"No curto prazo a prioridade do novo Governo será a de assegurar a ractificação do Tratado acima referido ( Nota: Tratado Constitucional). O PS entende que é necessário reforçar a legitimação democrática do processo de construção europeia, pelo que defende que a aprovação e ractificação do Tratado deva ser precedida de referendo popular" - Capítulo V do Programa do Governo
"Num curto espaço de tempo, deveremos fazer eleições autárquicas, presidenciais e temos ainda dois referendos no horizonte. Penso que podemos e devemos minimizar os custos desta sucessão de consultas populares. Nenhuma razão política séria impede que o referendo sobre o Tratado Constitucional Europeu seja realizado em conjunto com as eleições autárquicas, favorecendo a participação cívica e confiando na capacidade política dos portugueses". -Discurso do Primeiro-Ministro na Tomada de Posse do XVII Governo Constitucional.
"O PS tinha um compromisso com o Tratado Constitucional. Agora é o Tratado de Lisboa, que não existia na altura. Não tem nada uma coisa a ver com a outra. As circunstâncias alteraram-se completamente. É um Tratado diferente" - Intervenção do Sr Primeiro Ministro ontem
No meio de tudo o que já se disse e se escreveu sobre o assunto, no meio das "virgens ofendidas", da habitual hipocrisia e dos falsos moralismos, factos são factos:
1. Era evidente que o Sr Primeiro Ministro depois do seu momento de glória ( a Presidência Portuguesa da União), não ia fazer referendo nenhum, arriscando não só uma baixa participação popular, como pior, uma resultado incerto.
2. O Sr Primeiro Ministro não cumpriu uma promessa eleitoral, e depois qual é a novidade?
3. O argumento apresentado para a não realização do referendo, é intelectualmente desonesto, se quizer em vez de tratado de Lisboa até lhe pode chamar um assobio...Há quem esteja surpreendido? Eu não...
1 comentário:
Não gosto de referendos, mas tens razão; é intelectualmente desonesta a desculpa.
Enviar um comentário