segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O Ano Pode Ser Novo, Mas O Direito Ao Disparate Também Não...

De acordo com o último balanço da Guarda, durante a “Operação Ano Novo”, além das vítimas mortais, registaram-se 28 feridos graves e 396 feridos ligeiros, num total de 1259 acidentes. Estes números são superiores aos registados entre 30 de Dezembro de 2008 e de 3 de Janeiro de 2009, com mais 20 feridos graves, mais 46 feridos ligeiros e mais 116 acidentes verificados este ano. Os dados disponibilizados pela GNR, que teve um perto de 2600 militares nas estradas este ano, indicam que as oito mortes aconteceram nos distritos de Aveiro, Braga, Castelo Branco, Évora, Lisboa, Porto, Setúbal e Viseu. Para o presidente da ACA-M, Manuel João Ramos, estes dados só “trazem um culpado: a extinção da Brigada de Trânsito”, uma vez que “o mau tempo não faz aumentar o número de acidentes”. No âmbito da regulamentação da Lei Orgânica da GNR, a 1 de Janeiro de 2009 entrou em funcionamento a Unidade Nacional de Trânsito e a BT foi extinta, tendo cerca de dois mil militares sido colocados nos destacamentos de trânsito dos 18 comandos territoriais de Portugal Continental. O responsável sublinhou que “o nível de desmotivação, desagrado e revolta dos ex-militares da Brigada de Trânsito da GNR” é muito grande. “A sua carreira profissional e toda a sua identidade e conhecimento social foram desfeitas por diploma ministerial e isto é gravíssimo”, comentou. Manuel João Ramos sublinhou que aquela reestruturação “tornou claro as deficiências da fiscalização”. “Esta revolução foi muito negativa e eu não encontro outra explicação para estes dados. O mau tempo não é certamente a explicação, já que os acidentes diminuem” com as más condições atmosféricas. O presidente da ACA-M considera que “o Governo devia dar a mão à palmatória e reinstalar a Brigada de Trânsito”. (notícia do Público)
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A GNR aponta a falta de prudência dos condutores como explicação para os acidentes que se registaram durante a Operação Ano Novo, que encerrou com registo de mais acidentes nas estradas e mais vítimas do que em 2008 (notícia da TSF).
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O Sr Presidente da ACA-M, não deve andar de carro, pois se andasse seguramente perceberia que o mau tempo (donde é que vem a estatistica que este não aumenta o número de acidentes?), aliada á condução irresponsável de muitos condutores (e por pouco "politicamente correcto" que seja, é muito mais perigoso conduzir a 90 numa estrada nacional cheia de curvas apertadas, com mau piso e á chuva, ás 3 da manhã do que a 160 numa AE num dia solarego ás 3 da tarde - embora o primeiro cenário seja autorizado e o segundo punido...) é condição "sine qua non" para o acidente. Enquanto condutor, dias como hoje, são infinitamente mais perigosos do que dias de sol, especialmente quando vemos condutores que conduzem sempre da mesma maneira (tudo são rectas, o piso é sempre excelente e o tempo está sempre perfeito)...

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