the lady takes me
Sometimes I don't let go
Hello hello
Stories for boys...stories for boys
Stories for boys...stories for boys
Stories for boys...
There's a place I go
And it's a part of me
There's a radio
And I will crawl
Sometimes the hero takes me
Sometimes I can't let go
Hello hello
Stories for boys...
There's a place I go
And I am far away
There's a TV show
And I can grow
Sometimes the hero takes me
Sometimes I don't let go
Hello hello
There's a picture book
With colored photographs
There's a comic strip
That makes me laugh
Sometimes the lady takes me
Sometimes I don't let go
Hello hello
Stories for boys...stories for boys
Stories for boys...stories for boys
Stories for boys...
There's a place I go
And it's a part of me
There's a radio
And I will crawl
Sometimes the hero takes me
Sometimes I can't let go
Hello hello
Stories for boys...
Um Boy Em Dia Não
Independentemente do que se pense disto, Rui Pedro Soares tornou-se figura mediática pelas piores razões. A providência cautelar que interpôs para evitar a saída do Sol ontem (a qual o jornal ignorou), produziu exactamente o efeito que qualquer comum mortal esperaria, o qual em gíria popular se designa por "mais uma acha para a fogueira". Resta saber se Rui Pedro Soares agiu sozinho, ou se foi apenas um "testa de ferro". Seja qual for o cenário, fazer pior era (quase) impossível...
Música - Boys Don´t Cry
Cure ao vivo em 2004, um original de 1980
I would say I'm sorry
If I thought that it would change your mind
But I know that this time
I've said too much
Been too unkind
I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try and
Laugh about it
Hiding the tears in my eyes
'cause boys don't cry
Boys don't cry
I would break down at your feet
And beg forgiveness
Plead with you
But I know that
It's too late
And now there's nothing I can do
So I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try to
laugh about it
Hiding the tears in my eyes
'cause boys don't cry
I would tell you
That I loved you
If I thought that you would stay
But I know that it's no use
That you've already
Gone away
Misjudged your limits
Pushed you too far
Took you for granted
I thought that you needed me more
Now I would do most anything
To get you back by my side
But I just
Keep on laughing
Hiding the tears in my eyes
'cause boys don't cry
Boys don't cry
Boys don't cry
I would say I'm sorry
If I thought that it would change your mind
But I know that this time
I've said too much
Been too unkind
I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try and
Laugh about it
Hiding the tears in my eyes
'cause boys don't cry
Boys don't cry
I would break down at your feet
And beg forgiveness
Plead with you
But I know that
It's too late
And now there's nothing I can do
So I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try to
laugh about it
Hiding the tears in my eyes
'cause boys don't cry
I would tell you
That I loved you
If I thought that you would stay
But I know that it's no use
That you've already
Gone away
Misjudged your limits
Pushed you too far
Took you for granted
I thought that you needed me more
Now I would do most anything
To get you back by my side
But I just
Keep on laughing
Hiding the tears in my eyes
'cause boys don't cry
Boys don't cry
Boys don't cry
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Disco - ...If I Die, I Die
Não Há Fome...
Pedro Passos Coelho, Paulo Rangel e Aguiar Branco são (por ora) os candidatos á sucessão de Manuela Ferreira Leite.
2 Noticias De Hoje. Olhe-se Para Um Crime E Para O Outro E Depois Olhe-se Para As Respectivas Penas...
O tribunal de São João Novo, Porto, condenou hoje a sete anos de cadeia um jovem que já cumprira internamento tutelar por deixar um farmacêutico paraplégico, considerando provado o seu envolvimento em 15 novos crimes (sete crimes de roubo agravado, quatro de sequestro, um de detenção de arma proibida e três de condução sem carta)
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O tribunal de Matosinhos condenou hoje a seis anos de prisão efetiva um dos responsáveis pelo assalto ao restaurante «Brasinha», em março de 2009 em plena hora de jantar, e de onde foram levados 4.500 euros
O tribunal de Matosinhos condenou hoje a seis anos de prisão efetiva um dos responsáveis pelo assalto ao restaurante «Brasinha», em março de 2009 em plena hora de jantar, e de onde foram levados 4.500 euros
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Filme - House Of 9
Realizado em 2005 por Steven R Monroe, parte de uma situação que não é nova: 9 pessoas (Um policia, um padre, um compositor fracassado e a esposa, um estilista, uma ex-tenista, uma bailarina, um candidato a cantor e uma criminosa em liberdade condicional) são raptados e aprisionados numa casa inexpugnável. Uma voz comunica-lhes que apenas um sobreviverá, e como vencedor terá um prémio de 5 milhões de euros...Mais sangue, menos sangue, mais maneirismos, menos maneirismos (narrativos e de camara) a questão não é perceber motivos, é perceber como é que tudo acaba, e no caso concreto temos um eficiente não-fim...Se é um grande filme? Não. Se cumpre os seus propósitos? Totalmente, e por vezes não é preciso rigorosamente mais nada...
