O Conselho das Finanças Públicas aconselha o Governo a entregar a elaboração das projecções do crescimento da economia a uma entidade independente que tenha os recursos adequados para elaborar números credíveis. Esta é uma das principais recomendações feitas hoje pelo organismo liderado por Teodora Cardoso, após a análise do Documento de Estratégia Orçamental (DEO), um relatório que expõe a estratégia orçamental do Governo até 2016.
A equipa liderada por Teodora Cardoso diz que a qualidade das projecções macroeconómicas do actual executivo tem de ser «melhoradas» e que os números contidos no DEO são «excessivamente optimistas». O conselho acrescenta que existe uma «pobreza de informação quantitativa» e que a lista de riscos de desvios face às projecções anunciadas por Vítor Gaspar está «incompleta». A proposta de entregar as projecções a uma entidade independente, como fez o Reino Unido, por exemplo, teria como objectivo ultrapassar o «tradicional enviesamento optimista» dos governos quando elaboram estas previsões
O Conselho de Finanças Públicas é um organismo criado para avaliar a política orçamental do Governo e uma das exigências da troika, no âmbito do pedido de assistência financeira de Portugal. O documento que analisou o DEO é o primeiro relatório deste grupo que arrancou em Fevereiro com alguns meses de atraso. Segundo o memorando dos credores externos, o Conselho de Finanças Públicas devia ter entrado em funções no final de 2011 a tempo de analisar o Orçamento do Estado para 2012, publicado em Outubro. (Notícia do Sol)
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