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Também não gosto desses epítetos lançados sobre uma vitória eleitoral. Mas ontem a direita americana obteve uma vitória histórica, das mais importantes dos últimos anos, e isso não pode deixar de ser atribuído a Barack Obama e à agenda liberal (no sentido americano) que tem tentado implementar. Com a preciosa ajuda de Nancy Pelosi e Harry Reid. Ainda faltam três anos para o término do mandato, e ainda pode corrigir o tiro de partida. Bill Clinton precisou de esperar dois anos até às Midterms de 1994 para mudar de rumo. Obama talvez não precise de tanto tempo. Não deixa de ser curioso que ainda há um ano davam o Partido Republicano como morto,e já se falava na maioria democrata para os próximos 20 anos. Mas a política é lixada, e quando são as pessoas a escolher, e não académicos ou jornalistas, acontecem estas surpresas. A bem da democracia.
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Chamar à eleição de Scott Brown o massacre de Boston talvez seja um exagero (além de desadequado, porque aqui não foi contra a multidão, pelo contrário), mas há uma coisa que a vitória republicana no sempre democrático estado do Massachusets prova: que a política americana ainda não acabou. E que Obama, o Nobel, na américa já é discutível. E não se diga que é porque alguns democratas se sentem traídos por Obama que os democratas perderam. Por muito que os desiludidos de Obama resolvam o assunto invocando a traição à esquerda, o mais provável é que Obama perca onde se perde eleições, ao centro e na economia. Ah, e aquele detalhe de transformar terroristas em criminosos de delito comum é capaz de não ser uma grande ideia. Guantanamo é um problema, o que Obama sugere não parece ser a solução.
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