Música - Soma
Smashing Pumpkins, album de 1993 Siamese Dream, na sua versão original e ao vivo em 2008
Nothing left to say
And all I've left to do
Is run away
from you
And she led me on
down
With secrets I can't keep
close your eyes and sleep
Don't wait up for me
Hush now don't you speak
to me.
Wrapped my hurt in you
And took my shelter in that pain
The opiate of blame is your broken heart
your heart
So Now
I'm all by myself
As I've always felt
And i'll betray my tears to anyone
caught in our ruse of fools.
One last kiss for me, yeah
One last kiss goodnight
Didn't wanna lose you once again
Didn't wanna be your friend
Fulfill the promise made of tin
and crawled back to you
I'm all by myself as I've always felt
and I'll betray myself to anyone
lost in anyone but you
So let the saddness come again
On that you can depend on me, yeah
Until the bitter, bitter end of the world, yeah
when god sleeps in bliss
I'm all by myself as I've always felt
And I'll betray myself
To Anyone
Nothing left to say
And all I've left to do
Is run away
from you
And she led me on
down
With secrets I can't keep
close your eyes and sleep
Don't wait up for me
Hush now don't you speak
to me.
Wrapped my hurt in you
And took my shelter in that pain
The opiate of blame is your broken heart
your heart
So Now
I'm all by myself
As I've always felt
And i'll betray my tears to anyone
caught in our ruse of fools.
One last kiss for me, yeah
One last kiss goodnight
Didn't wanna lose you once again
Didn't wanna be your friend
Fulfill the promise made of tin
and crawled back to you
I'm all by myself as I've always felt
and I'll betray myself to anyone
lost in anyone but you
So let the saddness come again
On that you can depend on me, yeah
Until the bitter, bitter end of the world, yeah
when god sleeps in bliss
I'm all by myself as I've always felt
And I'll betray myself
To Anyone
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
O Elogio Da Mediocridade
Foi isso que Carlos Carvalhal (treinador do Sporting) fez hoje após a 4ª derrota consecutiva do seu clube (1 a 4 com o Benfica, depois de 1 a 2 com a Académica, 2 a 5 com o Porto e 0 a 1 com o Braga). Carvalhal não é seguramente nem o único, nem o principal responsável pelo paupérrimo Sporting desta época, agora aquele discurso...Alguém o imagina no Porto ou no Benfica (para não irmos mais longe) ?
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
O Argumento
baseado em "os outros também fizeram", para justificar as nossas falhas é um expediente que se pode tolerar a um pobre de espírito, nunca a mentes supostamente superiores...
domingo, 7 de fevereiro de 2010
O Facto Consumado
Artigo de José Pacheco Pereira
.
Manuel Alegre colocou o PS perante um facto consumado e no PS, em particular, a José Sócrates e a sua direcção. A única coisa que joga a favor da complacência de Sócrates e do PS com a atitude de Manuel Alegre é o convencimento de que só muito dificilmente haverá um candidato que possa ganhar a Cavaco Silva e, se é para perder, mais vale que seja Manuel Alegre do que qualquer candidato escolhido pela direcção.Alegre repete uma constante de várias eleições presidenciais. Parece, à partida, muito prometedor, até pelas simpatias da intelligentsia de esquerda e dos órgãos de comunicação, que lhe abrem um “espaço” simpático, mas depois falha nos votos como, se se parasse para pensar, se perceberia. Foi o caso da candidatura de Otelo e mais tarde da de Pintasilgo, as duas desenvolvendo-se com o mesmo padrão, muita esperança inicial, escassos resultados finais. A esquerda radical atira-se logo com entusiasmo ao candidato porque estas personagens abrem-lhe um terreno para o crescimento e porque há uma componente messiânica na sua mensagem. Foi assim que cresceram os GDUPs à volta de Otelo e o “pintasilguismo” saiu das reuniões confidenciais de senhoras para o “aprofundamento da democracia”, que mobilizou muitos esquerdistas agora no PS como foi o caso de Alberto Martins. Depois foi a desilusão.E a desilusão teria que ser, porque, por muito iludidos que estejam estes sectores e por muito radicalismo que ande por aí à solta e que encontrou no Bloco de Esquerda o seu tribuno parlamentar, a maioria dos portugueses costuma ter a sensatez de perceber que a retórica anticapitalista conduz à irresponsabilidade governativa, ao experimentalismo e ao desastre económico. As posições de Manuel Alegre, e é suposto que continue a defendê-las e não se subjugue ao pragmatismo tecnocrático de Sócrates, são irrealistas e confusas, muitas vezes demagógicas. E ele ofereceu-nos um ano de exposição pública para as percebermos melhor. A partir de agora, Alegre será perguntado, presume-se, sobre o que faria como presidente, diante deste orçamento, dianea da gigantesca dívida, diante do desemprego, diante da situação de crise económica crescente. Não custa imaginar o que dirá, mas não haverá voz tronitruante que não permita aos portugueses perceber que a “economia política” que se retira do seu discurso agravaria todos os factores de crise à solta na vida portuguesa
.
