Aproveitando esta oportuna lei do nosso governo mais liberal de sempre, que entra pela casa dos contribuintes para lhes contar (e proibir) a bicharada que eles lá têm dentro, eu atrever-me-ia a sugerir a transposição dos princípios nela constantes para o próprio governo.
Assim, em homenagem ao princípio da salubridade política e económica da nação, todos os ministros não deverão ter mais do que dois assessores de estimação ou/e outros adjuntos de companhia por cada ministério. No caso dos ditos serem abichanados, em vez de, como é hábito, rosnarem alto e terem dentes aguçados e comportamentos agressivos, o número poderá chegar a quatro. Caso haja reclamações da vizinhança sobre o ruído ou o mau cheiro provocado pelos assessores de estimação, a ASAE deverá intervir, retirando-os dos espaços ministeriais ocupados, para abate imedito às listas da função pública. Devem também manter-se em permanente estado de higiene exemplar, devidamente desparasitados, com as vacinas em dia e chip identificativo próprio, de modo a evitar que circulem de ministério em ministério sem o controlo devido. Para evitar a sua reprodução descontrolada (é bem conhecida a alta taxa de natalidade procriativa dos assessores de estimação e de outros animais políticos de companhia), todos devem ser cirurgicamente castrados antes do início de funções.
Esta medida deverá constar já do roteiro da reforma do estado, a cargo do ministro Portas e em iminente estado de publicação, que a aplicará imediatamente à sua própria bicharada
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