quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cá, Caia o Governo...

Os candidatos a um emprego na futura administração de Barack Obama podem consultar a lista dos cerca de 8.000 postos de trabalho que estarão disponíveis a 20 de Janeiro, quando o novo presidente assumir o poder nos Estados Unidos, mas uma das condições exigidas é ter um «passado limpo». Entre os postos de trabalho que ficarão disponíveis no início de 2009, estão, entre outros, o de arquitecto do Capitólio, de negociador especial para o sector têxtil, de director da comissão sobre a amizade Japão-EUA, ou de presidente da comissão dos mamíferos marinhos. Para os altos responsáveis, os salários variam de 114.468 (cerca de 91,24 mil euros) a 221.100 dólares (cerca de 176,1 mil euros) por ano. O posto de trabalho mais modesto é um emprego em tempo parcial na comissão de pesquisas árticas remunerado com 571 dólares anuais. De acordo com o gabinete das publicações oficiais (GPO), que publicou a lista quarta-feira num livro roxo chamado Plum Book, 150 cópias do documento foram vendidas e outras 200 foram encomendadas pela Internet no dia da publicação. Porém, como revelou nesta quinta-feira o jornal New York Times, os candidatos deverão estar dispostos a revelar tudo sobre o seu passado e o da sua família preenchendo um questionário de sete páginas com perguntas sobre a vida profissional e pessoal. Algumas das perguntas são sobre a mulher (ou o marido), as crianças e até as relações profissionais do candidato. O questionário tem perguntas como: «você já pagou uma multa fiscal. Se a resposta for 'sim', descreva as circunstâncias»; «você já foi preso, condenado?»; «membros da sua família ou amigos já foram presos?»; «você já foi acusado de assédio sexual? Quantas vezes?». Os lobistas também são obrigados a identificar-se no questionário, conforme a vontade do presidente eleito. «Você ou a sua mulher já foram registados como lobistas?», pergunta-se no documento. Além disso, em sinal dos novos tempos, o processo de avaliação dos candidatos também inclui a Internet. O questionário pede aos candidatos que forneçam qualquer site particular ou profissional contendo informações sobre eles, como Facebook ou MySpace. Segundo Stephanie Cutter, porta-voz da equipa de transição de Obama, «o presidente eleito assumiu o compromisso de mudar o modo de funcionamento de Washington, e o processo de avaliação é um exemplo deste compromisso».

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