domingo, 29 de março de 2009

Poema - Sete Palmos de Terra

Regresso "á produção caseira". Escrito em Junho de 1996

A cabeça num saco de plástico
acompanha um olhar cáustico
Por vezes uma enorme vontade de rir
só para sentir
a ignorância e o desprezo

Na mão um cigarro aceso
a anunciar o fim da ilusão
nem tudo é sim ou não
Para quê sonhar
quando se tem de acordar ?

O futuro não voltará mais
e ninguém se preocupa para onde vais
Presa no passado
isolada

Podes ser arrogante
podes ter um ar esfusiante
mas sabes que na realidade
da grande cidade

Ninguém notaria
a tua falta dia após dia

Uns nascem
para fracassar
sabendo que um dia tudo vai terminar

Sete palmos debaixo da terra
Sete palmos debaixo da terra

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