Manuel Alegre colocou o PS perante um facto consumado e no PS, em particular, a José Sócrates e a sua direcção. A única coisa que joga a favor da complacência de Sócrates e do PS com a atitude de Manuel Alegre é o convencimento de que só muito dificilmente haverá um candidato que possa ganhar a Cavaco Silva e, se é para perder, mais vale que seja Manuel Alegre do que qualquer candidato escolhido pela direcção.Alegre repete uma constante de várias eleições presidenciais. Parece, à partida, muito prometedor, até pelas simpatias da intelligentsia de esquerda e dos órgãos de comunicação, que lhe abrem um “espaço” simpático, mas depois falha nos votos como, se se parasse para pensar, se perceberia. Foi o caso da candidatura de Otelo e mais tarde da de Pintasilgo, as duas desenvolvendo-se com o mesmo padrão, muita esperança inicial, escassos resultados finais. A esquerda radical atira-se logo com entusiasmo ao candidato porque estas personagens abrem-lhe um terreno para o crescimento e porque há uma componente messiânica na sua mensagem. Foi assim que cresceram os GDUPs à volta de Otelo e o “pintasilguismo” saiu das reuniões confidenciais de senhoras para o “aprofundamento da democracia”, que mobilizou muitos esquerdistas agora no PS como foi o caso de Alberto Martins. Depois foi a desilusão.E a desilusão teria que ser, porque, por muito iludidos que estejam estes sectores e por muito radicalismo que ande por aí à solta e que encontrou no Bloco de Esquerda o seu tribuno parlamentar, a maioria dos portugueses costuma ter a sensatez de perceber que a retórica anticapitalista conduz à irresponsabilidade governativa, ao experimentalismo e ao desastre económico. As posições de Manuel Alegre, e é suposto que continue a defendê-las e não se subjugue ao pragmatismo tecnocrático de Sócrates, são irrealistas e confusas, muitas vezes demagógicas. E ele ofereceu-nos um ano de exposição pública para as percebermos melhor. A partir de agora, Alegre será perguntado, presume-se, sobre o que faria como presidente, diante deste orçamento, dianea da gigantesca dívida, diante do desemprego, diante da situação de crise económica crescente. Não custa imaginar o que dirá, mas não haverá voz tronitruante que não permita aos portugueses perceber que a “economia política” que se retira do seu discurso agravaria todos os factores de crise à solta na vida portuguesa
Música - Luna
Smashing Pumpkins ao vivo em 1992, um original de Siamese Dream
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sábado, 6 de fevereiro de 2010
Deve Ser Muito Dificil de Perceber Para Certas Cabecinhas Iluminadas
Que aquilo que um PM (ou qualquer outra PEP) diz num local público em voz alta, é tudo menos uma conversa privada.
Pois
Artigo de Rodrigo Moita de Deus
.
.
Há quem esteja preocupado com a legitimidade das escutas. Há quem esteja preocupado com a divulgação das escutas. E há ainda quem esteja preocupado com a qualidade do jornalismo que publica as escutas. Há tudo isso. E pouca gente preocupada com o que foi escutado.
Filme - Um Mundo Perfeito
America 1963, Butch Haynes (Kevin Costner) e o seu companheiro Terry Pugh (Keith Szarabajka) fogem da prisão, sendo perseguidos pelo Ranger Red Garnet (Clint Eastwood), com o apoio da criminologista Sally Gerber (Laura Dern). Pelo caminho Butch toma como refém Phillip Perry (T J Lowther), um menino de 7 anos, e entre ambos vai-se estabelecer uma estranha e complexa relação de amizade e de cumplicidade...Realizado em 1993 por Clint Eastwood é o anti "politicamente correcto", num trabalho exemplar sobre afectos.
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Os Mesmos
Que não hesitam em criticar Cavaco por raramente convocar o Conselho de Estado, são os mesmos que não hesitaram em criticar o Presidente por o ter convocado ontem. Já perceberam o motivo da reunião, ou é preciso fazer um desenho?...
Podemos Vestir O Fatinho Das Eleições...
Nunca tinha visto um Ministro das Finanças a preparar em conferência de imprensa a eminente demissão do governo (mas para tudo existe sempre uma primeira vez...). Teixeira dos Santos oficiosamente já "bateu com a porta" e "cheira-me " que "quem vier atrás que feche a luz"...E diga-se em abono da verdade que não invejo o "Sr que se segue", uma taxa de desemprego de 2 dígitos, um défice lá perto, e uma economia que, olhe-se por onde se olhe, está nos "cuidados intensivos"...O Governo ainda está em funções? Está; Vai-se Demitir? Vai...
