Já (quase) toda a gente escreveu sobre os 85 quadros do pintor Catalão e cada um terá as suas razões, mas vamos a factos: Os quadros nunca foram do estado, pertenciam a uma colecção privada (68 deles com origem em offshores com dívidas ao banco...) e nunca foram exibidos ao público. O buraco do BPN (o tal que não nos ia custar um cêntimo) dispensa mais 35, 40 ou 80 milhões "em cima" a serem pagos por quem nunca viu um Miró. Aqueles (cerca de 9000) que assinaram um abaixo assinado para que os quadros fiquem cá, podem fazer uma coisa muito simples: Comprar os quadros: Dado que o preço de licitação era de 35.9 milhões de euros, a "coisa" sai a cerca de 4 mil euros por cabeça (Já agora se a Christie´s resolver pedir a indemnização de 5 milhões de euros, dado o leilão não se ter realizado, a cada uma das 9000 alminhas a festa fica por pouco mais de 500 euros ...). A hipótese museu para valorizar os quadros: Muito bem, o museu mais visitado em Portugal é o dos Coches (180 mil visitantes anuais, pagando cada um 5 euros - receita de bilheteira: 900 mil euros). Contas feitas, o hipotético museu Miró (medido pela escala do dos Coches) necessitaria de 40 anos de bilheteira (esquecendo a parte das despesas) para facturar 36 milhões de Euros, ou seja, nem daqui a 100 anos seria rentável...Algumas almas mais sensíveis podem achar que o que está em cima da mesa é uma questão cultural, nada mais errado, o que está em cima da mesa é politiquice, a qual, como sempre, se alimenta do bolso do contribuinte, para no final gritar contra o aumento de impostos, diminuição de benefícios e afins...
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
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