Duas atitudes distintas marcaram as intervenções de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa nestas últimas semanas. Em Pedrógão, Costa só começou a aparecer, com regularidade, quando Marcelo passou a deslocar-se diariamente. Ou seja, foi o PR que deu toda a exposição do drama enquanto o PM ía atrás e procurando não destacar o problema. Marcelo distribuiu afetos por todos mas Costa nem por isso. O PR a exigir relatórios e investigações completas com conclusões e identificação de responsabilidades e Costa a “passar culpas” para o clima. Depois o roubo de armas em Tancos com o PR a exigir, novamente, investigação ao caso e Costa em silêncio deixando “a solo” o Ministro da Defesa. Marcelo vai a Tancos visitar as instalações e Azeredo Lopes lá teve de ir pois Costa tinha ido de férias para o estrangeiro e decidira não interromper. O PR convoca o Conselho Superior de Defesa Nacional e o Conselho de Estado para o mesmo dia. Costa em férias. PR volta, uma vez mais, a Pedrógrão para assistir ao concerto em memória das vítimas do incêndio e diz que vai “acompanhar [as obras], vindo cá, pois tenciono neste Verão vir muitas vezes, em vários momentos, precisamente para dar apoio ao que está a ser feito e mostrar como exemplo. Para a semana estarei outra vez, daqui a três semanas, cinco semanas, eu não vou esperar pelo Natal”. E até admitiu levar a família até lá naquela quadra festiva. Costa não assistiu ao concerto pois permanecia em férias. Marcelo não irá “largar” Pedrógrão e Costa lá irá o menos possível. Costa gosta de dar os casos como encerrados (como aconteceu na situação das viagens oferecidas pelas GALP aos Secretários de Estado agora exonerados) mas Marcelo prefere que tudo em aberto até ao esclarecimento total. Assim acontecerá sempre que ocorrerem casos (ou seja, más notícias para Costa): Marcelo será uma verdadeira picareta (não “falante” como Guterres) presencial. Até agora, Costa agradeceu e elogiou a presença de Marcelo. A partir de agora vai sempre tentar esconder sempre que Marcelo tentar expor.
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