O tempo, esse grande juíz, tornou este trabalho de 1960 como algo de sublime (é provavelmente o melhor filme britânico de sempre na sua categoria), após ter sido "demolido" aquando do seu lançamento (o qual aconteceu pouco tempo antes de Psycho - Outro trabalho pouco compreendido no seu tempo e que hoje é considerado um dos melhores filmes de sempre). Salvo melhor opinião, este filme de Michael Powell foi o primeiro a colocar o espectador "dentro" do criminoso, ou seja, a ver a história na sua perspectiva (cujo "supra sumo", salvo melhor opinião, é Halloween, quase integralmente assente na "camara subjectiva" de Carpenter). Mark Lewis (Karl Böhm) é um realizador amador, o qual, após os maus tratos sofridos em criança, se torna num "voyeur" muito peculiar: O seu prazer assenta em filmar a reacção das suas vitimas antes de serem assassinadas. Scorsese e Palma (p.ex) consideram-no um filme de referência. É doentio e perturbador? Claro que sim, mas é de uma "elegância" notável. A camara de Powell? "Fala por si", com uma definição de planos memorável e com uma montagem imaculada a partir de um argumento de Leo Marks. Goste-se (ou não) do género ninguém duvide que estamos perante uma obra prima.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Filme - A Vítima Do Medo
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