Música - Tu Disseste
Mão Morta, album de 2002 Primavera de Destroços
Tu disseste "quero saborear o infinito"
Eu disse "a frescura das maçãs matinais revela-nos
segredos insondáveis"
Tu disseste "sentir a aragem que balança os
dependurados"
Eu disse "é o medo o que nos vem acariciar"
Tu disseste "eu também já tive medo. muito medo.
recusava-me a abrir a janela, a transpôr o limiar da
porta"
Eu disse "acabamos a gostar do medo, do arrepio que
nos suspende a fala"
Tu disseste "um dia fiquei sem nada. um mundo inteiro
por descobrir"
Eu disse "..."
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
Tu disseste "agora procuro o desígnio da vida. às
vezes penso encontrá-lo num bater de asas, num
murmúrio trazido pelo vento, no piscar de um néon.
escrevo páginas e páginas a tentar formalizá-lo.
depois queimo tudo e prossigo a minha busca"
Eu disse "eu não faço nada. fico horas a olhar para
uma mancha na parede"
Tu disseste "e nunca sentiste a mancha a alastrar, as
suas formas num palpitar quase imperceptível?"
Eu disse "não. a mancha continua no mesmo sítio, eu
continuo a olhar para ela e não se passa nada"
Tu disseste "e no entanto a mancha alastra e toma
conta de ti. liberta-te do corpo. tu é que não vês"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
Tu disseste "quero saborear o infinito"
Eu disse "a frescura das maçãs matinais revela-nos
segredos insondáveis"
Tu disseste "sentir a aragem que balança os
dependurados"
Eu disse "é o medo o que nos vem acariciar"
Tu disseste "eu também já tive medo. muito medo.
recusava-me a abrir a janela, a transpôr o limiar da
porta"
Eu disse "acabamos a gostar do medo, do arrepio que
nos suspende a fala"
Tu disseste "um dia fiquei sem nada. um mundo inteiro
por descobrir"
Eu disse "..."
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
Tu disseste "agora procuro o desígnio da vida. às
vezes penso encontrá-lo num bater de asas, num
murmúrio trazido pelo vento, no piscar de um néon.
escrevo páginas e páginas a tentar formalizá-lo.
depois queimo tudo e prossigo a minha busca"
Eu disse "eu não faço nada. fico horas a olhar para
uma mancha na parede"
Tu disseste "e nunca sentiste a mancha a alastrar, as
suas formas num palpitar quase imperceptível?"
Eu disse "não. a mancha continua no mesmo sítio, eu
continuo a olhar para ela e não se passa nada"
Tu disseste "e no entanto a mancha alastra e toma
conta de ti. liberta-te do corpo. tu é que não vês"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Música - Stumble Then Rise On Some Awkward Morning
A Silver Mt. Zion, album de 2000 He Has Left Us Alone But Shafts of Light Sometimes Grace the Corner of Our Rooms…
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Um Dos Países (Á Parte) Do Nosso País
Portugal foi o terceiro país europeu que mais dinheiro gastou em transferências de futebolistas durante a reabertura de mercado (23,9 milhões de Euros), atrás de Itália (51 milhões) e Inglaterra (38,7 milhões).
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
A Psicologia Do Poder (A "Pedido", Em Português) - ABSOLUTamente
As notícias sobre políticos que têm relações extraconjugais, ao mesmo tempo que lamentam o desaparecimento dos valores da família ou que utilizam dinheiros públicos para obterem lucros privados - apesar de condenarem os gastos do Governo -, tornaram-se tão vulgares nos últimos anos que já deixaram de nos surpreender. Ironicamente, pelo menos a relação entre poder e hipocrisia tornou-se evidente.
No entanto, a ironia não tem base científica. E, mesmo que corresponda à verdade, não devemos esquecer que não responde à questão de saber se, como reza a máxima de Lorde Acton, o poder tende a corromper ou se apenas atrai os corruptíveis. Para aprofundar esta questão, Joris Lammers, da Universidade de Tilburg, na Holanda, e Adam Galinsky, da Northwestern University, no Illinois, levaram a cabo uma série de experiências, através das quais tentaram induzir estados de claro poder e de impotência no espírito de um grupo de voluntários. Depois disto, testaram a flexibilidade moral dos mesmos voluntários, como relatam na "Psychological Science". Descobriram que Lorde Acton tinha razão.
No primeiro estudo que realizaram, os drs. Lammers e Galinsky pediram a 61 estudantes universitários que escrevessem sobre um momento do seu passado em que tivessem estado numa situação de poder, grande ou reduzido. Investigações anteriores tinham determinado que esta fórmula era eficaz para 'treinar' pessoas para se sentirem como se estivessem nessa situação. Cada grupo (grande poder e poder reduzido) foi depois dividido em dois novos grupos. A metade foi pedido que, numa escala moral de nove pontos (em que 1 correspondia a altamente imoral e 9 a altamente moral), classificasse quão censurável seria alguém apresentar no emprego despesas de viagem acima das reais. A outra metade foi convidada a participar num jogo de dados.
Os jogadores deviam lançar dois dados com dez faces (um para as dezenas, outro para as unidades), na privacidade de um cubículo fechado, e comunicar os resultados a um assistente de laboratório. O número que lhes saísse, e que teria um valor entre 1 e 100 (dois zeros), iria determinar o número de bilhetes que lhes seriam atribuídos para uma pequena lotaria, a realizar no final do estudo.
