O presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) está esta terça-feira no Parlamento a explicar aos deputados alguns dados recolhidos sobre o mercado dos combustíveis, mas prefere adiar uma opinião para o relatório final que apresentará em Março.Para já, diz apenas: «Não negamos nem deixamos de negar se existe cartel (de preços nos combustíveis). Temos muitos mais dados que os que estamos a apresentar, mas não quero dar nenhuma opinião. Deixo-a para a análise final e completa de Março». Ainda assim, adiantou que se pode concluir, desde já, que variação dos preços do petróleo demora, em Portugal, entre 4 a 5 semanas a repercutir-se nos preços finais, antes de impostos, no caso da gasolina e mais de 5 semanas se falarmos de gasóleo. Ou seja, «há um desfasamento de tempo» na repercussão dos preços nos mercados internacionais e na venda ao público. E assim sendo, Manuel Sebastião admitiu, ainda, uma assimetria no ajustamento de preços consoante o preço da matéria-prima está a descer ou a subir nos mercados internacionais, dando o exemplo: «Durante o ciclo de subida houve semanas em que se registou mais do que um ajustamento de preços (por parte das petrolíferas). Já durante o ciclo de descida houve semanas em que só houve um ajustamento. No entanto, é preciso concluir a análise ao ciclo de descida até Dezembro para se tirarem conclusões mais definitivas», explicou já aos jornalistas, à margem das explicações aos deputados.
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