segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Tracking Polls II

Bem sei que a "grande sondagem" é no Domingo e bem sei que muitas vezes os estudos de opinião não coincidem com o resultado final (o caso mais famoso de distorção em Portugal ocorreu em 1991: De acordo com a Marktest e a Euroexpansão (as quais utilizaram um universo de 6 mil pessoas) o PS teria 38.8% dos votos e o PSD 35.3% - Na verdade o PSD teve 50.6% e o PS 29.1%).
Muita gente afirma que as "tracking polls" são estudos "low cost" dado que o universo é pequeno e apenas recorrem a inquéritos obtidos através de telefones fixos, vamos por partes:
Se eu iniciar um estudo com 1000 pessoas, substituir a cada dia que passa 250 pessoas, ao fim de 10 dias terei ouvido 3250 pessoas, e se o resultado for consistente, ou seja, o mesmo sentido de voto sem grandes oscilações percentuais, o estudo (pelo menos do ponto de vista teórico) faz sentido.
Está por demonstrar que quem atende telefones fixos vota de forma diferente de quem atende telemóveis ou responde por email.
Muitas pessoas não dizem em quem votam quando contactadas por telefone fixo? Sem dúvida (a percentagem de não sei/não respondo ronda os 25%), mas, salvo melhor opinião isso é igualmente válido para qualquer outro método, com excepção da simulação de voto em urna. Penso que também ninguém acredite que esses eleitores votem todos na mesma força politica, pois caso (por absurdo) tal acontecesse então teríamos uma "revolução" no resultado final...
Intervalos de confiança? "Esticam-se" para um lado e para o outro, ou seja um estudo que dá 41% á coligação e 34% ao PS (Católica), com uma margem de erro de 3%, no limite pode dar 44 a 31 para a coligação, ou 38 a 37 para a coligação, assim como um estudo que dá 38 a 33 para a coligação (Intercampus), com a mesma margem de erro, no limite poderá dar 41 a 30 para a coligação, ou 36 a 35 para o PS.
Aguardemos...
 

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