No caso das despesas de viagem - em que a questão se centrava do comportamento de terceiros -, os membros do grupo de grande poder classificaram-na em média com 5,8 na escala de 9 pontos. Os membros do grupo com pouco poder atribuíram-lhe 7,2 pontos. Por outras palavras, os poderosos proclamaram ser a favor da moralidade. No jogo de dados, contudo, os membros do grupo com muito poder indicaram, em média, ter tirado 70, enquanto os indivíduos com fraco poder indicaram, em média, 59. Embora os indivíduos do grupo de poder reduzido possam ter feito uma pequena batota (a média previsível dos resultados seria 50), os voluntários com grande poder estavam indiscutivelmente a fazer batota - talvez levando demasiado à letra a expressão "jogador de alto nível".
No seu conjunto, estes resultados indicam de facto que o poder tende a corromper e a incentivar uma tendência hipócrita para exigir aos outros um comportamento mais rigoroso do que o do próprio. No entanto, no intuito de testar mais aprofundadamente esta conclusão, os drs. Lammers e Galinsky compararam de forma explícita a atitude para com o próprio e para com os outros, quando a actividade moralmente reprovável era a mesma nos dois casos. Mais uma vez, formaram dois grupos de participantes: um de grande poder e outro de poder reduzido. Em seguida, perguntaram a alguns membros de cada grupo até que ponto seria aceitável alguém infringir o limite de velocidade por estar atrasado para uma reunião, e em que medida isso seria aceitável, se fosse o próprio participante a fazê-lo. Outros membros dos grupos foram convidados a responder a questões semelhantes sobre declarações de impostos.
No entanto, a ironia não tem base científica. E, mesmo que corresponda à verdade, não devemos esquecer que não responde à questão de saber se, como reza a máxima de Lorde Acton, o poder tende a corromper ou se apenas atrai os corruptíveis. Para aprofundar esta questão, Joris Lammers, da Universidade de Tilburg, na Holanda, e Adam Galinsky, da Northwestern University, no Illinois, levaram a cabo uma série de experiências, através das quais tentaram induzir estados de claro poder e de impotência no espírito de um grupo de voluntários. Depois disto, testaram a flexibilidade moral dos mesmos voluntários, como relatam na "Psychological Science". Descobriram que Lorde Acton tinha razão.
No primeiro estudo que realizaram, os drs. Lammers e Galinsky pediram a 61 estudantes universitários que escrevessem sobre um momento do seu passado em que tivessem estado numa situação de poder, grande ou reduzido. Investigações anteriores tinham determinado que esta fórmula era eficaz para 'treinar' pessoas para se sentirem como se estivessem nessa situação. Cada grupo (grande poder e poder reduzido) foi depois dividido em dois novos grupos. A metade foi pedido que, numa escala moral de nove pontos (em que 1 correspondia a altamente imoral e 9 a altamente moral), classificasse quão censurável seria alguém apresentar no emprego despesas de viagem acima das reais. A outra metade foi convidada a participar num jogo de dados.
Os jogadores deviam lançar dois dados com dez faces (um para as dezenas, outro para as unidades), na privacidade de um cubículo fechado, e comunicar os resultados a um assistente de laboratório. O número que lhes saísse, e que teria um valor entre 1 e 100 (dois zeros), iria determinar o número de bilhetes que lhes seriam atribuídos para uma pequena lotaria, a realizar no final do estudo.
No caso das despesas de viagem - em que a questão se centrava do comportamento de terceiros -, os membros do grupo de grande poder classificaram-na em média com 5,8 na escala de 9 pontos. Os membros do grupo com pouco poder atribuíram-lhe 7,2 pontos. Por outras palavras, os poderosos proclamaram ser a favor da moralidade. No jogo de dados, contudo, os membros do grupo com muito poder indicaram, em média, ter tirado 70, enquanto os indivíduos com fraco poder indicaram, em média, 59. Embora os indivíduos do grupo de poder reduzido possam ter feito uma pequena batota (a média previsível dos resultados seria 50), os voluntários com grande poder estavam indiscutivelmente a fazer batota - talvez levando demasiado à letra a expressão "jogador de alto nível".
No seu conjunto, estes resultados indicam de facto que o poder tende a corromper e a incentivar uma tendência hipócrita para exigir aos outros um comportamento mais rigoroso do que o do próprio. No entanto, no intuito de testar mais aprofundadamente esta conclusão, os drs. Lammers e Galinsky compararam de forma explícita a atitude para com o próprio e para com os outros, quando a actividade moralmente reprovável era a mesma nos dois casos. Mais uma vez, formaram dois grupos de participantes: um de grande poder e outro de poder reduzido. Em seguida, perguntaram a alguns membros de cada grupo até que ponto seria aceitável alguém infringir o limite de velocidade por estar atrasado para uma reunião, e em que medida isso seria aceitável, se fosse o próprio participante a fazê-lo. Outros membros dos grupos foram convidados a responder a questões semelhantes sobre declarações de impostos.
