Regresso "á produção caseira". Escrito em Junho de 1996
A cabeça num saco de plástico
acompanha um olhar cáustico
Por vezes uma enorme vontade de rir
só para sentir
a ignorância e o desprezo
Na mão um cigarro aceso
a anunciar o fim da ilusão
nem tudo é sim ou não
Para quê sonhar
quando se tem de acordar ?
O futuro não voltará mais
e ninguém se preocupa para onde vais
Presa no passado
isolada
Podes ser arrogante
podes ter um ar esfusiante
mas sabes que na realidade
da grande cidade
Ninguém notaria
a tua falta dia após dia
Uns nascem
para fracassar
sabendo que um dia tudo vai terminar
Sete palmos debaixo da terra
Sete palmos debaixo da terra
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