domingo, 30 de novembro de 2008

Filme - Vertigo (A Mulher Que Viveu Duas Vezes)


Num dos meus primeiros posts, escrevi que era um dos filmes da minha vida e mais não dizia...Revi-o ontem e não resisto a "desvendar" este filme magnifico, no seu 50º aniversário...Realizado em 1958 a partir do livro de Pierre Boileau e Thomas Narcejac "D'entre Les Morts" de 1954. A Academia (num dos seus "ataques de cegueira") apenas o nomeou nas Categorias de Direcção Artistica e Som.. (Raras são as listas onde não aparece como um dos 10 melhores filmes de sempre). John Scottie Ferguson (James Stewart) é um detective da Policia de S.Francisco, reformado devido aos seus problemas de vertigens. É contactado por um ex-colega de Faculdade (Gavin Elster - Tom Helmore) que lhe pede para seguir a mulher (Madeleine - Kim Novak) a qual ele acha que está possuida pelo espirito da sua bisavó. John não acredita, mas após ver pela primeira vez Madeleine fica obcecado pela mesma. Consegue salva-la de uma primeira tentativa de suicidio, mas falha a segunda tentativa, devido ao seu problema com as alturas. Fica destroçado (pois aqui o que temos é uma monumental história de amor) e acaba por ser internado numa instituição psiquiátrica. Cerca de um ano depois e aparentemente recuperado, vê na rua uma mulher que lhe faz lembrar Madeleine. Segue-a, acaba por a conhecer (ela apresenta-se como Judy Barton, uma empregada de comércio). Neste momento, Hitchcock, através de um flashback e de uma introspecção de Judy conta-nos a história toda. Entretanto John faz todos os esforços para que Judy fique igual a Madeleine (a roupa, o penteado, a cor de cabelo). Um "enorme pormenor" vai conduzir ao brutal e genial final. Referência para o papel de Marjorie Wood (Barbara Bel Geddes) a eterna amiga, confidente e apaixonada amiga de John. Técnicamente o filme é um primor: A sua textura cromática está décadas avançada, a utilização de zooms para a frente, sincronizados com travellings para trás são sublimes. A banda sonora de Bernard Herrmann é hipnótica. As longas sequências sem diálogos, apenas assentes na música de Herrmann e na fotografia de Robert Burks são extraordinárias. Sintetizando: Filme perfeito (se é que algum o é...)

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