Só as pessoas insignificantes pagam impostos...
Em ambos os casos, os participantes utilizaram a escala de 1 a 9 aplicada na primeira experiência. Os resultados mostraram que, na verdade, os poderosos têm comportamentos hipócritas. Acharam que o facto de outros excederem o limite de velocidade por estarem atrasados merecia uma pontuação de 6,3, enquanto que, se fossem eles próprios a exceder esse limite, mereciam 7,6 pontos. Em contrapartida, os indivíduos com pouco poder pontuaram todos por igual. Atribuíram 7,2 a si próprios e 7,3 aos outros - uma diferença insignificante, do ponto de vista estatístico. No caso da fuga aos impostos, os resultados foram ainda mais impressionantes. Os indivíduos com grande poder acharam que, quando violavam as leis fiscais, os outros mereciam 6,6 na escala de moralidade, mas se fossem eles próprios a fazê-lo mereciam 7,6. Neste caso, os indivíduos com pouco poder foram mais benevolentes com os outros e mais exigentes consigo próprios, com classificações de 7,7 e 6,8 respectivamente.
Estes resultados sugerem, portanto, que os poderosos se comportam de facto com hipocrisia, condenando mais as transgressões dos outros do que as suas. O que não é uma grande surpresa, embora seja sempre agradável ver a percepção vulgar confirmada por uma análise sistemática. Outra noção comum é que, quando são apanhados, os poderosos mostram quase sempre poucos remorsos. Não é só o facto de atropelarem o sistema - também parecem acreditar que têm esse direito. Para investigar este aspecto, Lammers e Galinsky conceberam uma terceira série de experiências, tendo em vista dissociar o conceito de poder do conceito de prerrogativa. Para tal, os investigadores modificaram o modo de preparar as pessoas.
Em ambos os casos, os participantes utilizaram a escala de 1 a 9 aplicada na primeira experiência. Os resultados mostraram que, na verdade, os poderosos têm comportamentos hipócritas. Acharam que o facto de outros excederem o limite de velocidade por estarem atrasados merecia uma pontuação de 6,3, enquanto que, se fossem eles próprios a exceder esse limite, mereciam 7,6 pontos. Em contrapartida, os indivíduos com pouco poder pontuaram todos por igual. Atribuíram 7,2 a si próprios e 7,3 aos outros - uma diferença insignificante, do ponto de vista estatístico. No caso da fuga aos impostos, os resultados foram ainda mais impressionantes. Os indivíduos com grande poder acharam que, quando violavam as leis fiscais, os outros mereciam 6,6 na escala de moralidade, mas se fossem eles próprios a fazê-lo mereciam 7,6. Neste caso, os indivíduos com pouco poder foram mais benevolentes com os outros e mais exigentes consigo próprios, com classificações de 7,7 e 6,8 respectivamente.
Estes resultados sugerem, portanto, que os poderosos se comportam de facto com hipocrisia, condenando mais as transgressões dos outros do que as suas. O que não é uma grande surpresa, embora seja sempre agradável ver a percepção vulgar confirmada por uma análise sistemática. Outra noção comum é que, quando são apanhados, os poderosos mostram quase sempre poucos remorsos. Não é só o facto de atropelarem o sistema - também parecem acreditar que têm esse direito. Para investigar este aspecto, Lammers e Galinsky conceberam uma terceira série de experiências, tendo em vista dissociar o conceito de poder do conceito de prerrogativa. Para tal, os investigadores modificaram o modo de preparar as pessoas.
Uma cultura da prerrogativa
Metade dos 105 participantes foi convidada a escrever sobre uma experiência passada na qual lhes tivesse sido atribuído, legitimamente, um papel de grande ou reduzido poder. Os outros foram convidados a escrever sobre uma experiência de grande ou reduzido poder em relação à qual não tivessem sentido que o seu poder (ou ausência dele) fosse legítimo. Depois, foi pedido a todos os voluntários para classificarem em que medida seria imoral alguém levar consigo uma bicicleta abandonada, em vez de a entregar à polícia. Também lhes foi perguntado quais seriam as hipóteses de eles mesmos levarem a bicicleta em vez de a entregarem, se tivessem verdadeira necessidade dela.
Os 'poderosos', que tinham sido preparados para pensar que tinham direito ao poder que detinham, lançaram-se prontamente em actos de hipocrisia moral. No caso do roubo da bicicleta, atribuíram aos outros uma pontuação de 5,1 e a si próprios uma de 6,9, pela prática do mesmo acto. Entre os participantes dos níveis de poder reduzido, o comportamento moralmente hipócrita inverteu-se, como acontecera no caso da fraude fiscal. Os detentores 'legítimos' de poder reduzido atribuíram 5,1 pontos a terceiros que roubassem a bicicleta e 4,3 pontos a si mesmos. Os que tinham sido preparados para sentir que a sua falta de poder era ilegítima reagiram de forma semelhante, atribuindo pontuações de 4,7 e 4,4 respectivamente.
