Filme - Eu, Tonya

46 prémios (incluindo o Oscar para Allison Janney, como Actriz Secundária) em 168 nomeações (duas ao Oscar: Margot Robbie como Actriz Principal e Montagem). Realizado em 2017 por Craig Gillespie, a partir de um argumento de Steven Rogers é baseado na vida real de Tonya Harding, tendo como base  entrevistas a Tonya (Robbie) e ao seu ex-marido (Jeff - Sebastian Stan), quase todas contraditórias entre si. Desde criança que Tonya (Robbie) (oriunda de uma família pobre, sendo filha do 4º marido da sua mãe Lavona (Janney)) revelou um invulgar talento para a patinagem artística, o qual foi estimulado "à pancada" pela mãe a qual contratou para sua treinadora Diane Rawlison (Julianne Nicholson). "Maria Rapaz" apaixona-se por Jeff o qual também a trata "à pancada" e com o qual se acaba por casar no final da adolescência. A sua carreira começa por ser pouco "radiosa" devido às suas escolhas de guarda roupa, música e ao seu comportamento completamente fora do "politicamente correcto". Em 1991 tudo muda quando Tonya se torna Campeã dos EUA após ter executado um raro Triplo Axel  e consegue o 2º lugar nos Mundiais. Nos Jogos Olimpicos de 1992 falha o movimento e fica fora das medalhas, deixa a patinagem, torna-se empregada de mesa e começa a beber e a fumar muito, mas a sua treinadora acredita que a sua carreira não está acabada, ao mesmo tempo que a relação com Jeff se degrada (vai culminar com o divórcio em 1993). Por forma a reconquistar Tonya, Jeff resolve combinar com o guarda costas da atleta (Shawn - Paul Walter Hauser) o envio de cartas anónimas e ameaçadoras a Nancy Kerrigan (Caitlin Carver) a sua maior adversária, mas tudo vai correr mal quando um dos homens de Shawn agride violentamente a atleta, o que leva à intervenção das autoridades sendo Tonya obrigada a declarar nada saber por forma a não ser excluída dos Jogos Olimpicos de 1994. A olimpiada vai-lhe correr mal (8º lugar) enquanto que Nancy consegue a medalha de Prata, mas o pior estava para vir: Acaba condenada a 3 anos de prisão com pena suspensa, a uma multa de 160 mil Dolares, 500 horas de trabalho comunitário e é banida para sempre da patinagem. 
O filme não é um clássico "biopic", na verdade usa e abusa do "discurso directo" do humor negro do "nonsense" e de uma "mise en scène" nada "politicamente correcta" (Tal como Tonya) e isso poderia nas mãos de um realizador pouco hábil tornar o filme num desastre, mas Gillespie capitaliza de forma exemplar toda a sua invulgar estrutura narrativa e gráfica. Elenco de um filme que custou 11 milhões de Dolares e rendeu cerca de 5 vezes mais