No entanto, os participantes dos níveis de grande poder que consideravam não merecer as suas posições de destaque revelaram uma característica interessante. Mostraram uma tendência semelhante à detectada nos indivíduos com poder reduzido: serem severos para consigo próprios e menos severos para com os outros - mas o efeito foi consideravelmente mais espectacular. Acharam que, no caso do roubo da bicicleta, os outros mereciam a indulgente pontuação de 6,0 na escala de moralidade mas entenderam atribuir a si próprios uma pontuação altamente imoral de 3,9. Os drs. Lammers e Galinsky chamam "hipercrisia" a esta inversão.
Por conseguinte, defendem que as pessoas detentoras de um poder que consideram justificado violam as regras, não apenas porque podem ficar impunes mas também porque, ao nível intuitivo, sentem que têm o direito de fazer o que querem. Este sentimento de prerrogativa é essencial para se entender o motivo porque os detentores de altos cargos transgridem. Sem esse sentimento, as prevaricações seriam menos prováveis. A palavra "privilégio" traduz-se por "lei privada". Se Lammers e Galinsky tiverem razão, a sensação que alguns poderosos parecem ter de não estarem sujeitos às mesmas regras não é apenas uma cómoda cortina de fumo: é uma verdadeira convicção.
A explicação para a "hipercrisia" é menos evidente. Sabe-se, através de experiências realizadas com outras espécies, que quando os indivíduos que estão no escalão inferior de uma hierarquia de dominação dão sinais de quererem subir, os que estão no topo reagem de forma rápida e agressiva. A "hipercrisia" pode, pois, ser um sinal de servilismo - exagerado em criaturas que sentem ocupar um lugar inadequado na hierarquia. Quando aplicam a si próprias as mesmas prerrogativas invertidas, esperam furtar-se a ser castigadas pelos verdadeiros dominadores. Assim, o ensinamento a retirar talvez seja que a corrupção e a hipocrisia são o preço que as sociedades pagam por serem dirigidas por machos alfa (e, em alguns casos, por fêmeas alfa). Embora mais sã, a alternativa seria serem dirigidas por pessoas moles.
Metade dos 105 participantes foi convidada a escrever sobre uma experiência passada na qual lhes tivesse sido atribuído, legitimamente, um papel de grande ou reduzido poder. Os outros foram convidados a escrever sobre uma experiência de grande ou reduzido poder em relação à qual não tivessem sentido que o seu poder (ou ausência dele) fosse legítimo. Depois, foi pedido a todos os voluntários para classificarem em que medida seria imoral alguém levar consigo uma bicicleta abandonada, em vez de a entregar à polícia. Também lhes foi perguntado quais seriam as hipóteses de eles mesmos levarem a bicicleta em vez de a entregarem, se tivessem verdadeira necessidade dela.
Os 'poderosos', que tinham sido preparados para pensar que tinham direito ao poder que detinham, lançaram-se prontamente em actos de hipocrisia moral. No caso do roubo da bicicleta, atribuíram aos outros uma pontuação de 5,1 e a si próprios uma de 6,9, pela prática do mesmo acto. Entre os participantes dos níveis de poder reduzido, o comportamento moralmente hipócrita inverteu-se, como acontecera no caso da fraude fiscal. Os detentores 'legítimos' de poder reduzido atribuíram 5,1 pontos a terceiros que roubassem a bicicleta e 4,3 pontos a si mesmos. Os que tinham sido preparados para sentir que a sua falta de poder era ilegítima reagiram de forma semelhante, atribuindo pontuações de 4,7 e 4,4 respectivamente.
No entanto, os participantes dos níveis de grande poder que consideravam não merecer as suas posições de destaque revelaram uma característica interessante. Mostraram uma tendência semelhante à detectada nos indivíduos com poder reduzido: serem severos para consigo próprios e menos severos para com os outros - mas o efeito foi consideravelmente mais espectacular. Acharam que, no caso do roubo da bicicleta, os outros mereciam a indulgente pontuação de 6,0 na escala de moralidade mas entenderam atribuir a si próprios uma pontuação altamente imoral de 3,9. Os drs. Lammers e Galinsky chamam "hipercrisia" a esta inversão.
Por conseguinte, defendem que as pessoas detentoras de um poder que consideram justificado violam as regras, não apenas porque podem ficar impunes mas também porque, ao nível intuitivo, sentem que têm o direito de fazer o que querem. Este sentimento de prerrogativa é essencial para se entender o motivo porque os detentores de altos cargos transgridem. Sem esse sentimento, as prevaricações seriam menos prováveis. A palavra "privilégio" traduz-se por "lei privada". Se Lammers e Galinsky tiverem razão, a sensação que alguns poderosos parecem ter de não estarem sujeitos às mesmas regras não é apenas uma cómoda cortina de fumo: é uma verdadeira convicção.
A explicação para a "hipercrisia" é menos evidente. Sabe-se, através de experiências realizadas com outras espécies, que quando os indivíduos que estão no escalão inferior de uma hierarquia de dominação dão sinais de quererem subir, os que estão no topo reagem de forma rápida e agressiva. A "hipercrisia" pode, pois, ser um sinal de servilismo - exagerado em criaturas que sentem ocupar um lugar inadequado na hierarquia. Quando aplicam a si próprias as mesmas prerrogativas invertidas, esperam furtar-se a ser castigadas pelos verdadeiros dominadores. Assim, o ensinamento a retirar talvez seja que a corrupção e a hipocrisia são o preço que as sociedades pagam por serem dirigidas por machos alfa (e, em alguns casos, por fêmeas alfa). Embora mais sã, a alternativa seria serem dirigidas por pessoas moles.
O Orçamento Do Outro Lado Do Atlântico
O Presidente americano Barack Obama apresentou esta manhã um orçamento recorde de 3,8 milhões de milhões ("trillion") de dólares. Tal como em Portugal, a prioridade é o combate ao défice orçamental, que nesta altura ronda os 7,5%, isto é, 1,3 milhões de milhões de dólares. O plano gigantesco prevê o fim dos benefícios fiscais para os indivíduos com um rendimento anual superior a 250 mil dólares (180 mil euros), benesse aprovada pela administração anterior. Com esta medida, Barack Obama pretende amealhar 678 mil milhões de dólares (487 mil milhões de euros) nos próximos dez anos. Nesse mesmo período, irá reduzir a carga fiscal sobre a classe média em mais de 300 mil milhões de dólares (215 mil milhões de euros). Nos primeiros minutos da conferência de imprensa desta manhã, Barack Obama recordou que quando George W. Bush tomou posse, em Janeiro de 2000, depois de oito anos de presidência Bill Clinton, as contas do Estado apresentavam um excedente de 200 mil milhões de dólares (143 mil milhões de euros). "Quando cheguei encontrei um enorme défice, que se nada for feito chegará aos 8 milhões de milhões de dólares até ao final desta década". A Casa Branca prevê um défice de 3,9% até 2014, cerca de 700 mil milhões de dólares (500 mil milhões de euros). Feito o diagnóstico, o líder americano anunciou que Educação, Energia e Defesa (mais 30 mil milhões de dólares, 21 mil milhões de euros, para as guerras no Afeganistão e Iraque) serão as únicas áreas a receber mais dinheiro em 2011. "O orçamento da Educação terá um incremento de 6%. O objectivo é chegar a 2020, novamente, com os melhores licenciados em todo o mundo. Matemática e Ciências são a prioridade", disse.Empresas que contratarem terão benefícios fiscais, assim como indivíduos que investirem em casas eficientes do ponto de vista energético.Do lado do corte, Barack Obama revelou que nos próximos três anos o investimento público será reduzido ao essencial. "É uma questão de senso comum. Por exemplo, acabámos com um programa de limpeza de minas que custava ao erário 115 milhões de dólares (82 mil milhões de euros) e com alguns projectos de remodelação de escritórios de altos funcionários do estado. São apenas dois exemplos de como podemos cortar no supérfluo". A NASA é outras das vítimas, com o fim do financiamento do programa "Constellation", que previa missões tripuladas à Lua e o desenvolvimento de um novo vaivém espacial. Apesar do ataque inicial ao despesismo da presidência Bush, Barack Obama terminou a apresentação estendendo a mão aos republicanos no Congresso. Prevê-se que, a partir de 2014, o défice possa voltar a aumentar. Para o evitar, a presidência Obama persegue um acordo com os republicanos."Não podemos continuar a fingir,que este défice não terá consequências. Temos de aprender a viver dentro das nossas possibilidades", concluiu Barack Obama. (Artigo do Expresso)
3,5 Mil Milhões De Euros
foi o valor da subida do défice nos dois últimos meses do ano cifrando-se o valor final em 9.3% (a estimativa em finais de 2008 apontava para 2.2% (o Governo chegou a falar em 1.5%...), foi sempre ao longo do ano revisto em alta e acaba com um "ligeiro" desvio de 422%...). O Sr PM afirmou:"Decidimos aumentar o nosso défice não por descontrolo, mas para ajudar a economia, as empresas e as famílias". Quanto ao Sr Ministro das Finanças ficámos a saber que "Eu engano-me, mas não engano, e não engano deliberadamente"...
Filme - Noites Escaldantes
Ted Racine (William Hurt) é um advogado de "segunda" que se vai envolver com Matty Walker (Kathleen Turner), mulher de um homem muito rico (Edmund Walker - Richard Crenna). Quando Matty lhe propõe que mate o seu marido, Ted não hesita, longe de imaginar os verdadeiros propósitos da sua amante...Realizado em 1981 por Lawrence Kasdan, é um muito eficiente filme nos "terrenos" onde se move, assente num argumento engenhoso e numa cuidada direcção de actores. Kasdan filma (como sempre) muito bem.
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